Em nota, Adeppe espera diálogo com novo titular da SDS-PE

Alexandre Carvalho é o novo secretário

Mais uma entidade de classe demonstrou preocupação com a notícia da saída de Carla Patrícia Cunha da secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco. Depois do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol-PE), agora foi a vez da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) se manifestar.

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Em Pernambuco, relatório da Adeppe revela o acumulo de funções dos delegados

(Foto: Internet/Ilustração)

Segundo informações de relatório publicado pela Associação de Delegados de Polícia do Estado (Adeppe), dos 382 delegados que estão na ativa, 36% deles não estão investigando os crimes que são registrados em Pernambuco.

A justificativa fica por conta do acumulo de funções administrativas destes profissionais.  “Quando é lançado edital para concurso de delegado de polícia, observa-se no documento que a atribuição do cargo é a de investigação de crimes. Entretanto, em Pernambuco, essa não é a função precípua do delegado. A criação de departamentos especializados gerou uma ampliação desmedida de funções, afastando os delegados da atividade fim. A ampliação do número de delegados seccionais é um bom exemplo. Pulou de 12 para 26”, denunciou a categoria.

Enquanto delegados exercem funções administrativas, outros se desdobram acumulando a titularidade de delegacias. Em junho deste ano, um delegado assumiu quatro delegacias de municípios diferentes do Estado.

Com informações do JC

Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco envia nota à imprensa sobre denúncia do Sinpol na investigação da morte de alvo da Operação Turbulência

Símbolo da Adeppe (Foto: Internet)

Símbolo da Adeppe (Foto: Internet)

A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) mostrou-se incomodada com a denúncia do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) sobre a interferência da Secretaria de Defesa Social (SDS), que, segundo o Sinpol, teria barrado a realização da perícia papiloscópica no quarto do motel Tititi, onde foi encontrado o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato. Confira:

“NOTA À IMPRENSA

A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) vem a público externar que considera preocupante a denúncia oriunda do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), acerca da interferência da Secretaria de Defesa Social (SDS) nos trabalhos de investigação da morte do Sr. Paulo César de Barros Morato, um dos alvos da Operação Turbulência, da Polícia Federal, mais precisamente no tocante ao impedimento de realização de perícia em local de crime.

É de se esclarecer que a condução de uma investigação criminal é de competência exclusiva do Delegado ou Delegada de Polícia presidente das investigações, a quem cabe, privativamente, decidir sobre a necessidade, ou não, de realização de qualquer tipo de perícia. Uma vez requisitada a perícia, não cabe a nenhum gestor público, mesmo que ocupante de alto escalão de Governo, interferir ilegalmente na condução da investigação.

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