Sérgio Moro deve enviar hoje ao Supremo lista da Odebrecht
Manchetes dos principais jornais do país 28/03/2016
A Tarde
Baianos se unem contra a CPMF
Correio da Bahia
Rapaz é morto a tiros dentro de padaria em Salvador
Tribuna da Bahia
Consumo de carne na Bahia cai 25% no ano
O Dia
Exames 50% mais baratos são opção a planos de saúde
O Globo
Governo já redistribui cargos do PMDB
Folha de São Paulo
Câmara votará impeachment com fragmentação partidária recorde
O Estado de São Paulo
Crise provoca fechamento de 4,4 mil fábricas em SP
Correio Braziliense
Dilma diz que aguenta pressão e vê alternativas para impeachment
Valor Econômico
Moro decide na 2ª se envia ao STF planilhas da Odebrecht com nomes de políticos
Jornal do Commercio
Semana decisiva para o governo e o país
Diário do Nordeste
Bandidos atacam empresa e levam 58 armas de fogo
No maior desafio do seu primeiro mandato presidente da comissão afirma que impeachment será votado em abril
Há apenas 15 meses do início do primeiro mandato de deputado federal, Rogério Rosso (PSD) assume um dos cargos com maior visibilidade e pressão no atual cenário político brasileiro. No dia 17, o parlamentar de 47 anos se tornou presidente da comissão especial responsável por analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A escolha agradou à oposição e, ao mesmo tempo, acabou aceita pelo Palácio do Planalto, dado o trânsito de Rosso entre os dois polos. “Eu fui consultado, falei que nunca tinha imaginado isso, mas que, se fosse por convergência da Casa, eu não poderia me furtar da presidência, uma vez que jamais expus a minha opinião sobre o processo.” E por que o consenso em relação ao nome de um parlamentar de primeiro mandato? “Essa pergunta é bom você fazer para os líderes”, disse Rosso, durante entrevista ao Correio Braziliense/Diario de Pernambuco.
Neófito no Congresso, ele conseguiu assumir a liderança de uma bancada com 32 deputados, receber Dilma para almoço em sua casa e se tornar, contraditoriamente, um aliado importante do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Roqueiro, fã de heavy metal, Rosso foi eleitor do tucano Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e conta que nunca votou no PT, mas vem preferindo se resguardar de qualquer manifestação pública em relação aos acontecimentos que conflagram o país. Nas próximas semanas, não abrirá mão do rock. Para o momento atual, elegeu uma trilha sonora da banda britânica Iron Maiden: Dèjá vu. Nada mais simbólico.
O processo do impeachment no Congresso é político. O que vai determinar o andamento dele na Casa?
São dois aspectos. O primeiro é formal, jurídico da denúncia, dos prazos, da lei do impeachment e de seu rito especial. De outro lado, há a decisão de cada parlamentar. Nessa decisão, há variáveis que compõem a opinião de cada um. É claro que, por ser uma casa política, as ruas vão falar muito forte. Não tenho nenhuma dúvida disso. Porém, é importante também que neste momento, da comissão do impeachment, tudo aconteça dentro das regras, para que não tenhamos nenhuma interrupção ou suspensão.
Vagner Barreto é o primeiro campeão do The Voice Kids
Na tarde deste domingo, 27, o cantor mirim Wagner Barreto, 15 anos, morador da Ilha Floresta, cidade de Porto Rico (PR), sagrou-se campeão do The Voice Kids. Em sua última apresentação solo, o menino, que fazia parte do time da dupla Victor & Leo cantou , cantou Disparada e recebeu 66% dos votos do público.
Wagner Barreto concorreu na grande final com outros dois grandes talentos: Pérola Crepaldi, de Apucarana e Rafa Gomes, de Curitiba. Ele levou o prêmio de R$ 250 mil e um contrato com uma grande gravadora.
Dilma diz que aguenta pressão e vê alternativas para evitar impeachment
Sob intenso cerco político, Dilma Rousseff deixou impressionados os ministros com quem conversou nesta semana. Não sem motivo: com uma frieza a toda prova, ela expôs planos de governo para os próximos dias, meses e até para 2018. “Podem ficar tranquilos porque eu aguento bem a pressão. Sou resistente”, disse a presidente, ainda gripada, em uma das reuniões com a equipe.
Sem tempo, Dilma trocou a leitura frenética de livros pela análise minuciosa de mapas de votação na Câmara, onde uma comissão com 65 deputados vai definir o destino do impeachment. Ampliou o escopo, mirando em mais do que os 171 votos necessários para barrar o processo no plenário, e exibiu habilidade em decorar o Estado de cada parlamentar a ser fisgado. A ordem é abrir o cofre, atender os aliados fiéis, desalojar os “traidores” e dividir o PMDB, que na terça-feira deve oficializar o divórcio do governo. Na estratégia do “tudo ou nada”, Dilma partiu para o varejo das negociações políticas, virou uma espécie de “ouvidora” dos insatisfeitos, coisa que sempre abominou, e montou um gabinete de crise permanente.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a nomeação suspensa como ministro da Casa Civil e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal para saber se poderá assumir o cargo, atua de longe na coordenação geral dos trabalhos, sem pisar no Palácio do Planalto. A batalha de comunicação do governo é agora direcionada para “vender” a imagem de Dilma como mulher “guerreira”, que lutou contra a ditadura e hoje enfrenta um “novo modelo de golpe”. Todos os dias, Dilma recebe no Planalto ou mesmo na residência do Alvorada líderes e dirigentes de partidos aliados, além de ministros do PMDB. Pede apoio e promete mudanças.
Deputados do PP e do PR informaram a ela que será difícil manter o aval ao governo se o PMDB desembarcar e alertaram sobre um possível efeito dominó em outros partidos. “Foi um aviso de que o gato subiu no telhado. A ficha dela caiu, mas, por incrível que pareça, não se abateu”, contou um dos deputados que estiveram com a presidente. “Parece que, se morrer, vai morrer lutando”. Numa contraofensiva arriscada, o governo decidiu, na quinta-feira, desafiar o vice Michel Temer – que comanda o PMDB e é chamado por petistas de “chefe da facção” -, exonerando o presidente da Funasa, Antônio Henrique de Carvalho Pires, homem de sua confiança.
Nos bastidores, auxiliares de Dilma afirmam que tudo será feito para enfrentar a “conspiração” do grupo de Temer e contemplar com cargos quem pode ajudar a derrubar o impeachment na Câmara. É uma disputa voto a voto, no mais fiel estilo do “toma lá, dá cá”. Tática semelhante foi usada em dezembro, quando Dilma dispensou o vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, indicado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como retaliação à atitude do deputado de aceitar o pedido de impeachment.
Em conversas reservadas, Dilma mostra inconformismo com o fato de Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de corrupção na Petrobras, conduzir o processo que pode levar a seu afastamento. “Eu não cometi nenhum crime para justificar a interrupção do meu mandato. Brigarei até o fim”, diz ela, enquanto a Operação Lava Jato avança sobre o governo. No PT há quem pregue até mesmo que, em caso de impeachment, Dilma recorra à Organização dos Estados Americanos (OEA). Nesse combate, há ainda táticas de guerrilha que circulam na internet, com ameaças de fim de programas sociais, como o Bolsa Família, se a presidente cair.
Foi após a campanha da reeleição, em 2014, que Dilma terminou de ler a biografia do ex-presidente Getúlio Vargas, escrita pelo jornalista Lira Neto. Não por acaso, outro dia voltou a dar uma espiada no terceiro volume, segundo relato de um ministro. “Tudo a seu tempo”, costumava dizer Getúlio, quando era pressionado.
Com informações do Correio Brasiliense.
Mais de 5 milhões de brasileiros já declararam o Imposto de Renda 2016
Mais de 5 milhões de declarações do Imposto de Renda Pessoa Física 2016 já foram entregues, segundo o último balanço da Receita Federal. Os contribuintes podem entregar as informações até o dia 29 de abril e a expectativa do governo é receber 28,5 milhões de declarações, número 2,1% maior do que as 27,9 milhões entregues no ano passado. O programa gerador da declaração para ser usado no computador pode ser baixado no site da Receita Federal. O aplicativo para dispositivos móveis (tablets e smartphones) na versão Android para a Google Play também foi liberado na loja virtual da empresa, assim como a versão iOS para a Apple.
Para esclarecer dúvidas em relação ao preenchimento da declaração do imposto referente ao exercício de 2016, ano-calendário de 2015, a Receita também liberou para download um perguntão com respostas para as dúvidas mais frequentes. Outra ajuda para os contribuintes está sendo oferecida por universitários de cursos de Contabilidade de instituições de Ensino Superior que possuem Núcleos de Apoio Contábil e Fiscal (NAF). Os plantões seguem até o final de abril nos 44 núcleos espalhados pelo país.
Com informações da Agência Brasil.
Eleições: povo estará mais atento a políticos com promessas grandiosas e que se dizem salvadores da pátria
Acabou-se o tempo das extravagâncias eleitorais e das propagandas políticas alinhavadas como roteiros de ficção. As investigações da Operação Lava Jato combinadas à proibição das doações empresariais e à pressão dos eleitores forçarão os candidatos a manter os pés no chão e deixar de lado as promessas mirabolantes, em grande parte pouco factíveis. A análise vem de experientes marqueteiros e analistas políticos, cuja avaliação é que o pleito deste ano encerrará o ciclo das campanhas marcadas por grandes produções. A leitura é que os envolvidos no mercado político vão priorizar o conteúdo e menos a forma.
“Duas questões serão fundamentais nesta campanha: a viabilidade do conjunto do que for prometido e a credibilidade de quem promete para fazer as pessoas acreditarem naquilo”, analisa o publicitário José Nivaldo Júnior, que trabalha com política desde 1978. Em meio a vazamentos de planilhas, doações ilegais e cifras milionárias para candidatos, o histórico de honestidade dos postulantes também será fator decisivo. “Será certamente o mais importante fator na composição da credibilidade do candidato”, acrescentou Nivaldo.
Na mesma linha pensa o fundador da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco. Segundo ele, os eleitores estarão mais seletivos e mais atentos a candidatos com “passado nebuloso”. “A história de um corrupto não começa caindo de paraquedas no Congresso, mas, muitas vezes, dentro de um município se elegendo para prefeito ou vereador”, afirmou. Para analistas, as promessas terão que ser feitas com clareza. Diante da crise econômica e dos recursos escassos, os candidatos terão que trabalhar as prioridades com a população.
“Sem dúvida, a pauta eleitoral vai incorporar uma nova abordagem dos serviços. Por exemplo, o candidato em vez de prometer a expansão dos serviços públicos, certamente vai defender o bom funcionamento das estruturas existentes. O ciclo das campanhas grandiosas, mirabolantes se encerrou”, pontua o publicitário. “Um gestor não se torna popular por construir, mas por atender aos desejos da população e as necessidades”, reforça Nivaldo Júnior.
Há quatro décadas à frente de campanhas, o marquetólogo Carlos Manhanelli coordena, atualmente, 40 campanhas no Brasil. Na análise dele, com base em pesquisas, os cidadãos estão em busca de um gerente para a cidade e não salvadores da pátria. “Deverão ter promessas mais coerentes com o que a população precisa”, avalia.
Com informações de Marcela Balbino.
Esquema de propina da Odebrecht funcionava desde governo Sarney
A 26ª fase da operação Lava Jato expôs, nesta terça-feira, a existência de um “departamento de propina” na empreiteira Odebrecht, que teria sido utilizado para movimentar altas somas de dinheiro em pagamentos ilícitos para agentes públicos e políticos principalmente em 2014. O esquema, no entanto, pode ser muito mais antigo. Documentos mostram que, durante o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990), procedimentos bem semelhantes aos apontados pelos investigadores da Lava Jato envolviam 516 agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos. Entre eles, há ex-ministros, senadores, deputados, governadores, integrantes de partidos como PSDB, PMDB e PFL (atual DEM).
A Odebrecht afirmou “que não se manifestará sobre o tema”. Todos os políticos ouvidos negaram qualquer envolvimento em esquema de propinas com a construtora.
CGU confirma negociações para acordo de leniência com Grupo Odebrecht
A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou que está em negociações com a construtora Odebrecht para assinatura de um acordo de leniência. Em uma nota de poucas linhas, a CGU lembra que não costuma divulgar a relação das empresas com as quais negocia este tipo de acordo. No entanto, como a Odebrecht tornou a informação pública, a controladoria se limitou a confirmar a negociação.
“No caso da Odebrecht, após divulgação realizada pela empresa, a CGU confirma que está em fase de negociação do acordo de leniência”. A nota divulgada ontem (24) ressalta porém que, em razão do sigilo imposto pelo artigo que trata do tema (Lei n° 12.846/2013), “a Controladoria encontra-se impedida de comentar sobre detalhes da operação que ainda está em curso”.
Na última terça-feira (22), a Odebrecht informou que todos os executivos da empreiteira concordaram em fechar com a Controladoria a delação premiada – quando pessoas investigadas concordam em colaborar com as investigações informando o que sabem e, em contrapartida, obtêm benefício da redução da pena.
“As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato. A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União”, diz a nota.
Diferentemente da delação premiada, que é uma ação individual, o acordo de leniência é firmado entre uma empresa que decide colaborar com as investigações e a Justiça. Para o acordo, é necessário que a empresa confesse participação nos atos ilícitos, pague pelos prejuízos causados e dê informações que ajudem nas investigações.
A decisão da construtora de fechar acordo de leniência com a CGU aconteceu logo após a deflagração da 26ª fase da Operação Lava Jato, quando os investigadores descobriram a existência dentro da empresa um “braço”, que atuava de forma profissional e articulada com o único objetivo de distribuir propinas a partidos e políticos. Na ocasião foi descoberta uma planilha com anotações de doações feitas ao longo dos últimos anos há cerca de 200 políticos de 24 partidos.
Avianca realiza promoção de trechos a partir de R$80
A empresa aérea Avianca Brasil lançou nesta quinta-feira (24) uma campanha promocional de passagens aéras em vários destinos do País. As ofertas estarão em vigor até este domingo (27) e são válidas para viagens entre os dias 1º de abril e 31 de maio.
Partindo do Recife, a companhia oferece o trecho para Salvador por R$ 100, mesmo valor para o trecho saindo de Petrolina em direção à capital baiana. Ainda entre as opções no Nordeste, há os trechos entre Fortaleza e Juazeiro do Norte (R$100) e o de Aracaju em direção a São Paulo/ Guarulhos (R$199). Há também opções disponíveis partindo do Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e São Paulo. A opção mais barata é o voo de Curitiba para São Paulo/ Guarulhos, vendido a R$80.
A empresa destaca que as opções dos voos e estão sujeitas à disponibilidade dos assentos das aeronaves.
Dunga mostra preocupação com período sem jogos do Brasil
A última partida da seleção brasileira foi no dia 17 de novembro de 2015, na vitória sobre o Peru, por 3×0. Desde então, são 128 dias sem jogos. Período longo para uma equipe que estava em seu melhor momento, se entrosando e evoluindo. Por isso, o técnico Dunga mostrou estar preocupado com o rendimento do Brasil após tanto tempo.
”Me dá uns cabelos brancos. Quando começa a engrenar, ter uma forma de jogar, ficamos 128 dias sem jogar. Os jogadores estavam em um condicionamento físico naquela época e agora tens que reavaliar. É um desafio. Antigo até. Por isso as dificuldades, os sacrifícios. A satisfação é maior quando dá certo”, afirmou o comandante brasileiro.
Como se não bastasse este problema, Dunga ainda teve outro na preparação. A Seleção só trabalhou dois dias para o confronto diante do Uruguai, nesta sexta-feira (25), na Arena Pernambuco. A solução foi conversar com os jogadores e mostrar vídeos do adversário.
”Se analisarmos o primeiro jogo até o quarto nas Eliminatórias, a forma de jogar melhorou. A Seleção é sempre uma incógnita, um recomeço. Ficamos 128 dias sem jogar e temos dois dias para treinar. No clube já se fala em falta de tempo para treinar, imagina na Seleção? Conversamos muito, mostramos vídeos e vamos atrás do resultado que nos agrada. É um desafio para todos suportar isso”, ressaltou.
País desperdiça 36,4% da água disponível, diz ministério
No Brasil, 36,4% da água são desperdiçados e apenas 40,8% do esgoto são tratados, segundo o diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Antônio Gonçalves. Ele participou hoje (24) de seminário promovido pela pasta para fortalecer o intercâmbio de informações sobre a gestão de recursos hídricos e subsidiar ações e políticas públicas no setor.
De acordo com informações do ministério, esse desperdício se refere às perdas no próprio mecanismo de disponibilização de água para o abastecimento público, como ao uso de encanamentos velhos, por exemplo. Essas perdas acontecem antes mesmo de a água chegar às casas das pessoas.
Dessa forma, segundo Gonçalves, o desenvolvimento de políticas públicas no setor é fundamental para que o Brasil consiga avançar no uso sustentável dos recursos naturais e na melhoria da disponibilidade de água em qualidade e quantidade para os diversos usos.
“As águas não têm nação ou território único. A maioria transcende os limites de municípios, estados, nações. Temos essa responsabilidade [de cuidar dos recursos hídricos] porque moramos neste planeta”, afirmou Sérgio Gonçalves.
Uma iniciativa de preservação da água é a consulta pública sobre o Plano Nacional de Recursos Hídricos para 2016-2020 (PNRH). O documento trará as diretrizes e prioridades para os próximos quatro anos. Qualquer cidadão interessado em contribuir pode participar daconsulta pública até o dia 1° de maio.
Durante o seminário, realizado na semana do Dia Mundial da Água (22 de março), o superintendente adjunto da Agência Nacional de Águas (ANA), Flávio Tröger, afirmou que o portal http://www3.snirh.gov.br/portal/snirh oferece à população informações importantes sobre qualidade, quantidade e uso da água, entre outros. No portal, há um encarte especial sobre a Bacia do Rio Doce, atingida pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, em novembro do ano passado.
“Os usuários [do portal sobre recursos hídricos] podem encontrar mapas interativos, podem baixar metadados, além de dados necessários para estudos. Dessa maneira, a sociedade, de uma forma geral, poderá dispor dessas informações para os mais diferentes fins”, disse Tröger.
A diretora de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Letícia Carvalho, destacou a preocupação em identificar uma possível contaminação da Bacia do Rio Doce por substâncias químicas resultantes do rompimento da barragem. Ela afirmou ainda que é fundamental que se faça uma gestão ambientalmente adequada de metais pesados, por exemplo, para evitar riscos de contaminação do ar e das águas. Segundo Letícia Carvalho, o Brasil ainda não dispõe de uma legislação ampla sobre gestão de substâncias químicas.
A importância do acesso à água para todos foi ressaltada por Renato Saraiva Ferreira, do Departamento de Revitalização de Bacias. Ele falou sobre o Programa Água Doce, desenvolvido pelo ministério em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade a civil. Uma das ações de destaque é a dessalinização de água no Semiárido brasileiro. Segundo Ferreira, já são mais de 480 mil pessoas beneficiadas.
Após contestar Moro, Teori Zavascki é hostilizado
Depois de decidir que a investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva naOperação Lava Jato deve ser enviada, pelo juiz Sergio Moro, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki foi hostilizado por manifestantes contrários ao PT e à presidenta Dilma Rousseff.
Na noite da terça-feira 22, o grupo foi até a rua onde mora a família de Zavascki, em Porto Alegre, e pendurou faixas onde se lia “Teori traidor” e “deixa o Moro trabalhar” no portão do prédio.
Um dos responsáveis pela disseminação de mensagens de ódio contra Zavascki nas redes sociais é o cantor Lobão. Em sua conta no Twitter, o músico chegou a retuitar um post da conta “Br45il No Corrupt” (uma referência ao número de legenda do PSDB, 45) que informava o endereço e o telefone do filho do ministro em Porto Alegre. A página no Facebook do grupo Revoltados Online, um dos que convoca manifestações contra Dilma, também difunde ódio contra Teori nas redes, chamando-o de “vendido”.
Decisão
Na noite de terça-feira, o ministro Zavascki, que é responsável pela Operação Lava Jato no Supremo, atendeu a um pedido da Advocacia-geral da União (AGU) e determinou, com base em jurisprudência da corte, que a investigação envolvendo Lula seja enviada de volta à Corte. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes remeteu os autos do STF para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde a Lava Jato teve origem.
A decisão não muda o status de Lula, que segue sem ser ministro, e pode alterar o tratamento que as conversas envolvendo o ex-presidente e pessoas com prerrogativa de foro, como a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Jaques Wagner, terão diante da Justiça.
Com informações de Carta Capital
Presos da Operação Xepa fazem exame de corpo de delito no IML de Curitiba
Dez dos 12 presos da 26ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Xepa, fizeram na manhã desta quinta-feira (24) exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. De acordo com a superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, dois dos presos, que chegaram apenas ontem (23) à capital paranaense, realizaram os exames nas cidades de onde foram transferidos no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.
Após o exame, todos retornaram à superintendência da PF, onde permanecerão presos. Entre os 12, nove cumprem prisão temporária, com duração de cinco dias, podendo ser prorrogados por mais cinco. Outras três pessoas cumprem prisão preventiva, que não tem prazo para terminar.
A PF informou ainda que, durante a Operação Xepa, foram autorizados quatro mandados de prisão preventiva, mas uma das pessoas, Luiz Eduardo da Rocha, ainda não foi localizado.
Nas investigações, Rocha e Hilberto Mascarenhas Alves são apontadoss como chefes do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. A divisão operava o pagamento de propinas por meio de contas offshores abertas pelo próprio grupo, sob ordens de outros executivos do gupo. A Operação Xepa tem foco no grupo Odebrecht e é um desdobramento da 23ª fase da Lava Jato.