Lula assina MP para , descarbonização da frota nacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no sábado (30) a medida provisória (MP) que cria o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que visa a descarbonização da frota automotiva do país, por meio de incentivos fiscais. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, amplia as exigências de sustentabilidade dos veículos e estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística.

Neste domingo (31), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou que o Mover deve atrair investimentos no setor de energia e eficiência energética para o país, em razão dos benefícios tributários. A MP prevê o estímulo à realocação de plantas industriais de outros países no Brasil. Essas empresas terão crédito financeiro equivalente ao imposto de importação incidente na transferência das células de produção e equipamentos e também terão abatimentos no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), relativos à exportação de produtos e sistemas elaborados no Brasil.

O novo programa inclui também limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobra menos imposto de quem polui menos, criando o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Verde. O governo ainda dará incentivo fiscal para que as empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa. Os recursos serão de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028, valores que deverão ser convertidos em créditos financeiros.

Para isso, as empresas devem dispender, no mínimo, entre 0,3% e 0,6% da Receita Operacional Bruta. Cada real investido dará direito entre R$ 0,50 e R$ 3,20 de créditos que poderão ser usados para abatimento de quaisquer tributos administrados pela Receita Federal.

O novo programa é uma expansão do antigo Rota 2030, criado em 2018 e já extinto. No Rota 2030, o incentivo fiscal médio anual foi de R$ 1,7 bilhão, até 2022. Em 2012, também foi criado programa semelhante, o Inovar Auto. Segundo o governo, todos têm como meta reduzir em 50% as emissões de carbono até 2030, estabelecendo requisitos mínimos para que os veículos saiam das fábricas mais econômicos, mais seguros e menos poluentes.

Inovações
O Mover, entretanto, traz outros avanços, como a medição das emissões de carbono do setor “do poço à roda”, ou seja, considerando todo o ciclo da fonte de energia utilizada, aumentando os requisitos obrigatórios de sustentabilidade para os veículos comercializados no país. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a medição tradicional “do tanque à roda” continuará sendo exigida.

“Nós estamos fazendo do poço à roda. Então, o Brasil fica na vanguarda do mundo na questão da descarbonização”, disse. “Eu vou estimular uma indústria menos poluente, com descarbonização, mas analisando desde o poço, ou seja, como é que eu formo esse combustível. Então, no caso do etanol, eu vou desde a produção da cana até o consumo do combustível”, explicou. O mesmo vale para as demais fontes propulsoras, como bateria elétrica, gasolina e biocombustível.

No médio prazo, o novo programa prevê uma medição ainda mais ampla, conhecida como “do berço ao túmulo”, que vai abranger a pegada de carbono de todos os componentes e de todas as etapas de produção, uso e descarte do veículo. “A partir de 2027, continua do poço à roda, mas será também do berço ao túmulo. Para o estímulo da mobilidade verde, eu vou levar em consideração como é que esse carro é fabricado, os equipamentos que são utilizados, quanto tem de pegada de carbono, até o túmulo, ou seja, o descarte do veículo”, acrescentou.

O Mover também deixa de ser uma política limitada ao setor automotivo e é definido como um programa de Mobilidade e Logística Sustentável de Baixo Carbono, o que, segundo o MDIC, proporciona a inclusão de todas as modalidades de veículos capazes de reduzir danos ambientais. Outro benefício do novo programa é a redução de Imposto de Importação para fabricantes que importam peças e componentes sem similar nacional, desde que invistam 2% do total importado em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em programas prioritários na cadeia de fornecedores, em inovação e modernização industrial.

Para isso, a MP do Mover cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), a ser instituído e gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob coordenação do MDIC. A expectativa é de que os investimentos nesses programas alcancem entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões por ano. No Rota 2030, o investimento médio nesses programas foi de R$ 200 milhões ao ano.

Tributação
Já para o cálculo do IPI Verde, haverá um sistema de recompensa e penalização, a partir de indicadores que levam em conta a fonte de energia para propulsão dos veículos, o consumo energético, a potência do motor, a reciclabilidade e o desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção. Segundo o governo, esse sistema não envolve renúncia fiscal, já que uns pagarão abaixo da alíquota normal, mas outros pagarão acima. As alíquotas serão definidas por decreto presidencial nos próximos meses.

