Fernando Bezerra defende novas estratégicas desenvolvimentistas para Pernambuco

Plenário do Senado durante sessão não deliberativa. Em discurso, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)/Foto: Waldemir Barreto – Agência Senado

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) subiu à Tribuna do Plenário do Senado, na tarde desta segunda-feira (10), para solicitar a transcrição e o registro, nos Anais da Casa, de artigo publicado hoje no jornal Diário de Pernambuco, assinado pelo acionista e diretor-executivo da Companhia Cone S/A, Marcos Roberto Dubeux. Afinado ao pensamento de Dubeux – defensor da estratégia denominada “cluster”, que é a reunião concentrada de empresas com características semelhantes e articuladas para atuar com eficiência e competitividade – Fernando Bezerra destacou que Pernambuco “carece de uma nova estratégia que turbine suas vocações naturais visando gerar prosperidade econômica de longo prazo”.

Líder do PSB e do governo no Senado, Bezerra Coelho defendeu, ainda, que o Congresso Nacional dê celeridade à discussão e votação da Reforma da Previdência. “Uma necessidade comprovada pelos dados demográficos e econômicos e também uma condição para que o país volte a crescer”, ressaltou o socialista.

Ao citar trechos do artigo de Dubeux, que relembrou a mobilização para que o Hub da empresa Latam fosse instalado no Nordeste, o senador enfatizou que se Pernambuco posicionar-se para ser o “hub logístico do Brasil”, o estado atrairá empreendedores, investimentos, novas empresas, capital intelectual e interesse político. “Pernambuco precisa de um foco, de uma estratégia direcionada ao cluster que melhor define a vocação de localização estratégica que possuímos: a logística com inovação, alavancando o potencial dos portos de Suape e o Digital, no Recife. O desenvolvimento econômico é a mais eficaz política social”, reforçou o parlamentar, ao destacar o referido trecho do texto de Marcos Dubeux.

Petrolina: aberto o edital para publicação de artigos na Revista Contexto

O edital para publicação de textos na 14ª edição da Revista Contexto da Secretaria Municipal de Educação de Petrolina (SEDUC) foi lançado oficialmente nessa segunda-feira (03). Os interessados podem enviar artigos para o endereço [email protected].

Os textos selecionados passarão pelo crivo de uma equipe editorial que, posteriormente, entrará em contato com os autores dos textos selecionados e o prazo final, como preconiza o edital vai até o dia 05 de maio deste ano. O periódico será publicado no final de junho.

Os trabalhos devem obedecer aos requisitos determinados no edital: ineditismo, escritos em vernáculo, obedecendo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e já em conformidade com as regras da Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa; os artigos devem ser científicos e as revisões bibliográficas devem ter no máximo três páginas; e os demais gêneros textuais, duas páginas. No envio, o autor deve indicar nome, qualificação, departamento, categoria profissional, titulação, local de trabalho ou estudo e e-mail.

Este ano, a Revista Contexto conseguiu avançar no índice de qualificação da Plataforma Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, órgão ligado ao MEC. O periódico aparece com “B-3” em Sociologia e “B-4” em Ensino e “C” em Linguagem. O edital completo poderá ser visualizado no site da Prefeitura Municipal de Petrolina.

Artigo: Educar para transformar

(Foto: Internet)

A educação é um direito fundamental que assegura o entendimento e o cumprimento dos demais direitos em uma sociedade. Além disso, é o principal ponto de partida para a mudança no desenvolvimento e crescimento de qualquer país, estado ou município.

Em um artigo enviado ao blog Waldiney Passos, a professora Drª. Rita Cristiane Ramacciotti Gusmão Soares, diretora da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), de Petrolina e Juazeiro, trata da importância da educação no processo de transformação do país.

Confira

A sociedade brasileira contemporânea vive momentos especialmente desafiadores, enfrentando graves crises política, econômica, social e, sobretudo, ética e moral. Evidentemente, as soluções exigem respostas complexas, variadas, e corajosas o suficiente, para enfrentar e desconstruir as estruturas arcaicas e corrompidas de poder, que teimam em perpetuar-se no País, impedindo que o século XXI, de fato e de direito, alcance o Brasil.

De toda forma, para que isso aconteça, o educar é fundamental, seja no sentido estrito, formal da escola e da faculdade, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, seja no sentido amplo, através de todos os processos diários da existência humana, especialmente através da família e do trabalho. Enfim,é essencial educar para transformar.

