Taxa de desemprego fica em 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, aponta IBGE

Desemprego

Desemprego atinge 10,2% no trimestre até fevereiro de 2016, pior resultado desde 2012

A taxa de desemprego no país atingiu 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro, em média, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o maior nível registrado pela pesquisa, que começou a ser feita em 2012, e a primeira vez que a taxa ultrapassa os dois dígitos.

O resultado ficou acima do registrado no trimestre encerrado em novembro de 2015 (9%) e superou, também, a do mesmo trimestre do ano anterior (7,4%). Nos três meses até janeiro, a taxa havia atingido 9,5%.

O número de desempregados no Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 10 milhões, em fevereiro, em meio ao cenário de forte recessão e renda em baixa. No total, o instituto registrou 10,4 milhões de pessoas, em média, o que representou alta de 13,8%, ou 1,3 milhão de pessoas, em relação ao período de setembro a novembro de 2015.

No confronto com igual trimestre de 2015, o resultado subiu 40,1%, ou 3 milhões de pessoas.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal. Ela usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. Na de fevereiro, são usadas informações de dezembro, janeiro e fevereiro.

Vendas no varejo caem 3,4 comparadas ao mesmo período de 2015

O camelódromo espalha-se por 11 ruas do centro do Rio de Janeiro

Pesquisa realizada pela MasterCard, SpendingPulse indicam que a crise econômica pela qual atravessa o Brasil tem causado déficit em vários setores com perspectiva de aumento dado ao desemprego desenfreado que não para de crescer, a queda no comércio varejista tem sido de 3,4 comparado a março de 2015.

Diante desta situação um  diretores da MasterCard  chama atenção:” o ambiente atual continuará e terá um forte impacto sobre o setor varejista nos próximos meses”.

Contudo, estão excluídos deste rol o comércio de automóveis, materiais de construção, supermercado, artigos farmacêuticos, de uso pessoal e domésticos.

Ainda de acordo com a pesquisa, o primeiro trimestre deste ano registrou uma retração de 5,3 em relação ao mesmo período de 2015, sendo considerado um declínio menos intenso do que o registrado entre outubro e dezembro do ano passado, quando ocorreu um recuo de 8,9 diante do último trimestre de 2014.

Durante o mês de março os setores que apresentaram pior desemprego foram eletrodomésticos, móveis, vestuários e combustíveis, no nordeste neste mesmo período  ante a 2015 a queda foi de 7%.

Desemprego cresce de modo assustador no Brasil

carteira de trabalho

No Brasil o número de desempregados já tem quase a mesma população de Portugal, aproximadamente 10 milhões de habitantes. Por hora, 282 brasileiros passam a fazer parte desse contingente.

A estimativa é de que, até o fim do ano, serão 12 milhões de histórias como essas no País. Vai ser cada vez mais difícil não conhecer alguém que esteja desempregado. E, para quem já está sem emprego, a dificuldade será encontrar portas onde bater. Segundo economistas essa situação não sé uma crise conjuntural, com uma queda temporária. O problema é estrutural.

A nova onda de retração no mercado de trabalho ficou evidente a partir do segundo semestre do ano passado, quando os setores de comércio e serviços – grandes empregadores de mão de obra – começaram a demitir com mais força. A piora se somou aos desligamentos na construção civil e na indústria, em crise há mais tempo.

Em 2015, o comércio fechou 208 mil postos de trabalho, depois de mais de dez anos de criação de vagas. Para este ano, estamos esperando o corte de 220 mil postos, já que o ajuste começou mais tarde no setor e muitos seguraram as demissões por causa dos custos.

Com informações NE10

 

Desemprego em alta, mais de 9,623 milhões de pessoas estão fora do mercado

carteira de trabalho

A taxa de desemprego de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016 é a mais alta da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O País registrou no mês um número recorde de desempregados medido pela mesma pesquisa: 9,623 milhões de pessoas.

A estimativa de pessoas desocupadas subiu 42,3% no confronto com igual trimestre (novembro, dezembro e janeiro) do ano passado. O resultado equivale a mais 2,860 milhões de pessoas na fila do desemprego.

A população ocupada no País se reduziu em 1,1% no trimestre até janeiro na comparação com o mesmo período de 2015, somando 91 650 milhões de pessoas. Na prática 1 milhão de pessoas a menos passaram a estar nessa estatística.