Para as medidas com incentivos fiscais, o governo deve indicar as fontes de recursos orçamentários para aplicação do benefício. Segundo Alckmin, R$ 2,9 bilhões já estão previstos no orçamento de 2024 e o restante será compensado com a retomada do imposto de importação para veículos elétricos.

A partir de janeiro de 2024, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país voltarão a ser gradualmente tributados, de acordo com decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de novembro deste ano. Foi estabelecida uma retomada gradual das alíquotas e a criação de cotas iniciais para importações com isenção até 2026.

Agência Brasil

Brasil bate recorde de consumo de energia elétrica pelo segundo mês consecutivo em novembro

O Brasil bateu o segundo recorde consecutivo de consumo de energia elétrica em novembro, atingindo 46.407 gigawatts-hora (GWh), alta de 8,5% em comparação com novembro de 2022, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a autarquia, é o maior consumo de toda a série histórica desde 2004.

“Assim como em outubro, impulsionadas pelas ondas de calor, as classes residencial e comercial registraram taxas de expansão de dois dígitos. O consumo industrial também avança e contribui para a alta. No acumulado em 12 meses, o consumo nacional registrou 527.073 GWh, alta de 7,5% em comparação ao período imediatamente anterior”, informou a EPE.

Quanto ao ambiente de contratação, com 18.482 GWh, o mercado livre respondeu por 39,8% do consumo nacional de energia elétrica em novembro, registrando crescimento de 9% no consumo e de 22% no número de consumidores, na comparação com novembro de 2022.

Já o mercado regulado das distribuidoras, com 27.925 GWh, respondeu por 60,2% do consumo nacional de eletricidade em novembro, alta de 8,1% na comparação com 2022, enquanto o número de unidades consumidoras aumentou 2,3% no período.

Estadão

Aneel mantém bandeira verde nas contas de luz em janeiro de 2024

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (29) que no mês de janeiro a bandeira tarifária será verde. Desta forma, os consumidores não terão custo extra nas contas de luz. De acordo com a agência, a continuação da bandeira verde no início do próximo ano é porque as condições favoráveis de geração de energia permanecem. Há 21 meses o país tem adotado a bandeira verde após o fim da escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022

O que são as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Agência Brasil

Luz para Todos levou energia para 18 milhões de pessoas em 20 anos

A família do produtor rural Dionízio Pereira Fonseca Junior, da comunidade quilombola Candeal II, em Feira de Santana, na Bahia, só começou a receber energia elétrica em 2004, quando o Programa Luz para Todos chegou na localidade. “Sem luz elétrica, a gente tinha dificuldade de estudar, de acesso aos meios de comunicação como rádio e TV. Com a energia elétrica isso mudou, facilitou muito o nosso dia a dia”.

Ele conta que, mesmo dentro do território, alguns locais tinham energia elétrica e outros não. “Em uma rua tinha energia, na rua próxima, a um quilômetro, já não tinha. Quando o Luz Para Todos veio, corrigiu essa distorção e preencheu todo o território”.

A luz elétrica também mudou a produção da comunidade, que tem sua principal fonte de renda baseada no plantio e no processamento de farinha de mandioca. Com a energia, foi possível mecanizar parte do processamento da raiz para a fabricação de farinha beiju e tapioca, facilitando e aumentando a produção. Dionízio está entre as 18 milhões de pessoas beneficiadas pelo Luz para Todos, que completou 20 anos neste mês. No período, foram investidos R$ 24,3 bilhões nas extensões de rede elétrica, que chegaram a 3,6 milhões de lares em 5.437 municípios de 26 estados.

Nos próximos anos, o Luz Para Todos dará ênfase na população rural do Norte do país e em regiões remotas da Amazônia Legal. A meta é beneficiar mais 500 mil famílias até 2026. O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou um orçamento de R$ 2,5 bilhões para o Programa em 2024.

