Aécio Neves vira réu por tentativa de obstrução à Lava Jato

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A Justiça Federal de São Paulo validou uma denúncia do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra Aécio Neves. O deputado responderá pela acusação de corrupção passiva e tentativa de obstrução à operação Lava Jato.

A acusação é baseada nas delações de Joesley Batista, que afirmou ter pago R$ 2 milhões ao deputado como propina. Em troca do dinheiro recebido, o deputado teria prestado favores a Joesley. A irmã de Aécio, Andréa Neves, um primo e um assessor parlamentar do ex-senador também são acusados de corrupção passiva.

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PSDB lança novo Código de Ética, mas isenta Aécio de punição imediata

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O PSDB quer recuperar a imagem, após ter o nome do partido envolto em denúncias de corrupção nos últimos anos. Para isso a cúpula tucana lançará na próxima semana o novo Código de Ética, o qual prevê punição a filiados os quais se envolvam em ilegalidades.

Essa é a primeira vez que o partido elabora um documento específico para punir corrupções. No novo Código é prevista a expulsão de filiados, mas um dos nomes mais conhecidos do PSDB deve ficar impune. Aécio Neves delatado por Joesley Batista, empresário da J&F não deve ser punido de imediato pela cúpula, de acordo com o jornal O Estado de Minas.

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Senadores são alvo de operação da PF, Aécio Neves é um deles

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O senador Aécio Neves (PSDB) foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público na manhã dessa terça-feira (11). Foram cumpridos mandados 24 mandados de busca e apreensão, 48 intimações no Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Amapá.

A PF investiga crimes como corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Além de Aécio, sua irmã Andrea Neves e o primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros também são investigados. Outros senadores observados são Antonio Anastasia (PSDB-MG) e José Agripino Maia (DEM-RN).

Também são investigados na Operação Rosss os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Benito Gama (PTB-BA). A PF apura irregularidades cometidas entre 2014 e 2017, totalizando R$ 100 milhões recebidos pelos políticos citados.

Com informações da Agência Brasil

MP pede que Aécio Neves devolva mais de R$ 11,5 milhões

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O Ministério Publico de Minas Gerais apresentou uma Ação Civil Pública em que pede que o atual senador Aécio Neves (PSDB) devolva mais de R$ 11,5 milhões gastos com voos no período em que foi governador do estado. O MP também pediu a condenação do tucano por improbidade administrativa.

De acordo com o MP, os valores foram utilizados com deslocamentos em aeronaves oficiais, piloto e combustível sem justificativa ou comprovação de interesse público. Os principais destinos são as cidades de Rio de Janeiro (RJ) e Claúdio (MG), mas outras rotas também estão sendo investigadas.

Ainda de acordo com o MP, alguns dos deslocamentos contavam com passageiros que não tiveram as identidades reveladas na prestação de contas. Para garantir a restituição dos valores aos cofres públicos, o MP pede o bloqueio dos bens de Aécio até o valor total da ação: R.521.983,26.

“A circunstância, por si só, não se harmoniza com a alegação, encetada pela defesa na fase inquisitiva, de que a finalidade dos voos tinha o objetivo de garantir a segurança do requerido na qualidade de então chefe do Executivo”, diz trecho da ação.

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Aécio Neves vira réu por corrupção e obstrução de Justiça

Senador Aécio Neves. (Foto: Internet)

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade tornar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) réu pelo crime de corrupção, na tarde dessa terça-feira (17). Os ministros também votaram, dessa vez por 4×1, para que Aécio seja investigado por obstrução de justiça, Alexandre de Moraes votou pelo não.

Dessa forma, Aécio Neves pode se tornar réu pela primeira vez, desde o ano passado. O senador foi acusado em junho de 2017, de pedir propina no valor de R$ 2 milhões ao empresário e dono da J&F, Joesley Batista, em troca de favores políticos.

A denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República também acusou Aécio de tentar atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato, com base nas gravações feitas por Joesley Batista, material entendido pelo STF como prova válida para a denúncia contra o senador.

