Mulheres do mundo todo se mobilizam por seus direitos no 8 de março

Do Afeganistão à Espanha, passando por França, México e Argentina, milhares de mulheres se mobilizaram nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, para reivindicar seus direitos. Os protestos ocorrem em um momento em que os direitos das mulheres se encontram sob ameaça de “retrocesso” no mundo, alertou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Na América Latina, coletivos feministas convocaram manifestações em vários países, como México, Colômbia, Uruguai, Honduras, Chile e Argentina. “Tirem a motosserra dos nossos direitos”, dizia um dos lemas dos coletivos argentinos, em rejeição às recentes medidas antifeministas do presidente ultraliberal Javier Milei.

– Afeganistão 
Pequenos grupos de mulheres se manifestaram discretamente no Afeganistão, onde os talibãs as expulsaram da vida pública desde seu retorno ao poder em agosto de 2021.As mulheres não podem viajar sem a companhia de um homem da família nem acessar certos empregos. Tampouco têm acesso à educação secundária ou universitária ou podem frequentar parques, feiras e ginásios. Em Balkh, no norte, várias mulheres exibiam um cartaz que dizia: “Salvem as mulheres do Afeganistão.”

– Argentina
Na Argentina, dezenas de milhares de mulheres marcharam “com força renovada” em repúdio às medidas antifeministas do presidente ultraliberal Javier Milei e de sua “motosserra” para cortar os gastos públicos. Desde que assumiu o poder em dezembro, o presidente de extrema direita fechou o Ministério das Mulheres e o Instituto Nacional contra a Discriminação, e proibiu a linguagem inclusiva em todas as comunicações da administração pública. Também voltou a se referir nesta quarta-feira ao aborto como um “assassinato”.

– Bolívia
Centenas de mulheres marcharam pelo coração de La Paz erguendo cartazes com frases como “Não quero voltar morta para casa” ou “Não me acho mais bonita calada”. “Estamos nas ruas da cidade para dizer a todos que não vamos descansar até conquistar nossos direitos”, afirmou em um protesto a funcionária pública Roxana Pérez.

– Chile
Cerca de 15 mil pessoas participaram de uma manifestação colorida pelo centro de Santiago, que passou em frente ao palácio do governo de La Moneda.”Mulher, escuta, se junte à luta” ou “Vai cair, o patriarcado vai cair” cantavam as manifestantes que tomaram as principais ruas da capital.

– Espanha
Dezenas de milhares de mulheres se manifestaram na Espanha, embora o movimento feminista voltou a marchar dividido em algumas cidades por suas diferenças sobre alguns temas, como a abolição da prostituição e a livre autodeterminação de gênero.”Basta! Nós feministas estamos em todas as partes”, dizia um cartaz no centro de Madri, em referência ao lema popularizado pelas jogadoras da seleção espanhola após o beijo forçado do ex-presidente da Federação, Luis Rubiales, na jogadora Jenni Hermoso.

– França
Milhares de pessoas se manifestam em Paris e outras cidades depois que o país se tornou na segunda-feira o primeiro do mundo a consolidar em sua Constituição a “liberdade garantida” das mulheres de abortar. A lei, aprovada na segunda, foi promovida pela oposição de esquerda e pela situação, após a Suprema Corte dos Estados Unidos deixar de reconhecer o aborto como um direito a nível federal em 2022.

– Honduras
Dezenas de mulheres se reuniram nas proximidades do Congresso Nacional, no centro de Tegucigalpa, para exigir “justiça, igualdade, respeito e equidade”, segundo os cartazes que mostravam.A diretora do Observatório da Violência da Universidade Nacional, Migdonia Ayestas, disse à AFP que Honduras é o país com “mais mortes violentas de mulheres e feminicídios na América Latina e o quinto no mundo”. Em 2022, foram registradas 308 mortes violentas de mulheres e, em 2023, foram 380, indicou Ayestas.

– Irã
No Irã, a violenta repressão de manifestações majoritariamente pacíficas e a “discriminação institucionalizada” de mulheres e meninas deu lugar a “crimes contra a humanidade”, apontou um relatório de especialistas encomendado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. A pesquisa, da qual as autoridades iranianas se negaram a participar, foi solicitada pela ONU depois dos grandes protestos que abalaram o país. Essas manifestações foram desencadeadas, em setembro de 2022, após a morte sob custódia de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos detida pela polícia da moralidade por supostamente usar o véu de forma incorreta.

– Irlanda
Na Irlanda, foi realizado um referendo que busca modernizar as referências à mulher e à família em sua Constituição, redigida em 1937 quando a Igreja Católica impunha seu dogma no país.

– Itália
Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em Roma e Milão contra a violência de gênero, depois da comoção causada por vários feminicídios nos últimos meses.