Benefícios
Entre os principais eletrodomésticos adquiridos pelos beneficiários do Luz para Todos estão televisão, geladeira, celular, liquidificador, máquina de lavar, chuveiro elétrico e ferro de passar roupa. Para o professor de Engenharia Elétrica Rafael Shayani, da Universidade de Brasília (UnB), o Luz para Todos possibilitou o acesso a um serviço público essencial para a vida de qualquer pessoa, da mesma forma que a água e saneamento básico.

“Com eletricidade, as pessoas podem comer carne que não seja salgada, porque vão poder ter uma geladeira para guardar comida. Um médico da cidade vai poder ter um freezer para guardar as vacinas. As pessoas vão poder estudar à noite porque vai ter uma iluminação adequada para poder estudar à noite, as escolas podem usar recursos audiovisuais como datashow e computador”, exemplifica.

Ele também cita como benefício da energia elétrica a redução dos riscos de incêndios domésticos, porque as pessoas não vão estar mais utilizando lamparinas que podem ser a a óleo ou a querosene ou a algum tipo de gás.

Atendimentos
Grande parte dos atendimentos prestados pelo Luz para Todos ocorreram no início do programa. Entre 2004, quando iniciaram as obras, e 2007, o número de pessoas beneficiadas chegou a cinco milhões, metade da meta inicial estabelecida pelo governo para o programa. Ao completar dez anos de implementação, no fim de 2013, o Luz para Todos atingiu a marca de 15 milhões de pessoas beneficiadas.

Segundo o professor, essa concentração tem a ver com uma questão logística da rede de distribuição. “Por exemplo, se a pessoa mora numa área rural próxima à cidade já existe eletricidade e os fios de distribuição e os postes da cidade. Então, a primeira ação das distribuidoras foi prolongar os postes para que os fios chegassem até a área rural. Por isso que, no começo, foi possível atender mais gente, porque a logística é mais simples”.

O professor explica que a expansão da energia elétrica para áreas afastadas é caro para atender poucas pessoas. “Aí entra a importância do programa Luz Para Todos, porque o programa não considerou a questão se é caro ou não, considerou que é importante e é um direito do cidadão ter energia elétrica, porque isso vai melhorar a vida das pessoas”, avalia.

Agência Brasil

Onda de calor puxa consumo de energia no Brasil em setembro

A onda de calor que atinge o Brasil está gerando um aumento do consumo de energia no Brasil, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pelo controle da operação das instalações de energia elétrica.

Em relatório divulgado na última sexta-feira (22/9), o operador estimou um aumento de 5,8% do consumo de energia em setembro, a maior projeção dos últimos meses.

Diário de Pernambuco/Metrópoles

Neoenergia flagra “gato” de fábrica de polpas de fruta em PE; volume desviado abasteceria mais de 2 mil casas por um mês

Foto: Neoenergia/Divulgação

Uma fábrica de polas de frutas localizada em Jaqueira, na Zona da Mata Sul, em Pernambuco, foi flagrada pela Neoenergia furtando energia. A empresa estava utilizando um imã para adulterar a medição. A ação resultou na recuperação de aproximadamente 300.000 kWh, o suficiente para abastecer 2,5 mil residências por um mês.

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Mais de 52 mil moradores de Petrolina podem ganhar até 65% de desconto na conta de energia

Mais de 52 mil moradores da cidade de Petrolina estão perdendo a chance de receber o benefício de até 65% de desconto na conta de energia elétrica. A Neoenergia Pernambuco está em busca dessas pessoas que possuem o Número de Identificação Social (NIS) ou o Número do Benefício (NB), quando do recebimento do Benefício de Prestação Continuada – BPC, para realizar a inscrição na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

Quem possuir um desses dois documentos e ainda não está com o desconto na fatura, basta se dirigir até uma das lojas de atendimento da distribuidora com um documento com foto, CPF, a conta de energia e o número do NIS ou NB para garantir o benefício. Não existe prazo para a inscrição, mas quanto antes o cliente procurar a empresa, mais rápido ele será inserido no programa.

A Tarifa Social é um benefício do Governo Federal e tem como finalidade contribuir com o orçamento doméstico das pessoas de baixa renda. Apenas em Petrolina, já existem aproximadamente 52 mil clientes inscritos. Metade do número de pessoas que poderiam estar recebendo o desconto. Em Pernambuco, são 1,1 milhão de inscritos e 1,4 milhão que ainda podem se inscrever.

“Nosso trabalho é encontrar essas pessoas e promover o cadastramento. Quando o CPF do beneficiário do NIS ou do BPC é o mesmo do titular da fatura de energia, nós fazemos esse processo automaticamente, sem a necessidade de o cliente nos procurar. Quando as titularidades são diferentes, é preciso que o consumidor nos procure e faça a indicação do imóvel onde reside”, afirmou o superintendente comercial da Neoenergia, Leonardo Moura.

Caso o cliente não possua o NIS ou NB, ele deve, antes de procurar a Neoenergia, buscar atendimento junto ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAs) com a finalidade de realizar o cadastramento no CADÚnico ou procurar uma agência da Previdência Social para requerer o BPC.

É importante lembrar que o cadastro precisa ser atualizado a cada dois anos para evitar a suspensão do benefício concedido pelo Governo e pela distribuidora de energia e sempre que ocorrer mudança de endereço a distribuidora precisa ser comunicada para realizar as devidas alterações. Além disso, cada família tem direito ao benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica em apenas uma unidade consumidora.

Em Petrolina, as inscrições podem ser feitas pessoalmente, na loja de atendimento localizada na Rua Engenheiro Walmir Bezerra, número 742, no Centro. Outra possibilidade é a inscrição na Tarifa Social por meio do WhatsApp 81.3217.6990 ou pelo teleatendimento 116.

Ascom

Eólica e solar batem recordes de geração em julho

Tanto a geração de energia eólica como a solar bateram recordes de produção no País nos primeiros 15 dias de julho. Foram cinco recordes de eólica e sete de solar. No dia 04 de julho, as eólicas chegaram a produzir 26,1% de toda a energia consumida no País num determinado horário. “Nos surpreendeu. Neste dia, as eólicas geraram 150% do consumo do Nordeste e o excedente foi enviado para o Sistema Interligado Nacional (SIN)”, resume a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Elbia Gannoum.

No Brasil, 95% das eólicas estão instaladas no Nordeste. O Brasil tem uma capacidade instalada de cerca de 26 gigawatts de geração eólica, que correspondem a cerca de 14% de toda a matriz energética brasileira. O último recorde de geração eólica tinha ocorrido em agosto de 2021, quando as eólicas, num determinado horário, produziram 22% de toda a energia do Brasil.

“As eólicas estão gerando mais do que a potência instalada por causa dos fortes ventos. A tendência é gerar mais alto nos próximos meses”, comenta Elbia. A temporada dos ventos mais fortes começa na segunda metade de junho e tem o pico em setembro e outubro.

As gerações de energia eólica e solar estão traçando um novo cenário para o País.  “Temos energia de sobra e barata no País atualmente. Isso sinaliza para as fábricas que querem fazer os seus processos de descarbonização.É uma oportunidade única”, afirma Elbia. Para ela, isso também pode ajudar o País a implantar uma política industrial verde porque há energia renovável para fazer a transição energética.

A partir de 2018, a geração eólica começou a implantar empreendimentos com uma potência instalada de 4 gigawatts por ano em média. “Se vierem os investimentos previstos para a produção de hidrogênio, vamos ter mais investimentos em eólica e solar porque para produzir o hidrogênio precisa de mais energia renovável”, conta Elbia.

O hidrogênio só é considerado verde caso seja produzido usando energia limpa.  Já a transição energética tem o objetivo de diminuir as emissões de carbono em vários setores produtivos e, para isso, é necessário usar energia de fontes renováveis, como a eólica ou solar nos mais diversos setores, como a indústria, o transporte, entre outros.