Autora: Profª. Drª. Rita Cristiane Ramacciotti Gusmão Soares, diretora da FTC – Petrolina e Juazeiro

PCC tem estatuto com artigo que proíbe estupradores, homossexuais e pedófilos

Com 18 artigos e escrito a mão em um caderno, o estatuto da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), apreendido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Roraima, é direto: “somos integrantes de uma organização criminosa”, diz trecho. O documento da facção, que proíbe a participação de estupradores, homossexuais e pedófilos, diz ainda que o descumprimento das normas do mesmo é punível com pena de morte, denominada por eles de “xeque-mate”.

Os escritos constam de denúncia que o Ministério Público de Roraima apresentou à Justiça em novembro de 2014. Naquele ano, a Promotoria já alertava para o ‘Tribunal do Crime’ instalado pelo PCC no sistema prisional do estado, inclusive na Monte Cristo – em que, na madrugada de sexta-feira, 6, 31 prisioneiros foram massacrados.

Durante a investigação, o Ministério Público de Roraima identificou grampos que tratavam de julgamento e punição dos membros do PCC por descumprimento do estatuto. O artigo I é claro. “Todos os integrantes devem lealdade e respeito ao PCC.”

A regra seguinte aponta para a luta por ‘paz, justiça, liberdade igualdade e união, visando crescimento da nossa organização, respeitando sempre a ética do crime’. Em seu artigo VI, o estatuto do PCC apreendido na Monte Cristo afirma não admitir como integrantes ‘estrupadores (sic), homosexualismo (sic), pedofilia, caguetagem, mentiras, covardia, opressão, chantagens, estorções (sic), inveja, calúnia e outros atos que ferem a ética do crime’.

Desde que foi deflagrada, a cisão entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) as mortes de presos em Roraima aumentaram assustadoramente. Pelos cálculos oficiais, o PCC já matou mais de 44 presos na Penitenciária Agrícola de Roraima nos últimos três meses. As primeiras mortes aconteceram no dia 16 de outubro de 2016, quando 10 presos pertencentes à facção CV, foram decapitados e carbonizados.

Confira, a seguir, trechos dos artigos manuscritos pelo PCC em Roraima (na íntegra):

“Artigo 1

Todos os integrantes devem lealdade e respeito ao PCC.”

“Artigo II

Lutar sempre pela paz, justiça, liberdade, igualdade e união, visando crescimento da nossa organização, respeitando sempre a ética do crime.”

“Artigo II

Todos integrantes do comando têm direito de expressar sua opinião e tem o dever de respeitar a opinião de todos sendo que dentro da organização existe uma hierarquia e disciplina a ser seguida e respeitada aquele integrante que tentar causar divisão dentro do comando desrespeitando esses critério será excluído e decretado.”

“Artigo IV

Deixamos claro que não somos sócios de um clube e sim integrantes de uma organização criminosa que luta contra a opressão e injustiça que surge no dia a dia e tenta não afeta sendo assim o comando não admite acomodações e fraqueza diante da nossa causa.”

“Artigo VI

O comando não admite entre seus integrantes estrupadores, homosexualismo, pedofilia, caguetagem, mentiras, covardia, opressão, chantagens, estorções, inveja, calunia e outros atos que ferem a ética do crime.”

“Artigo XII

O comando não tem limites territoriais todos os integrantes que forem batizado são componentes do PCC independente da cidade, estado ou País. Todos devem seguir nossa disciplina, hierarquia e estatuto.”

“Artigo XIII

O comando não tem coligação com nenhuma facção, vivemos em armonia com facção de outros estados. Quando algum integrante de outra facção chegar em alguma cadeia nossa o mesmo será tratado cm respeito e terá o apoio necessário porém queremos o mesmo tratamento quando um integrante do comando chega preso em outro estado em cadeias de outras facções.”

“Artigo XVII

O integrante que vinher a sair da organização e fazer parte de outra facção ou cagueta alguém relacionado ao comando será decretado e aquele que vinher mexer com a nossa família terá a sua família exterminada o comando nunca mexeu com a família de ninguém e nem aceito isso, mais os traidores, caguetas não terão paz. Ninguém é obrigado a permanecer no comando mais o comando não será traído por ninguém.”

25 de Maio – Dia Estadual da Liberdade Religiosa em Pernambuco

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Em nosso país, a atual Constituição Federal, Carta Mágna de 1988, não elege nenhuma religião como sendo a oficial do Estado.O Artigo 5º, VI, CF/88 estabelece: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

O dia destinado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco – Alepe, como o Dia Estadual da Liberdade Religiosa, é uma forma de expressar o valor das religiões e deixar de forma equânime a possibilidade da manifestação das diversas tendências espirituais da liberdade religiosa.