O emprego formal também recuou no período, quando 1,3 milhão de pessoas no País deixaram de ter carteira de trabalho assinada. A retração foi de 3,6% na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (encerrado em outubro do ano passado), o indicador se manteve estável.

A categoria de empregados no setor privado sem carteira assinada teve redução de 5,9% ante o mesmo trimestre do ano passado.

Com informações do DP

Desemprego: Brasil perde quase 100 mil postos de trabalho formal em janeiro

desemprego 2016

O Brasil fechou 99.694 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro de 2016. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (26) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, o número representa queda de 0,25 % no total de trabalhadores formais, em comparação com o resultado do mês anterior. O resultado de agora é o pior para meses de janeiro desde 2009.

O setor que mais fechou vagas foi o comércio, com retração de 69.750 posto de trabalho, seguido pelo setor de serviços (17.159) e pela indústria de transformação (16.533).

No acumulado dos últimos 12 meses, o recuo foi 1,59 milhão de postos de trabalho. Em dezembro de 2015, o acumulado dos 12 meses anteriores registrava queda de 1,542 milhão.

O mês de janeiro deste ano também teve resultado pior que janeiro de 2015, quando foram fechados 81.774 postos de trabalho.

Taxa de desemprego atinge 9% em novembro

carteira de trabalho

A taxa de desemprego no país atingiu 9% no trimestre encerrado em novembro de 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual supera os registrados nos trimestres encerrados em agosto de 2015 (8,7%) e em novembro de 2014 (6,5%).

A população desocupada chegou a 9,1 milhões de pessoas em novembro de 2015, 3,7% a mais do que em agosto e 41,5% a mais do que em novembro do ano anterior. Já a população ocupada (92,2 milhões) ficou estável ante agosto e caiu 0,6% em relação a novembro de 2014.

Os empregos com carteira assinada (35,4 milhões) se mantiveram estáveis ante agosto e recuaram 3,1% em relação a novembro do ano anterior.

Desemprego fecha dezembro em 6,9% e atinge maior taxa para o mês desde 2007

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Carteira de trabalhoArquivo/Agência Brasil

A taxa de desocupação no país fechou o mês de dezembro em 6,9%, a maior já registrada para um mês de dezembro desde 2007, quando o desemprego atingiu 7,4% da população economicamente ativa. A informação foi divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que está sendo divulgada pela última vez pelo IBGE, pois o indicador será substituído pela Pnad Contínua, que é mais abrangente e já vem sendo divulgada pelo instituto.

Com a variação de dezembro, a taxa média de desocupação de janeiro a dezembro foi estimada em 6,8% em 2015 e em 4,8% em 2014. Segundo o IBGE, a elevação de 2 pontos percentuais entre um ano e outro foi a maior de toda a série anual da pesquisa, e também interrompeu a trajetória de queda do desemprego que ocorria desde 2010.

O IBGE ressalta, porém, que no confronto com o início da série em 2003, quando a taxa foi 12,3%, houve queda de 5,5 pontos percentuais.

Com informações da Agência Brasil.

 

 

Desemprego em 2016 será pior do que no ano passado, dizem economistas

74c11c42e9df7cade74ce7ab4ab6c622Em 2015, os brasileiros enfrentaram o fechamento de postos de trabalho em decorrência das dificuldades econômicas no país. Em 2016, o cenário pode se repetir, segundo avaliação de especialistas.

Para o vice-diretor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renaut Michel, a taxa de desemprego no Brasil deverá continuar crescendo em 2016, por causa da queda no nível da atividade econômica. “Não há nenhum tipo de expectativa positiva”, disse o especialista em mercado de trabalho.

Para Renaut Michel, embora a construção civil, um dos setores que mais empregam no país, tenha sentido mais os impactos da crise, outros setores da indústria poderão ser afetados este ano. “A indústria já vem mal há um bom tempo. Enfrenta um problema sério de perda de competitividade, de queda de investimentos. Minha expectativa é que continue um ano muito ruim para a indústria, mas em alguma medida vai afetar também o comércio e o serviço, porque o ambiente de incertezas está levando as famílias a consumirem menos. Em consequência disso, os empresários investem menos e bancos também não emprestam”.

O único setor que deve continuar apresentando bom desempenho é o agronegócio. “Mas não vai conseguir ser suficiente para minimizar o impacto muito ruim da trajetória do emprego nos próximos meses”, acrescentou.