Os recordes da energia solar
No dia 13 de julho último, a produção solar instantânea no Nordeste atingiu 6.597 megawwats (MW), o que corresponde a 53,3% da demanda da região. No dia anterior (12 de julho), a geração solar instantânea ficou em 6.478 MW, o equivalente a 52% da demanda.

Já a geração solar média no Nordeste apresentou dois registros importantes. Em 4 de julho, alcançou 2.060 MW médios e, em 11 de julho, essa mesma modalidade indicou a produção de 2.211 MW médios. Também houve um recorde da produção solar média no Sistema Interligado Nacional (SIN) com a geração de 5752 MW médios no dia 4 de julho.Historicamente, o Nordeste sempre foi importador de energia, pois tinha limitação na expansão da sua geração por depender da energia que poderia ser gerada pelas águas do São Francisco. Isso começou a mudar em 2013, quando as eólicas começaram a se expandir na região e o Nordeste passou a exportar energia.

Folha PE

Certificação garante que Petrobras só usa energia renovável

A Petrobras adquiriu certificação internacional que garante que 100% da energia elétrica utilizada em suas operações industriais e administrativas no Brasil é gerada por fontes renováveis. A certificação I-REC (‘Renewable Energy Certificate’) atesta que a energia elétrica adquirida pela Petrobras de fornecedores externos é gerada exclusivamente por fontes renováveis, destacando a energia hidrelétrica, a eólica e a solar.

Segundo a Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, o objetivo é neutralizar as emissões do chamado “escopo 2”. Esse termo é empregado pela indústria mundial para as emissões associadas ao consumo de energia obtida de um supridor externo. A prática foi incorporada pela companhia no ano passado. Os certificados foram adquiridos junto às principais empresas fornecedoras de energia elétrica para a Petrobras, que são a AES Brasil, CPFL Soluções e Cemig.

A empresa consome também energia elétrica gerada em suas próprias instalações, como plataformas e refinarias. Nesse caso, as emissões de gases de efeito estufa da geração são consideradas de “escopo 1”, ou seja, são emissões diretas resultantes de operações da própria companhia.

Marco
Na avaliação do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a neutralização de emissões do escopo 2 constitui marco relevante na jornada de transição energética da empresa. “E evidencia que estamos colhendo frutos concretos nessa caminhada, em parceria com nossos fornecedores. É um avanço que nos deixa orgulhosos, comprovando que seguimos determinados em liderar a transição energética no Brasil, de mãos dadas com a cadeia produtiva nacional, e em sintonia com as demandas da sociedade”, externou Prates.

Os certificados I-REC pertencem às empresas geradoras de energia e podem ser comercializados com os consumidores dessas empresas, interessados em assegurar a origem renovável da energia comprada. O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, confirmou que a compra dos certificados está alinhada à meta da empresa de atingir a neutralidade das emissões operacionais até 2050. Tolmasquim completou que a aquisição “reforça o nosso compromisso com a descarbonização de nossas operações, contribuindo para uma transição energética segura e para a geração de renováveis no Brasil”.

O gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, reforçou a prioridade dada pela companhia na aquisição de energia renovável no ambiente de comercialização do mercado livre de energia. Ele acredita que, através dos certificados, a empresa deu um passo à frente, garantindo que a energia elétrica usada para consumo nas unidades industriais e administrativas próprias provém de fonte renovável.

Descarbonização

Os certificados integram a primeira iniciativa que contou com recursos do Fundo de Descarbonização da Petrobras. Eles abrangem 100% da energia elétrica comprada e correspondem à totalidade das emissões de escopo 2 das operações da empresa no Brasil. A gerente executiva de Mudança Climática e Descarbonização da Petrobras, Viviana Coelho, não tem dúvida de que, com a compra dos certificados, incentiva-se uma maior participação dos renováveis na matriz energética brasileira. Segundo Viviana, a ação faz parte dos esforços do Programa Carbono Neutro, que busca identificar trajetórias para a neutralidade, incluindo, entre outras ações, a maior eletrificação das unidades da Petrobras e a integração com energias renováveis.