A primeira turma do STF é formada pelos ministros Marco Aurelio Mello (relator), Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

STF determina quebra de sigilos bancário e fiscal de Aécio Neves

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinou quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no período entre 1º de janeiro de 2014 e 18 de maio de 2017.

Na mesma decisão, o ministro também mandou quebrar os sigilos da irmã do senador, Andrea Neves, do primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, e de Mendherson Souza, ex assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

A ordem de Marco Aurélio Mello, relator da investigação sobre o senador, foi assinada no final de novembro e divulgada nesta quinta-feira (7).

Segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo, Aécio pediu e recebeu propina de R$ 2 milhões de Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS. A quantia teria sido solicitada por Andrea Neves com o objetivo de pagar um advogado do senador. Mas, para a PGR, o dinheiro era uma contrapartida por supostos favores prestados pelo parlamentar ao grupo J&F, controlador da JBS.

Com informações do G1

Representação do PT que pedia cassação de Aécio Neves é arquivada

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Nesta terça-feira (24) o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB) arquivou a representação do PT que pedia a cassação de Aécio Neves (PSDB).

Segundo a assessoria de João Alberto, o presidente do Conselho de Ética consultou a Advocacia Geral do Senado, que recomendou o arquivamento do pedido do PT.

A assessoria do presidente acrescentou, ainda, que cabe recurso da decisão ao plenário do conselho.

Absolvição de Aécio: Fernando a favor, Humberto contra

Dos três senadores de Pernambuco, um votou a favor de Aécio Neves – o peemedebista Fernando Bezerra Coelho – outro, Humberto Costa (PT), votou e trabalhou contra o tucano e o terceiro, Armando Monteiro Neto (PTB), não participou da votação por se encontrar em viagem oficial aos Emirados Árabes representando o Senado juntamente com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Dos 81 senadores que integram a Casa, nove não compareceram à sessão e dois não votaram – Eunício Oliveira (PMDB-CE), na condição de presidente, e Aécio Neves (PSDB-MG), afastado.

Em carta, Aécio diz ser vítima de ‘trama ardilosa’

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O senador afastado Aécio Neves enviou uma carta aos senadores sobre sua situação. No texto, Aécio diz ser vítima de “trama tão ardilosa construída” e que está “indignado” diante da violência a que foi submetido. A carta foi enviada para os 80 senadores.

Para o senador afastado, as medidas cautelares a que foi imposto “se sustentam em uma gravação feita de forma clandestina, portanto criminosa, por um réu confesso, Joesley Batista, em busca dos extraordinários benefícios de sua delação premiada”.

O senador foi gravado em negociações sobre um repasse de R$ 2 milhões. Em sua defesa, Aécio afirma que a quantia foi um empréstimo pessoal. No áudio, ele também aparece falando sobre “matar” um intermediário.

Veja a carta enviada por Aécio Neves:

Aos meus pares                  

Nesta terça-feira, o plenário do Senado Federal irá deliberar sobre a manutenção ou não de sanções que me foram impostas por votação dividida da Primeira Turma do STF, entre elas o afastamento do mandato que me foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros, além do recolhimento domiciliar noturno.

Caro colega,

Talvez você possa imaginar a minha indignação diante da violência a que fui submetido e o sofrimento causado a mim, à minha família e a tantos mineiros e brasileiros que me conhecem de perto em mais de trinta anos na vida pública, como parlamentar e como governador de Minas Gerais.

Só vejo um caminho para enfrentar trama tão ardilosa construída, como se sabe agora, com a participação de agentes públicos ligados à Procuradoria Geral da República ao lado de empresários inescrupulosos que não se constrangem em acusar pessoas de bem para obter os benefícios que buscavam.

Em razão da gravidade do que será decidido, tanto em relação a mim, pessoalmente, quanto ao próprio Senado, tomo a liberdade de encaminhar-lhe de forma bastante objetiva alguns esclarecimentos para os quais desde já agradeço sua atenção.