Já o professor João Luiz Maurity Sabóia, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que em outubro do ano passado, a taxa de desemprego era 7,9%, conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa era praticamente a mesma registrada em 2008, que foi 7,5%, no auge da crise econômica internacional.

“Foram dez anos de melhoras sucessivas no mercado de trabalho, e boa parte disso, infelizmente, em um ano de recessão foi revertida”, disse o professor, em referência ao salário e ao número de postos de trabalho gerados no período.

Para Sabóia, os problemas enfrentados em 2015 causaram efeito pior no mercado de trabalho, em comparação aos impactos da crise internacional. “Aquilo [2008] foi um momento de desaceleração, mas não chegou a ser de piora do mercado de trabalho. E você sustentou esse movimento, praticamente, até o ano passado”.

DESEMPREGO

Os metalúrgicos foram umas das categorias afetadas pelo desemprego no ano de 2015. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e São Gonçalo, Edson Rocha, 7,5 mil metalúrgicos foram demitidos nos dois municípios. Desses, 3,3 mil ainda não receberam indenização. A maioria dos demitidos da construção naval está “fazendo bicos”, enquanto não arruma um novo emprego, relatou Rocha.

Odair Francisco da Silva é um dos que perderam o emprego. Ele trabalhava no Estaleiro Eisa-Petro Um, antigo Estaleiro Mauá, em Niterói. Casado e pai de quatro filhas, Odair recorreu à ajuda de parentes. “Estou me virando e, infelizmente, incomodando os outros”, disse. A mulher do operário, que não trabalhava fora, hoje faz faxina. Os pais de Odair, ambos aposentados e ganhando um salário mínimo cada, o “socorrem, na medida do possível”.

O soldador Luís Silva Coelho foi dispensado do emprego e procura vaga na mesma área. “Trabalho está difícil. Tem que correr atrás. Tenho filho para dar conta”, disse.

Brasil fecha 2015 com aumento no desemprego

carteira de trabalho

Tomando por base a média dos três primeiros trimestres deste ano, a taxa de desemprego prévia do Brasil em 2015 seria de 8,4%, superando as taxas médias registradas no mesmo período de 2014 (6,9%), 2013 (7,4%) e 2012 (7,5%).

“Porque tem mais pessoas procurando trabalho”, ressaltou, em entrevista à Agência Brasil, o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estatístico Cimar Azeredo.

Os dados consideram os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Isso significa, segundo ele, que em termos da taxa de desocupação, o Brasil fecha o ano com mais pessoas procurando emprego do que havia no ano passado.

Assim, a taxa se mostra mais alta. “Então, você tem mais pessoas na fila de desocupação do que em anos anteriores. A desocupação está crescendo em função de mudanças que ocorrem na estrutura do mercado de trabalho”.

Azeredo destacou que, no último trimestre de 2015, houve uma queda expressiva no número de pessoas trabalhando com carteira assinada. Foram 1,273 milhão de pessoas a menos em relação a 2014. Essas pessoas, que estavam sob uma rede de proteção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro-desemprego, usaram esses recursos e acabaram aumentando o contingente da população trabalhando por conta própria ou como pequenos empregadores, que montaram o próprio negócio.

“Houve uma queda do emprego, mas a queda da população ocupada não existiu”, assegurou. Essa mudança no mercado de trabalho traz uma perda de estabilidade dentro do domicílio e força filhos que estão no ensino médio ou superior e mesmo pessoas mais idosas a procurar emprego para tentar manter o nível de vida que foi perdido.

Esse processo fez a taxa de desocupação aumentar, indicou Azeredo. “Não houve redução do número de ocupados. Houve redução do número de empregados (formais), que começaram a trabalhar por conta própria. A mudança na estrutura desse mercado leva a uma quebra na estabilidade no domicílio e essa perda de estabilidade faz aumentar a fila da desocupação”, reiterou.

A análise do momento atual mostra que a população ocupada está estável, mas a fila de desocupação cresceu por conta da mudança na estrutura do mercado. Cimar Azeredo salientou, inclusive, que a força de trabalho no Brasil aumentou em 2015. O país tinha no terceiro trimestre 2 milhões a mais de pessoas na força de trabalho, que envolve a população ocupada mais a população desocupada, que está pressionando o mercado para entrar.

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