O Fundo de Descarbonização da Petrobras objetiva apoiar ações de descarbonização das operações da empresa nos segmentos de exploração e produção, refino, gás e energia e logística. O compromisso da Petrobras é, até 2030, reduzir suas emissões operacionais totais em 30%, em comparação com 2015 e, no longo prazo, neutralizar suas emissões operacionais de gases do efeito estufa até 2050, levando parceiros a seguirem o mesmo propósito.

Agência Brasil

Conta de energia manterá bandeira verde em junho

O consumidor brasileiro não pagará a mais na conta de energia em junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que a tarifa do próximo mês será a verde, sem adicionais. Assim, os consumidores completam o primeiro semestre do ano sem a cobrança do adicional, cenário que permanece inalterado desde abril de 2022.

A bandeira verde sinaliza condições favoráveis de geração de energia. De acordo com a Aneel, a bandeira verde deve perdurar por todo ano, já que há uma melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país.

Conta de luz fica mais cara a partir de hoje em Pernambuco

A conta de energia está mais cara a partir deste domingo (14) em Pernambuco. O reajuste tarifário anual é de 8,16% e foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na última terça-feira (9).

Os principais fatores que impactaram no cálculo do reajuste foram os custos com compra e transporte de energia e a retirada de componentes financeiros considerados no processo anterior.

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Neoenergia identificou em média 347 furtos de energia por dia no primeiro trimestre de 2023 na Bahia

Foto: Neoenergia/Divulgação

31.236 ligações irregulares foram identificados pela Neoenergia Bahia apenas nos três primeiros meses de 2023. Os dados foram divulgados pela concessionária nesta semana. Isso signfica que, em média, 347 fraudes foram encontradas por dia.

Mas com as ações exitosas, a Neoenergia recuperou 92 milhões de quilowatt/hora, que seria suficiente para abastecer todo o município de Feira de Santana – o segundo maior do Estado, durante 45 dias.

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Aneel mantém bandeira verde na conta de energia para o mês de maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que não cobrará adicional na conta de energia no mês de maio, que se inicia na segunda-feira. A Aneel optou pela manutenção da bandeira verde para os próximos 31 dias.

A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios.

O nível de armazenamento dos reservatórios, informou a agência reguladora, atingiu 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.

Greenpeace: China aumenta capacidade de produção de energia a partir do carvão

China aprovou no primeiro trimestre de 2023 um aumento de suas capacidades de produção de energia elétrica partir do carvão, em detrimento do objetivo de redução das emissões procedentes de combustíveis fósseis, lamentou nesta segunda-feira (24) a ONG Greenpeace.

A China é o maior emissor mundial de gases do efeito de estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, o que significa que os compromissos do país nesta área são considerados essenciais para limitar o aumento das temperaturas mundiais.

No primeiro trimestre do ano, as autoridades chinesas aprovaram a construção de centrais de carvão, com capacidades de pelo menos 20,45 gigawatts (GW), segundo a organização ecológica Greenpeace.

O número representa mais que o dobro dos 8,63 GW registrados no mesmo período do ano passado. E mais que os 18,55 GW aprovados para todo o ano de 2021. O aumento provoca temores de que a China recue em seus objetivos climáticos: atingir o pico de emissões de carbono entre 2026 e 2030, para alcançar a neutralidade de carbono até 2060. No ano passado, a China produziu quase 60% de sua energia elétrica eletricidade a partir do carvão.

O aumento do número de centrais de carvão “pode provocar catástrofes climáticas”, lamentou Xie Wenwen, diretor do Greenpeace. Alguns novos projetos aprovados no primeiro trimestre de 2023 estão localizados em províncias que sofreram escassez de energia elétrica no ano passado em consequência das ondas de calor sem precedentes, que reduziram a produção de energia hidrelétrica, segundo o Greenpeace.

A ONG alerta para um círculo vicioso: o funcionamento das centrais a carvão, em particular para alimentar os aparelhos de ar condicionado no verão, produz mais emissões que, por sua vez, acelerarão as mudanças climáticas e produzirão ondas de seca.

AFP

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