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Artigo do leitor – RECUPERAR A CONFIANÇA DA POPULAÇÃO – EIS O DESAFIO

No artigo abaixo, o advogado Márcio Jandir faz uma reflexão do momento sócio-político o qual vivencia o país. Confira na íntegra:

Márcio jandir

Os dias de turbulência política, vividos nos últimos tempos, como já constatado em diversos países que primam pela democracia, revelam o quanto o êxito econômico é capaz de manter ou fazer ruir governos. No Brasil, ‘Mensalão’ e ‘Petrolão’ são como duas faces da mesma moeda, são o resultado de uma insana prática reiterada de corrupção, como forma de manter o poder no Estado Democrático de Direito.

Se por um lado a democracia se mostra em pleno funcionamento, com a obediência das regras estabelecidas no jogo democrático, por outro lado é pesaroso constatar que sofre crise de funcionamento por produzir governos sem capacidade.

As pessoas mudam, mas as práticas políticas não têm acompanhado essas mudanças. O pluripartidarismo, que se opõe ao duopartidarismo tão criticado pelos americanos no Norte, sofre no nosso país um esquartejamento moral, com grave crise de representatividade e consequente desvio da finalidade buscada na lei.

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Em artigo,secretário de Juazeiro(BA) lamenta fim do Ministério da Cultura

"Temos ainda que lidar com a insensatez de um governo provisório, que entre tantos abusos políticos, ainda está dilapidando a nossa CULTURA", pontua Menezes/Foto: ASCOM“Temos ainda que lidar com a insensatez de um governo provisório, que entre tantos abusos políticos, ainda está dilapidando a nossa CULTURA”, pontua Donizete Menezes/Foto: ASCOM

A Cultura Nacional à beira do abismo

Depois do atentado contra a democracia, um golpe institucional que nos paralisou emocionalmente, mas não racionalmente, temos ainda que lidar com a insensatez de um governo provisório, que entre tantos abusos políticos, ainda está dilapidando a nossa CULTURA. Sim, é mais um atentado, desta vez contra a sabedoria popular, a nossa riqueza cultural, os nossos artistas e intelectuais em todas as áreas da cultura brasileira.

O Brasil, que tem a música, a literatura, as artes visuais, as artes cênicas, e uma grande produção cinematográfica nos quatro cantos do nosso imenso país, não deve aceitar tamanha afronta de governantes sem capacidade nenhuma de gerenciamento técnico sobre a educação e cultura brasileiras. Critérios políticos para uma pasta de importância gigantesca para a nação, e ainda reduzindo o seu valor como instrumento transformador de nossos povos, raças e culturas diversas.

A classe artística nacional como reflexo de um país culturalmente ativo e criativo não aceita essa medida, de tirar do MinC status de ministério e a Cultura voltar a ser MEC, compartilhada com a Educação, diminuindo a sua importância num cenário nada animador para o seu desenvolvimento.

Juazeiro também se levanta para defender esta causa, e a Secretaria Municipal de Cultura e Juventude, se solidariza com a Cultura nacional, violada e politicamente relegada a um inóspito gerenciamento político-partidário. Estamos atentos para defender a nossa CULTURA, maior patrimônio deste país.

Donizete Silva de Menezes
Secretário de Cultura e Juventude de Juazeiro-Bahia.

Artigo: Paulo Câmara não reconhece ministério dado ao PSB

 

Marcelo DamascenoO PSB de Pernambuco desautorizou seus membros a degustarem o filé mignon suave e regado a golpe de Michel TEMER. O governador Paulo Câmara chutou o pau da barraca e entortou a pretensão governista do senador Fernando B. Coelho que emplacou o filho FERNANDO FILHO no Ministério das. MINAS E ENERGIA.

Disso, os socialistas pernambucanos seguem para novo racha dessa eleição municipal. Se o PMDB agora manda no Brasil inteiro e ainda manda em Petrolina essa extensa máquina pede reciprocidade a FBC pelo emprego conferido. A gratidão em nome do golpe abortivo.

Se há dúvida quanto ao isolamento de FBC isso agora é muito claro quando o governo de Paulo Câmara sai fora da coalização e sugere um “oposição crítica” ao governo tampão de TEMER e ostensivo apoio da família Coelho em Petrolina neste extremo Oeste de Pernambuco.

