Taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro cai para 7,5%

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em novembro foi de 7,5%. É o menor índice desde fevereiro de 2015. Especificamente para trimestres terminados em novembro, o índice é o menor desde 2014, quando alcançou 6,6%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre encerrado em agosto, a taxa estava em 7,8%. Já o indicador do trimestre encerrado em agosto de 2022 era de 8,1%. O resultado foi influenciado pelo número de pessoas ocupadas, estimado em 100,5 milhões, o maior desde que a série histórica foi iniciada, em 2012. O número representa crescimento de 0,9% em 3 meses.

O número de desempregados ficou estável, 8,2 milhões de pessoas. É o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2015, quando havia 8,15 milhões de brasileiros procurando trabalho.

Agência Brasil

Com menor procura por trabalho, desemprego recua para 8,3%

A taxa de desemprego no país caiu para 8,3% no trimestre encerrado em maio, com o número de brasileiros desocupados recuando para 8,9 milhões. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o melhor resultado para a taxa de desemprego neste trimestre desde 2015.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre dezembro e fevereiro, houve uma queda de três pontos percentuais na taxa de desocupação, que era de 8,6%. Quando comparada ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 1,5 ponto. Já o número de pessoas ocupadas, de 98,4 milhões, ficou estável na comparação trimestral e cresceu 0,9% no ano.

A coordenadora das Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou que o recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores ocupados. “Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explicou.

Beringuy destacou que, embora não tenha havido uma expansão significativa da população ocupada total no trimestre, ocorreram algumas diferenças pontuais em algumas atividades econômicas

Na maioria delas a estabilidade foi a regra, mas foi observada queda do número de trabalhadores no grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e expansão no agrupamento que engloba administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Neste último, detalhou Beringuy, “o crescimento foi impulsionado pelo segmento de educação e por meio da inserção de empregados sem carteira de trabalho assinada”.

Alta no setor público
O grande destaque da pesquisa foi o crescimento de empregados no setor público, uma alta de 2,8% na comparação trimestral, totalizando 12,1 milhões de pessoas. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado manteve-se estável tanto na comparação trimestral quanto na anual, totalizando 12,9 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores com carteira foi de 36,8 milhões, ficando estável no trimestre, mas com aumento de 3,5% (mais 1,83 milhão de pessoas) no ano.

Raphael Moses, professor do Coppead/UFRJ, ponderou que a queda na taxa de desemprego requer certa sensibilidade na análise. “Apesar de ainda estarmos verificando resultados positivos pela saída do período da pandemia, não podemos atribuir esse dado a um grande aquecimento na economia, já que houve estabilidade no número de trabalhadores. A meu ver, a queda na taxa de desocupação se deu principalmente pela queda do número de pessoas em busca de emprego”, avaliou.

Estudantes, concursos e transferência de renda
Segundo Moses, “há três fatores favoráveis para este cenário: jovens priorizando os estudos; expectativa crescente de mais concursos públicos; e melhora dos programas governamentais de transferência de renda”. “O destaque sem dúvida é referente ao setor público. Isso se dá provavelmente por uma recomposição da força de trabalho dos municípios, estados e governo federal”, afirmou.

O contingente de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) também ficou estável e a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, totalizando 38,3 milhões de trabalhadores informais. A taxa composta de subutilização alcançou 18,2%, totalizando 20,7 milhões de pessoas.

A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% na comparação trimestral, o que representa 382 mil pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, um aumento de 2,3 milhões de pessoas. De acordo com Beringuy, “a crescente parcela da população em idade de trabalhar saindo da força de trabalho não sinaliza expansão do contingente de desalentados, uma vez que esse grupo vem registrando queda desde 2021”.

Rendimento
Em relação ao rendimento real habitual (R$ 2.901), houve estabilidade frente ao trimestre anterior e crescimento de 6,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 280,9 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparação anual.

Economista-chefe do PicPay, Marco Caruso afirmou que, olhando à frente, a expectativa é de uma perda de fôlego da atividade econômica que pode levar parte da população a voltar procurar vagas, pressionando a taxa de desemprego. “O grande destaque é quando isso vai acontecer, tendo em vista que a resiliência do mercado de trabalho tem se mostrado duradoura. Esperamos que a taxa de desocupação resista em patamares baixos por mais algum tempo. Para 2023, projetamos uma taxa média de desemprego de 8,4%”, avaliou.

Correio Brasiliense

Bancários de Juazeiro fazem tuitaço contra demissões no Bradesco

(Foto Ilustrativa)

Bancários do Banco do Bradesco de Juazeiro realizam nesta quarta-feira (24), tuitaço contra as demissões no Banco Bradesco. Os trabalhadores utilizam e divulgam as hashtags #QueVergonhaBradesco e QuemLucraNãoDemite nos seus perfis nas redes sociais, preferencialmente no Twitter.

A ação faz parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, com o apoio do Sindicato, e visa denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feito em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia.

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Juazeiro: TV São Francisco volta a demitir grande número de funcionários

Funcionários da TV São Francisco, emissora filiada a Rede Bahia em Juazeiro, norte do Estado, foram surpreendidos na manhã desta segunda-feira (28) com mais uma onda de demissões. 9 funcionários dos setores administrativo, técnico e coordenação master, local onde são exibidos os comerciais da emissora perderam o emprego na manhã de hoje. Este último setor foi totalmente automatizado e será coordenado diretamente de Salvador sem presença humana no prédio de Juazeiro.

Alguns funcionários iam completar 30 anos de serviços prestados a empresa, ou seja, estavam na emissora desde sua abertura e estavam prestes a se aposentar. Segundo apurou o Portal Preto no Branco, A TV São Francisco alegou a crise causado pelo novo coronavírus, mas a emissora ainda não emitiu nenhuma nota oficial sobre o assunto.

Em maio de 2019, a TV tirou os jornais locais do ar (Jornal da Manhã e BATV) e demitiu 15 funcionários, dando continuidade a uma onda de demissão que começou em 2.015. De lá pra cá o departamento de jornalismo foi praticamente desmontado, sendo reduzido a 6 profissionais que continuam até hoje atuando praticamente para o jornalismo da TV Bahia, em Salvador. Cerca de 50 profissionais já perderam o emprego.

Na época, a afiliada da Rede Globo no estado justificou que “o grupo de comunicação estava realizando um redesenho no seu portfólio de produtos e na governança das suas empresas” e que estava ‘investido na modernização dos processos de trabalho, evoluindo no uso de tecnologias avançadas, o que vem permitindo aumentar a produtividade e manter a segurança operacional”.

A TV Bahia afirmou ainda que as modificações internas tinham como motivo principal para que “alguns profissionais finalizem seus ciclos, seja por aposentadoria, para assumirem novos desafios ou por decisão empresarial”.

A TV São Francisco, antes TV Norte, foi fundada em dezembro de 1990 e até hoje é retransmissora do sinal da TV Globo.