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Senado derruba decisão do STF que mandou afastar Aécio Neves do mandato

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O Senado derrubou nesta terça-feira (17), por 44 votos a 26, a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que havia determinado o afastamento de Aécio Neves (PSDB) do mandato. Com isso, Aécio poderá retomar as atividades parlamentares. Aécio foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

Após a decisão do plenário, a assessoria de Aécio divulgou a seguinte nota:

“O senador Aécio Neves recebeu com serenidade a decisão do plenário do Senado Federal que lhe permite retomar o exercício do mandato conferido pelo voto de mais 7 milhões de mineiros. A decisão restabeleceu princípios essenciais de um Estado democrático, garantindo tanto a plenitude da representação popular, como o devido processo legal, assegurando ao senador a oportunidade de apresentar sua defesa e comprovar cabalmente na Justiça sua inocência em relação às falsas acusações das quais foi alvo”.

Com informações do G1

Justiça proíbe votação sigilosa sobre afastamento de Aécio do Senado

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O juiz federal Marcio Lima Coelho de Freitas, da Sessão Judiciária do Distrito Federal, concedeu uma liminar no início da noite desta sexta-feira (13) que obriga o Senado a adotar a votação aberta e nominal na sessão que vai decidir pelo afastamento ou não do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

A decisão atende a uma ação popular movida pelo presidente da União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), Eduardo Cubas.

A liminar se baseia na emenda 35/2001 que altera o artigo 53 da Constituição suprimindo a possibilidade de votação fechada nos casos que envolvem a suspensão de direitos de parlamentares. Além disso o juiz alega que o Senado não vai cumprir o papel de revisor do poder Judiciário na sessão que vai decidir o futuro de Aécio.

Ao contrário, a deliberação faz parte do “sistema de freios e contrapesos decorrentes do desenho constitucional, no qual compete ao próprio Legislativo dar a palavra final sobre medidas cautelares envolvendo seus integrantes e, portanto, está obrigado a se submeter à regra da publicidade das decisões judiciais.

Segundo o autor da ação popular, o objetivo é dar mais transparência à atividade política. “A sociedade começar a repensar nossa política e em como deixar as coisas mais transparentes”, disse Cubas.

Com informações de O Globo

Futuro de Aécio hoje no Supremo: a corte está dividida

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Pelo menos três correntes se digladiarão no STF nesta quarta (11), quando o futuro de Aécio Neves (PSDB-MG) será decidido.

A corte está dividida.

Há os que dizem que o afastamento é ilegal, os que pregam autorização do Congresso para a aplicação da medida e os que afirmam que ação é legal e nem sequer está sujeita ao Legislativo.

A aposta é a de que a solução intermediária

Novos áudios da JBS mostram indícios de propina a ministro e caixa 2 de Aécio

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Novos áudios entregues por delatores da JBS ao Ministério Público Federal mostram indícios de que os empresários pagaram propina de R$ 6 milhões ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Marcos Pereira. Outra gravação traz ainda conversas sobre suposto pagamento de R$ 12,3 milhões ao marqueteiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Paulo Vasconcelos, de forma ilegal.

Os áudios foram obtidos pela revista “Veja”, revelam Joesley Batista negociando diretamente o repasse do dinheiro com o ministro Marcos Pereira, que diz que está muito feliz no governo quando o empresário começa a falar dos pagamentos.

Em outro áudio também obtido pela revista, o executivo da JBS Ricardo Saud conversa com Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio Neves, sobre as preocupações do grupo empresarial com pagamentos de caixa dois eleitoral feitos ao marqueteiro Paulo Vasconcelos. Segundo Saud, a JBS, uma das empresas do grupo J&F, pagou R$ 12,3 milhões ao marqueteiro. Apesar de Vasconcelos ter emitido notas fiscais em favor da JBS, nenhum serviço teria sido prestado em contrapartida para a empresa.

Com informações de O Globo

Julgamento de Aécio Neves fica para o dia 11 de outubro

Por 3 votos a 2, os ministros da turma rejeitaram o pedido de prisão de Aécio Neves.
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Fico definido nesta sexta-feira (29), pelo o Supremo Tribunal Federal (STF) a data do julgamento para o próximo dia 11 o julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que pede que o tribunal considere a possibilidade de o Congresso rever, em até 24 horas, qualquer medida cautelar diversa da prisão imposta a deputados e senadores, como suspensão do mandato e recolhimento domiciliar.