FBC também quer o outro filho e deputado estadual Miguel Coelho, como prefeito de Petrolina. Há 300 dias vem se reunindo periodicamente em nome da AGENDA 40 como subliminar dessa epopeia eleitoral. Para ter o ministério Federal em família bastaram os votos do impeachment. Para ter a prefeitura de volta em Petrolina dependerá do eleitor. E ao invés de 367 mais 55 votos do CONGRESSO será obrigado ao porta a porta em Petrolina.

O DEM e PSDB coadjuvantes de tudo que for GOVERNO estão sendo “convidados” a saírem do governo Câmara. Em Petrolina, o PSB com reconhecimento e forma registrada de Paulo Câmara atende por Lucas Ramos.

Escrevi, Marcelo Damasceno.

 

O governo que não começou

Bernardo Mello FrancoNinguém espera surpresas na sessão convocada para determinar, nesta quarta, o afastamento da presidente da República. Os senadores tratam a votação decisiva como uma mera formalidade. O impeachment será aprovado por ampla maioria, e Dilma Rousseff perderá o cargo dois anos e sete meses antes do fim do mandato.

Os governistas entrarão no plenário para cumprir tabela, como jogadores de um time que já foi rebaixado, mas precisa fazer figuração até o fim do campeonato. Pelas contas do Planalto, a presidente não deverá ter mais de 20 votos. Precisava garantir o dobro para se segurar na cadeira.

A folga não se deve à qualidade da denúncia ou aos longos debates no Senado. Dilma será afastada porque seu destino já foi selado na Câmara, quase um mês atrás, e porque a classe política formou um novo arranjo de poder que exclui o PT. Quase todos os partidos que lotearam a Esplanada nos últimos 13 anos continuarão no mesmo lugar. A oposição voltará a ser governo, e o Planalto passará às mãos do PMDB, agora sem intermediários.

De alguma forma, o segundo governo Dilma terminará sem ter começado. Desde a reeleição, em 2014, a presidente foi tragada por uma espiral de crise e impopularidade. Ela rasgou os compromissos da campanha, fracassou ao copiar a política econômica dos adversários e sucumbiu à soma dos próprios erros com as trapaças de um Congresso cada vez mais fisiológico e conservador.

A agonia teve um desfecho tragicômico nesta semana, com a tentativa de anular o impeachment pela canetada de um deputado do baixo clero. O fiasco da operação resume a inabilidade do governo. No último lance pela sobrevivência, o Planalto confiou a sorte ao folclórico Waldir Maranhão. A manobra foi ridicularizada, e o palhaço Tiririca tirou o bigode para não ser confundido com o aliado derradeiro do petismo. É um fim melancólico, que nem os rivais da presidente deveriam desejar.

Bernardo Mello Franco, jornalista, assina a coluna Brasília. Na Folha, foi correspondente em Londres e editor interino do ‘Painel’. Também trabalhou no ‘JB’ e no ‘Globo’.

Aluna e professor da Facape publicam em revista internacional artigo com mapeamento de casos de estupro em Petrolina

O trabalho, além de servir de referência para outras produções científicas de estudo da violência, pode facilitar a ação dos agentes públicos na contenção desses crimes/Foto:arquivo

O trabalho, além de servir de referência para outras produções científicas de estudo da violência, pode facilitar a ação dos agentes públicos na contenção desses crimes/Foto:arquivo

Uma pesquisa realizada por uma aluna e um professor do curso de Direito da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) fez um mapeamento dos casos de estupro na cidade. O artigo ‘O crime de estupro: um mapeamento da realidade na cidade de Petrolina/PE de janeiro de 2010 a dezembro de 2015’ foi publicado na revista científica internacional InterScience Place, classificada como Qualis B1 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O artigo – que é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Julia Tenório – tem o objetivo de informar a população sobre a realidade local, com dados mais precisos. Um dos resultados alcançados pela pesquisa mostra que a maior parte das vítimas de estupro no município são crianças e jovens. O trabalho, além de servir de referência para outras produções científicas de estudo da violência, pode facilitar a ação dos agentes públicos na contenção desses crimes.

De acordo com o professor Edson Pacheco, co-autor do artigo, esse é o primeiro caso no curso de Direito da Facape que dispensará um estudante da apresentação do TCC. “Hoje o mundo científico tem preferência por artigos, que são trabalhos menores, mais rápidos. Essa possibilidade da faculdade de aceitar artigos como trabalhos de conclusão de curso é uma grande evolução e um incentivo para o aluno que deseja seguir na iniciação científica”, explicou o professor.

Com informações da Assessoria

 

Guilherme Coelho: “Airson Lócio foi um grande defensor do semiárido”

 

Airson Lócio foi presidente da Codevasf por quase uma década e implementou a irrigação no Vale

Airson Lócio foi presidente da Codevasf por mais de uma década e implementou a irrigação no Vale

O vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, lamentou o falecimento no Recife, na última segunda (18), do ex presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Airson Bezerra Lócio, aos 80 anos. Coelho escreveu o artigo abaixo, no qual menciona sua relação e admiração por Airton Lócio.

AIRSON LÓCIO: grande defensor do semiarido

 Airson Lócio foi um profissional com origens no trabalho da Secretaria da Fazenda e chegou a ser Secretário da Agricultura de Pernambuco, no governo de Roberto Magalhães. Depois ele foi um grande parceiro como Presidente da Codevasf, das causas e dos anseios da população do semiárido. Tanto das pessoas do sequeiro como das pessoas da área irrigada.

 Ele fez uma espécie de “dobradinha”, uma parceria muito bonita com o deputado Osvaldo Coelho. Osvaldo tinha o prestígio, junto aos presidentes, aos ministros, conseguia os recursos, alocava na Codevasf, e Lócio, com sua motivada equipe, fazia com que aqueles recursos, aquelas emendas, se transformassem em obras.

 A gente não consegue contar os inúmeros abastecimentos d’água, poços, poços amazonas, barragens, estradas, eletrificação rural, todos feitos quando Airson Lócio era presidente da Codevasf. Outro grande parceiro seu, que também já se foi, era Hildo Diniz, que durante muito tempo ficou como superintendente sob a gestão de Lócio, assim como o Dr. José Novaes.

 Nesse período existia – e eu posso dizer isso com muito saudosismo – uma engrenagem que funcionava muito bem: Osvaldo Coelho, deputado, com seu prestígio; Lócio, na presidência da Codevasf, na gestão dos recursos; Hildo, atuando diretamente na realização dos projetos; e,  não podemos esquecer de falar, de Dr. Antônio Simões, assessor animado com as causas do semiárido, sempre com um pensamento à frente, e da Dra. Maria Clara, assessora sempre atenta em Brasília para não perder os prazos dos recursos das emendas. Lócio, com sua equipe, foi quem alavancou e deixou praticamente pronta as obras do Projeto Pontal que aí estão, infelizmente, paralisadas.

 Mas Lócio era polivalente e fazia de tudo. Na minha primeira campanha política para prefeito de Petrolina, em 1988, não existia o guia eleitoral de televisão como temos hoje. Só tinha rádio. Lembro que passávamos as madrugadas, depois dos comícios, gravando o guia eleitoral. Lócio é quem fazia o programa de rádio, que gravava, que perguntava, que dava as ideias.

 Essa é a imagem que guardamos de Lócio: um sentimento de saudade, do homem que era de Bodocó, do semiárido, um sertanejo. Ele tinha esse orgulho de dizer que era daqui. Um homem de posição firme, muito bem casado com Luci, que teve os filhos Fernando, Flávio, Kátia, Ricardo, Rodolfo – inclusive papai [Osvaldo] foi padrinho de Ricardo.

 E eu não queria deixar de falar isso em meu nome, eu nome da minha mãe, Anamaria, de todas as minhas irmãs: Patrícia, Carol, Aninha, Josinha, Ana Amélia, porque nós éramos muito próximos: ele frequentava nossa casa, e a gente frequentava a dele.

 Assim registro a saudade deixada por um grande técnico, grande homem, que foi Airson Locio, cuja história se mistura com o semiárido do Brasil.

 Guilherme Coelho, amigo e admirador de Airson Lócio”

Como serão julgados pela história do impeachment nossos representantes?

Marcelo DamascenoNão comentamos aqui a satisfação ou apologia partidária. Seria desabonar o jornalismo e desqualificar o legítimo arbítrio da ideologia, a posição em bancada governista ou da oposição ao inquilino governante.

A bancada federal que o petrolinense escolheu, confiou seu interesse, deve sim, ser avaliada, ser apoiada ou questionada. O parlamento só tem legitimidade pela sua legislatura plural, do embate e da convivência dos contrários. Um parlamento unânime é nocivo ao interesse público. O parlamento bom deve trazer a discórdia. A ideia de oposição. Quanto mais controvérsia, melhor. Os nossos legisladores nativos sabem disso. Devem aceitar isso. A população deve também absorver as motivações e certas opções de cada posicionamento por cada deputado, a saber, Gonzaga Patriota e Fernando Filho, ambos do PSB e favoráveis ao impeachment. Bem como o voto governista do deputado Adalberto Cavalcanti (PTB). Ainda quais argumentos do senador Fernando B. Coelho (PSB) que modifica seu voto ou não, do impedimento a Dilma Roussef manter-se presidenta, dessa premissa que tem contornos e incógnitas ao que é informado à imprensa. Das entrevistas e do implícito a essa decisão de FBC.

Do flagrante despreparo e demagogia, oportunismo e ignorância ao teor jurídico e constitucional. isso foi avaliado nessa sessão de domingo, 17 na Câmara Federal. A superficialidade de grande parte dos deputados contrários e favoráveis ao impedimento. Prevaleceu a grosseria involuntária e desfaçatez de alguns. Também notório desconforto e covarde divindade de outros. Prevaleceu também democrática a escolha da Câmara pela admissibilidade do afastamento de Dilma Rousseff. Há de ser respeitado isso. Bem como a escolha da sociedade. Juízo maior fará o senhor tempo.

Porém, invejável a tática maliciosa e cínica do núcleo diretor sob a inspiração com enxofre do diabólico Eduardo Cunha.

De Petrolina, a avaliação pelo contexto eleitoral e torcidas organizadas. Agora é o senador, a prosseguir o rito do IMPEACHMENT. E no caso de Petrolina, o voto de FBC. A militância, mais pela conveniente acomodação e favores no varejo e menos pelas convicções de vida, incluindo a doutrina social e política.

Se os congressistas, com justas exceções, foram tão cômicos e insensatos ao tema votado, é compreensível o ignaro eleitor, excetuando a população que defende ideário político mesmo.

Escrevi, Marcelo Damasceno.

O governo Dilma ainda não está morto

Ricardo Noblat1

O primeiro governo da presidente Dilma foi um desastre, e mesmo assim ela se reelegeu. O segundo, mal começou e começou mal. De alguns meses para cá, só existe formalmente, paralisado pelas crises que assolam o país, a investigação da Lava-Jato e o processo de impeachment.

Nem por isso deve ser considerado morto. Até uma cobra, depois de morta, inspira medo, quanto mais um governo que ainda se mexe. O Titanic bateu no iceberg, adernou, a orquestra parou de tocar, a maioria dos passageiros foge em botes salva-vidas, mas ele ainda não foi a pique.

O comandante imagina que pode evitar a tragédia anunciada. E, nesse caso, é bom lhe dar ouvidos. Dilma só tem uma forma de reparar o estrago que ameaça o navio, apostando que em seguida conseguirá leva-lo até o primeiro porto à vista: comprar apoios políticos no varejo.

Ela está certa. E, desde ontem, parece disposta a pagar qualquer preço pelos 172 votos necessários de um total possível de 513 para sepultar o impeachment na Câmara dos Deputados. A gula dos políticos é grande, sempre foi e sempre será. E Dilma acha que tem como saciá-la.

A Fundação Nacional de Saúde, por exemplo, é um órgão do Ministério da Saúde que tem muito dinheiro a ser gasto ou desviado. Seu presidente, indicado pelo vice Michel Temer, foi demitido há poucos dias. O cargo, ontem, foi oferecido ao Partido Trabalhista Nacional (PTN).

Só ouviu falar do PTN, além do seu minúsculo eleitorado, quem lembra da eleição do presidente Jânio Quadros no remoto ano de em 1960. Sim, Jânio, aquele político genial descabelado e demagogo, que vivia de porre e que renunciou a governar o país depois de seis meses de empossado.

Na eleição de 2014, o PTN elegeu apenas quatro deputados federais e 14 estaduais. Pois seus quatro votos na Câmara estão valendo ouro para Dilma. O governo espalha que já conta no momento com cerca de 190 votos contra o impeachment. Chute. Certos mesmo são 100 a 110.

Por isso decidiu correr atrás de quem lhe garanta mais um, mais um, mais um. Na verdade, o dono do voto não precisará, sequer, comparecer à sessão de votação do impeachment. Ou poderá comparecer e abster-se de votar. Caberá à oposição arregimentar 342 votos para derrubar Dilma.

Sem 342 votos, Dilma permanecerá na presidência à espera que a Justiça Eleitoral julgue quatro ações que pedem a impugnação da sua e da eleição de Temer. Não há data para isso. O mais provável é que a Justiça só decida no início de 2017. O país se arrastará até lá.