– México
As ruas do centro histórico da Cidade do México foram invadidas por uma onda de cor roxa para protestar contra a violência de gênero neste país, onde, segundo a ONU, entre 9 e 10 mulheres são assassinadas diariamente. “Elas foram levadas vivas, nós as queremos vivas!” gritava um grupo de mulheres, familiares de vítimas da violência machista. “E que tremam os machistas, a América Latina será feminista!” cantava outro grupo. Entre os manifestantes estava também o chamado “bloco negro”, mulheres encapuzadas vestidas de preto que faziam pichações e com marretas batiam nas barreiras erguidas pelas autoridades para proteger monumentos, comércios e edifícios.

– Paquistão
Centenas de mulheres protestaram nas principais cidades do Paquistão, onde as mobilizações a favor dos direitos da mulher costumam ser criticadas por grupos religiosos conservadores. “Enfrentamos todo tipo de violência: física, sexual, cultural […], o casamento de crianças, estupros, assédio no trabalho e nas ruas”, declarou Farzana Bari, organizadora de uma manifestação na capital Islamabad.

– República Democrática Congo
Na República Democrática do Congo, milhares de mulheres se vestiram de preto em sinal de luto pelas mortes deixadas pelos conflitos no leste do país. “Nós, as mulheres da República Democrática do Congo, rejeitamos a guerra, o estupro e o roubo de nossos recursos”, clamaram em Bukavu, capital da província Kivu do Sul.

– Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou nesta sexta-feira as mulheres militares que lutaram na Ucrânia e as que apoiam a ofensiva de Moscou contra o país vizinho. O ministro de Defesa, Sergei Shoigu, agradeceu às mães dos soldados em combate na Ucrânia e lhes disse: “Vocês criaram verdadeiros patriotas e corajosos defensores da pátria”. Nas últimas semanas, esposas de soldados organizaram manifestações em frente ao Kremlin para pedir seu retorno.

– África do Sul
Na África do Sul, cerca de 200 mulheres se manifestaram em apoio ao Conselho Judeu Sul-Africano para denunciar os estupros e abusos cometidos pelo Hamas contra reféns israelenses na Faixa de Gaza. “Estamos profundamente entristecidas pelos horrores e as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas”, lamentou uma das organizadoras, Gabriella Farber Cohen.

– Turquia
Centenas de mulheres se reuniram em uma rua que leva à Praça Taksim, em Istambul, fechada como em anos anteriores. Também estava prevista uma marcha na capital, Ancara, em uma rua onde os protestos estão proibidos há anos.

– Uruguai
Uma onda roxa com milhares de pessoas percorreu a principal avenida de Montevidéu, em um protesto ao qual se uniu o sindicato Pit-Cnt após convocar uma greve de 24 horas sob o lema “Nem um direito a menos, chega de retrocessos”. Também houve referências à guerra em Gaza, onde denunciaram um “genocídio” contra os palestinos, e às mulheres desaparecidas durante a ditadura cívico-militar de 1973 a 1985. Carolina Calfani, funcionária administrativa do sistema educacional de 32 anos, foi com sua filha e sobrinha para exigir “uma educação feminista”, mas também para enfatizar “as mortes de mulheres palestinas”.

AFP

Palestras virtuais, sorteio de brindes e homenagens fazem parte da programação do Dia da Mulher, em Petrolina

Comemorado na próxima segunda-feira (8), o Dia Internacional da Mulher promete ser bem movimentado em Petrolina. A prefeitura municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (Sedesdh), preparou uma programação especial com diversas atividades, principalmente, aos serviços de assistência social na cidade.

As atividades incluem abordagens sociais, palestras virtuais e homenagens às mulheres acolhidas nos equipamentos ligados à Sedesdh e segundo a organização, todas as ações serão adaptadas e realizadas seguindo os protocolos de prevenção à Covid-19. A programação tem início na segunda e segue durante toda a semana levando serviços e informação às mulheres.

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Prefeitura de Ouricuri prepara atividades para o Dia Internacional da Mulher

A Secretaria de Assistência Social, de Ouricuri (PE), está preparando uma série de atividades para comemorar, nesta quinta-feira (8), o Dia Internacional da Mulher.

O evento que acontecerá na praça Frei Damião ás 17h, vai oferecer diversos serviços gratuitos nas áreas da saúde e assistência social, além de atividades socioculturais.

De acordo com a Secretaria de Assistência Social, do município, as mulheres que participarem do evento terão acesso a oficina de Beleza, atendimentos na área da saúde. Também haverá expedição da 1ª Via de Identidade para 50 mulheres.

Prefeito de Sobradinho (BA) homenageia as mulheres

DIA DA MULHER - PREFEITURA

A mulher, símbolo sagrado, imagem da perfeição que cria a vida. Doação, garra, coragem, esperança e amor sublime. No palco da vida elas desempenham, com talento, todos os papeis, é mãe amorosa, companheira dedicada. Profissional competente Cidadã aguerrida. Mãe, filha, avó, amiga.