A providência da ministra Cármen Lúcia é resultado das conversas que manteve com o presidente do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), para resolver o impasse sobre a situação do senador Aécio Neves, afastado do mandato nesta semana por decisão da Primeira Turma. Na quinta, Cármen Lúcia disse daria prioridade para o julgamento da ação.

Por 3 votos a 2, os ministros da turma rejeitaram o pedido de prisão formulado pela Procuradoria Geral da República, mas determinaram o afastamento do senador do mandato e o recolhimento domiciliar noturno, isto é, a proibição de sair de casa à noite. Esta última determinação é uma das medidas cautelares diversas da prisão previstas no Código de Processo Penal.

Com informações do G1

PT: Aécio merece o desprezo do povo brasileiro, mas não pode ser afastado

A Executiva Nacional do PT se posicionou, em nota, contra a decisão desta terça-feira 26 do Supremo Tribunal Federal pelo afastamento de Aécio Neves das atividades parlamentares.

Em discurso no plenário, o senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou que não faz defesa de tucano, a quem acusa de ser algoz do governo Dilma, mas lembrou que a Constituição não prevê afastamento sem flagrante ou ocorrência de crime hediondo.

“Volto a repetir que tenho muito respeito pelo Supremo Tribunal Federal, por todo o Judiciário, pelo Ministério Público, mas eles também erram”, ressaltou.

Os senadores petistas e a Executiva Nacional do partido se reuniram por videoconferência nesta quarta-feira 27 para tomarem uma decisão conjunta sobre o tema.

Confira a íntegra da nota:

Aécio Neves é um dos maiores responsáveis pela crise política e econômica do país e pela desestabilização da democracia brasileira.

Derrotado nas urnas, insurgiu-se contra a soberania popular e liderou o PSDB e as forças mais reacionárias da política e da mídia numa campanha de ódio e mentiras, que levou ao golpe do impeachment e à instalação de uma quadrilha no governo.

Para consumar seus objetivos políticos, rasgaram a Constituição e estimularam a ação político-partidária ilegal de setores do Judiciário e do Ministério Público.

Aplaudiram todas as arbitrariedades cometidas contra lideranças do PT e dos setores populares, as violações ao devido processo legal e ao estado de direito democrático.

Compactuaram com o processo de judicialização da política, que visou essencialmente a fragilizar os poderes eleitos pelo povo.

As repetidas violações ao direito criaram um monstro institucional que tem como cérebro a mídia, comandada pela Rede Globo, e tem como braços os setores do MP e do Judiciário que muitas vezes acusam, punem ou perdoam por critérios políticos.

Aécio Neves defronta-se hoje com o monstro que ajudou a criar.

Não tem autoridade moral para colocar-se na posição de vítima.

Vítimas são as brasileiras e brasileiros que sofrem com o desemprego, a recessão, o fim dos programas sociais e a volta fome ao país, sob o governo de que Aécio Neves é fundador e cúmplice.

Por seu comportamento hipócrita, por seu falso moralismo, Aécio Neves merece e recebe o desprezo do povo brasileiro.

Ele terá de responder um dia, perante a Justiça, pelos gravíssimos indícios de corrupção que o cercam. Terá de ser julgado com base em provas, dentro do devido processo penal.

Mas a resposta da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a este anseio de Justiça foi uma condenação esdrúxula, sem previsão constitucional, que não pode ser aceita por um poder soberano como é o Senado Federal.

Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial. A decisão de ontem é mais um sintoma da hipertrofia do Judiciário, que vem se estabelecendo como um poder acima dos demais e, em alguns casos, até mesmo acima da Constituição.

O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia, sob pena de fragilizar ainda mais as instituições oriundas do voto popular.

E precisa também levar Aécio Neves ao Conselho de Ética, por ter desonrado o mandato e a instituição.

Não temos nenhuma razão para defender Aécio Neves, mas temos todos os motivos para defender a democracia e a Constituição.

Brasília, 27 de setembro de 2017

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