Há dois partidos nos quais o governo confia sua sorte: o PP e o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto, em prisão domiciliar. Os dois, juntos, têm 90 deputados. Ao PP está sendo oferecido o Ministério da Saúde, ao PR, o Ministério das Minas e Energia, ambos ainda em mãos do PMDB.

Se o governo obtivesse em troca a certeza de que os dois votariam fechados contra o impeachment, ficaria a um passo da salvação. Aos 90 votos do PP e do PR, se somariam os 58 do PT, e pelo menos mais alguns colhidos no PC do B, PDT, PSB, e demais partidecos.

Não será fácil, mas impossível não é. Há muitos fatores que conspiram contra uma eventual vitória do governo – as ruas, a rejeição a Dilma, a Lava-Jato, a situação das grandes empreiteiras e dos seus donos, e a expectativa de poder que Temer representa.

Fora o juiz Moro, ninguém sabe que novas revelações poderão complicar ainda mais a vida de Dilma. O que Dilma tem para dar a políticos que a detestam, Temer tem em dobro. Não fosse a Lava-Jato, as empreiteiras nem teriam deixado o impeachment chegar ao ponto em que chegou.

O impeachment deverá ser votado na Câmara entre os próximos dias 14 e 21. Daqui até lá, haverá traições à farta – à Dilma e a Temer. É improvável que seja apertada a vitória de um ou de outro. No dia marcado, a maioria dos deputados votará com quem tenha mais chances de vencer.

Ricardo Noblat

Especial dia da mulher: Anna Karoline Santana de Medeiros

Dr. Anna Karoline Santana de Medeiros

O ser mulher é o exercício pleno de proteger e defender não só o que é justo, o que é razoável e o que é prudente!

O Ser mulher é advogar em defesa de valores, ensinados diretamente por Deus!

O Ser mulher é lutar de forma incansável e destemida, não importando os obstáculos e quão grande sejam os desafios.

O Ser mulher é superar as desconfianças de uma sociedade machista, apresentando resultados muitas vezes superiores ao que nos é exigido, e ainda assim ter que brigar para ser reconhecida como igual entre profissionais do sexo masculino.

O Ser mulher é carregar com sigo muitas vezes o desafio de ser excelente em tudo que faz; no terceiro, quarto, e muitas vezes quinto turno.

O Ser mulher é não perder a ternura, mesmo quando a vida lhe exige uma postura firme.

O Ser mulher é abdicar de prazeres pessoais ao simples olhar de dor ou frustração de um filho.

O Ser mulher é ser mãe mesmo não dando a luz, pois esse extinto nasce com a gente; tornando marido, irmãos e clientes verdadeiros filhos.

Poderia passar horas e horas qualificando o que é ser mulher e ainda assim sobrariam adjetivos e predicados para outras tantas descrições, que me permitem afirmar que não existe uma identificação maior no ser mulher, do que com a profissão que abracei e milito com muito orgulho e amor; pois cada mulher carrega dentro de si os mesmos valores éticos e morais de uma advogada.

Peço a máxima vênia para ser redundante.

Feliz dia internacional da mulher para “todas as advogadas mulheres e para todas mulheres advogadas! ”

Por:  Anna Karoline Santana de Medeiros – Advogada

Artigo: Fernando Henrique atribui crise a exaustão do atual arranjo político brasileiro

Cartas na mesa

É preciso abrir o jogo: não se trata só de Dilma ou do PT, mas da exaustão do atual arranjo político brasileiro. E mais: o que idealizamos na Constituição de 1988, cujo valor é indiscutível, era construir uma democracia plena e um país decente, com acesso generalizado à Educação pública, Saúde gratuita e Previdência Social. Mais ainda, acesso à terra para os que nela precisassem trabalhar, bem como assistência social aos que dela necessitassem. A execução desse programa encontra dificuldades crescentes porque a estrutura estatal é burocratizada e corporativista. E também porque a sociedade não quer e não pode pagar cada vez mais tributos quando os gastos não param de se expandir.

Era inevitável que nos encontrássemos nessa situação? Não. Contudo, para evitar a crise do sistema de partidos e da relação Executivo/Legislativo, teriam sido necessários, no mínimo, os contrapesos da “lei de barreira” e da proibição de alianças partidárias nas eleições proporcionais, restrição aos gastos de campanha e regras mais severas para seu financiamento.

Mas não é só. A má condução da política econômica tornou impossível ao governo petista seguir oferecendo os benefícios sociais propostos, senão pagando o preço da falência do Tesouro. Não me refiro às bolsas, que vêm do governo Itamar, foram ampliadas em meu governo e consolidadas nos governos petistas: elas são grãos de areia quando comparadas com as “bolsas empresários” oferecidas pelos bancos públicos com recursos do Tesouro. Sem mencionar o grau inédito de corrupção, azeite que amaciou as relações entre governos, partidos e empresas e que deu no que deu: desmoralização e desesperança. Oxalá continue a dar cadeia também.

Diante disso, como manter a ilusão de que as instituições estão funcionando? Algumas corporações do Estado, sim, se robusteceram: partes do Ministério Público e da Polícia Federal, segmentos do Judiciário, as Forças Armadas e partes significativas da burocracia pública, como no Itamaraty, na Receita e em algum ministério, ou no Banco Central. Entretanto, no conjunto, o Estado entrou em paralisia, não só o Executivo, como também a burocracia e o Congresso. Este pelas causas acima aludidas, cuja consequência mais visível é a fragmentação dos partidos e a quase impossibilidade de se constituir maiorias para enfrentar as dificuldades que estão levando ao desmonte do sistema político.

Nada disso ocorreu de repente. Repito o que disse em outras oportunidades: na viagem que a presidente Dilma fez em 2013 para prestar homenagens fúnebres a Mandela, acompanhada por todos os ex-presidentes, eu mesmo lhes disse: o sistema político acabou; nossos partidos não podem ou não querem mudar; busquemos os mínimos denominadores comuns para sair do impasse, pois somos todos responsáveis por ele. Apenas o presidente Sarney se mostrou sensível às minhas palavras.

Agora é tarde. Estamos em situação que se aproxima à da Quarta República Francesa, cujo fim coincidiu com os desajustes das guerras coloniais, tentativas de golpe e, finalmente, a solução gaullista. Aqui as Forças Armadas, como é certo, são garantes da ordem e não atores políticos. É hora, portanto, de líderes, de pessoas desassombradas, dizerem a verdade: não sairemos da encalacrada sem um esforço coletivo e uma mudança nas regras do jogo. A questão não é só econômica. Sobre as medidas econômicas, à parte os aloprados de sempre, vai-se formando uma convergência, basta ler nos jornais o que dizem os economistas.

Mesmo temas sensíveis, nos quais ousei tocar quando exercia a Presidência e que caro me custaram em matéria de popularidade, voltam à baila: no âmbito trabalhista, como disse o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Gandra Martins, citando como exemplo o Programa de Proteção ao Emprego, comecemos por aceitar que o acordado entre os sindicatos prevaleça sobre o legislado, desde que respeitadas as garantias fundamentais asseguradas aos trabalhadores pela CLT. Enfrentemos o déficit previdenciário, definindo uma idade mínima para a aposentadoria que se efetive progressivamente, digamos, em dez anos. Aspiremos, com audácia, que um novo governo, formado dentro das regras constitucionais, leve o Congresso a aprovar algumas medidas básicas que limitem o endividamento federal, compatibilizemos gasto público com o crescimento do PIB e das receitas, e melhorem o sistema tributário, em especial em relação ao ICMS.

Dentre as medidas fundamentais a serem aprovadas, a principal é, obviamente, a reformulação da legislação partidário-eleitoral. O nó é político: eleições com a legislação atual resultarão na repetição do mesmo despautério no Legislativo. Há que mudar logo a lei dos partidos, restringindo a expansão de seu número, e alterando as regras de financiamento eleitoral para evitar a corrupção. Por boas que tenham sido as intenções da proibição de contribuição de empresas aos partidos, teria sido melhor limitar a contribuição de cada conglomerado econômico a, digamos, X milhões de reais, obrigando as empresas a doarem apenas ao partido que escolherem, e por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, que controlaria os gastos das campanhas. A proibição pura e simples pode levar, como ocorreu em outros países, a que o dinheiro ilícito, de caixa dois ou do crime organizado, destrua de vez o sistema representativo.

Ideias não faltam. Mas é preciso mudar a cultura, o que é lento, e reformar já as instituições. É tempo para que se verifique a viabilidade, como proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil e por vários parlamentares, de instituir um regime semiparlamentarista, com uma Presidência forte e equilibradora, mas não gerencial. Só nas crises se fazem grandes mudanças. Estamos em uma. Mãos à obra.

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