E está nas ruas, em casa, nas empresas, no serviço público dando o melhor de si na construção de um mundo melhor. A todas elas, a nossa homenagem de respeito e admiração.

Vamos, juntos, mulheres e homens, avançar na luta pela igualdade de gênero. Pela valorização da mulher. Pelo direito ao trabalho, a educação e oportunidades iguais. Pelo fim da violência doméstica.

Vamos, juntos, implantar a cultura da paz, do respeito e do amor entre todos.

Mulheres sobradinhenses, que DEUS abençoe cada uma de vocês. Avante!!! Vamos em busca de novas conquistas!

Luiz Vicente Berti,

Prefeito de Sobradinho.

Especial dia da mulher: Anna Karoline Santana de Medeiros

Dr. Anna Karoline Santana de Medeiros

O ser mulher é o exercício pleno de proteger e defender não só o que é justo, o que é razoável e o que é prudente!

O Ser mulher é advogar em defesa de valores, ensinados diretamente por Deus!

O Ser mulher é lutar de forma incansável e destemida, não importando os obstáculos e quão grande sejam os desafios.

O Ser mulher é superar as desconfianças de uma sociedade machista, apresentando resultados muitas vezes superiores ao que nos é exigido, e ainda assim ter que brigar para ser reconhecida como igual entre profissionais do sexo masculino.

O Ser mulher é carregar com sigo muitas vezes o desafio de ser excelente em tudo que faz; no terceiro, quarto, e muitas vezes quinto turno.

O Ser mulher é não perder a ternura, mesmo quando a vida lhe exige uma postura firme.

O Ser mulher é abdicar de prazeres pessoais ao simples olhar de dor ou frustração de um filho.

O Ser mulher é ser mãe mesmo não dando a luz, pois esse extinto nasce com a gente; tornando marido, irmãos e clientes verdadeiros filhos.

Poderia passar horas e horas qualificando o que é ser mulher e ainda assim sobrariam adjetivos e predicados para outras tantas descrições, que me permitem afirmar que não existe uma identificação maior no ser mulher, do que com a profissão que abracei e milito com muito orgulho e amor; pois cada mulher carrega dentro de si os mesmos valores éticos e morais de uma advogada.

Peço a máxima vênia para ser redundante.

Feliz dia internacional da mulher para “todas as advogadas mulheres e para todas mulheres advogadas! ”

Por:  Anna Karoline Santana de Medeiros – Advogada

Vereadora parabeniza mulheres sertanejas no 8 de março

Maria Elena 02O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, simboliza um dia de comemorar conquistar e lembrar que a luta por igualdade de direitos ainda é uma rotina seja em sua vida pública ou como parte de sua existência, uma data representativa para a vereadora Maria Elena Alencar (PSB/PE).

Defensora do protagonismo feminino, a parlamentar tem feito a sua parte por meio do mandato e da atuação envolvendo entidades que atuam no fortalecimento dos direitos e proteção da mulher.

 A chegada da vara da violência doméstica figura como mais um instrumento de defesa da mulher contra as agressões e agressores, símbolo de um trabalho que a vereadora tem buscado e levado como bandeira de atuação política e de via também. Uma luta que ela sempre travou desde a implantação da Lei Maria da Penha.

“São conquistas que me orgulho. Nossa vida seja como vereadora seja e como mulher, busca sempre referendar os direitos de gênero e colocar a mulher no lugar que lhe é devido. Temos pautado nossa vida pública nesse sentido e cada dia mais estamos lutando para que a igualdade de gênero seja uma realidade em nossas vidas”, assinalou a vereadora Maria Elena Alencar.

Uma das mais recentes batalhas de Maria Elena diz respeito ao apoio às mulheres grávidas e já com filhos que têm sofrido com o fantasma do zika vírus e da microcefalia. Elena disse que encaminhou ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, PSB, solicitação para a criação de um programa específico do estado voltado para essas mães ou futuras mamães, visando amenizar o sofrimento em filas de atendimento na saúde pública do estado.  Ela explica que a intenção é que esse programa tenha Petrolina como referência.

“A exemplo do programa Pernambuco Conduz que assiste individualmente às pessoas carentes como dificuldades de locomoção que o governador também implante essa força tarefa da saúde para atender de forma específica ás mães que foram vítimas do zika vírus com confirmação ou suspeitas de estarem com seus fetos com microcefalia. Frisei ao governador que essa agora deve ser prioridade número um do governo estadual”, justificou Maria Elena que encaminhou o mesmo documento aos deputados Miguel Coelho e Lucas Ramos, do PSB e Odacy Amorim, do PT, representantes de Petrolina na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE).