Último dia da 2ª Expo Preta RioMar conta com painéis e apresentações artísticas

O terceiro e último dia da 2ª Expo Preta RioMar, neste domingo (19), vai contar com painéis sobre saúde mental, comunicação antirracista e religiões e matrizes africanas. A programação prevê ainda desfile de moda e apresentações artísticas.

Promovida em parceria com o Instituto JCPM de Compromisso Social, a mostra de afroempreendedorismo e cultura negra teve início na última sexta-feira, no piso L3 do RioMar Recife, com uma programação diversificada, que reúne atrações culturais, painéis de conteúdo, desfile de moda e comercialização de produtos e serviços.

A mostra ocupa uma área de 150 m², que abriga araras e vitrines com peças de vestuário, acessórios, maquiagem, objetos de decoração, quadros e fotografias, além de cabines de serviços que oferecem penteados afro, barbearia, entre outros. Somados os expositores com os participantes da programação cultural, mais de 50 pessoas afroempreendedoras participam da 2ª. Expo Preta RioMar.

Neste domingo, o evento estará aberto ao público das 12h às 21h. O acesso a toda a programação, incluindo as atrações culturais, é gratuito.

Programação:

12h – Painel “Saúde Mental e Saúde Integrativa”, com Maria Beatriz e Andreza dos Anjos
12h30 às 14h – Apresentação da DJ VIBRA
13h30 – Desfile Moda Mangue
14h – Apresentação “Toda Música tem história pra contar”, com Kemla Baptista
15h – Painel “Comunicação antirracista”, com Sharon Baptista e Lenne Ferreira. Mediação de Thiago Augustto.
16h – Painel ”Religiões de matrizes africanas”, com Neto de Osa e Janielly Azevedo. Mediação de Jamesson Vieira.
17h – Apresentação das Sereias Teimosas
17h30 – Pocket do Espetáculo “Território de Passos e Sonhos” do Balé Deveras
18h – Pocket Show de Gabi do Carmo
20h – Apresentação de Afromaica

JC Online

Programa oferece doutorado para mulheres negras, indígenas e ciganas

“A história do Brasil foi escrita por mãos brancas. Tanto o negro, quanto índio não têm sua história escrita, ainda. Isso é um problema muito sério porque a gente frequenta universidade, frequenta escola e não temos uma visão correta do passado do negro”, essa fala, da historiadora negra Beatriz Nascimento, deu início, nesta quinta-feira (20), ao lançamento do Atlânticas: Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência.

O programa, liderado pelo Ministério da Igualdade Racial, vai oferecer bolsas de estudo de doutorado sanduíche (feito parte no Brasil e parte no exterior) e pós-doutorado no exterior para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas “regularmente matriculadas em curso de doutorado reconhecido pela Capes”. Serão ofertadas 45 bolsas a um custo de R$ 8 milhões.

“Não podemos falar de ciência sem pensar em como a diversidade é condição para produção de ciência de qualidade na graduação e pós-graduação”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Para ela, “a diversidade proporciona excelência e inovação. Pessoas com diferentes identidades e experiências podem trazer novas questões de pesquisa, desenvolver outras abordagens metodológicas e analíticas para a solução de problemas. Logo, ela é fundamental para o aprimoramento da ciência”.

A secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, acrescentou que o programa Atlânticas foi criado para “aumentar a inserção e permanência de mulheres cientistas cujas características raciais e éticas contribuem para a sua visibilidade intelectual e falta de oportunidades”.

Segundo dados apresentados pela pasta, apenas 4,9% das bolsas de doutorado sanduíche são de mulheres negras, enquanto as mulheres brancas têm 30,9% das bolsas custeadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq).

Não há nenhuma indígena com bolsa do CNPq para doutorados sanduíches. Já em relação aos pós-doutorados no exterior, as mulheres negras são 12,6% das bolsistas e as mulheres brancas 37,7%. Também não há mulheres indígenas com bolsa do CNPq em pós-doutorado no estrangeiro.

“Esperamos que o Atlânticas incentive cada vez mais mulheres a buscarem a carreira científica, especialmente aquelas que foram historicamente excluídas desses espaços”, disse Ana Venturine, diretora de Ações Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial.

Beatriz Nascimento
Historiadora negra brasileira homenageada pelo projeto do governo federal, Beatriz Nascimento é considerada uma das principais intelectuais do país, com contribuições no estudo da identidade negra como instrumento de autoafirmação racial, intelectual e existencial. A Agência Brasil fez um perfil de Beatriz, que morreu vítima de feminicídio, em 1995, com apenas 52 anos de idade.

Caminhos Amefricanos
O Ministério da Igualdade Racial anunciou o lançamento, no dia 31 de julho, do Caminhos Amefricanos – Programa de Intercâmbio Sul-Sul. A iniciativa visa estimular o intercâmbio de curta duração no exterior em países africanos, latino-americanos e caribenhos.

Ainda na área de educação, a pasta informou que vai assinar um protocolo de intenções com a Universidade de Brasília (UnB) para oferecer bolsas de mestrado para sete estudantes no Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais da UnB.

Agência Brasil

Outra vez: Projeto de Lei que estabelece o Estatuto Municipal da Igualdade Racial em Petrolina deve ser votado nesta terça-feira (25)

Retirado de pauta em duas outras oportunidades, o Projeto de Lei nº 152/2020, que institui o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa no âmbito do Município de Petrolina, está de volta a pauta da sessão desta terça-feira (25) na Câmara Municipal e Petrolina.

De autoria do vereador Gilmar Santos (PT), o PL tem como objetivo promover políticas públicas de combate à discriminação racial e à intolerância religiosa

Construído de forma coletiva, a partir de debates e encontros entre representantes da sociedade civil, movimentos sociais, instituições e organizações ligadas à luta antirracista na região, o PL visa garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, além da defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos.

“Defender a regulamentação do Estatuto da Igualdade Racial em Petrolina é dizer à população negra do município que o nosso mandato e tantos movimentos e pessoas que construíram esse PL conosco não aceitam as desigualdades e violências que tanta afetam o povo preto e periférico da nossa cidade. É dizer sim e exigir políticas públicas que garantam igualdade de oportunidades e protejam a dignidade do nosso povo. Esperamos que a Câmara Municipal assuma esse compromisso e vote pela aprovação do projeto”, pontuou Gilmar Santos, propositor do projeto.

Dados do IBGE revelam que a desigualdade salarial entre homens e mulheres pode chegar a quase R$ 1 mil no país

As mulheres gastam 10,5 h a mais que os homens em trabalhos domésticos. Por conta disso, a jornada total feminina por semana fica mais alta que a masculina, geralmente. (Foto: Ilustração)

Neste sábado (26), é comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, entretanto dados divulgados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que mulheres trabalham mais, com nível de escolaridade maior, mas a média salarial é menor que a dos homens.

Segundo os dados divulgados pelo o G1, as mulheres brasileiras enfrentam desigualdades em casa e, principalmente, no trabalho. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2015, a mais recente e completa, o rendimento médio dos brasileiros era de R$ 1.808, mas a média masculina era mais alta (R$ 2.012), e a feminina, mais baixa (R$ 1.522).

Apesar de a diferença nacional entre os sexos já ser alta (R$ 490), a situação fica ainda mais desigual a depender da região ou estado do país. A maior diferença é encontrada no Distrito Federal. Os homens ganham, em média, R$ 3.965, contra R$ 2.968 das mulheres – uma diferença de R$ 997.

Já o estado com os valores mais próximos é Roraima: R$ 1.684 para os homens e R$ 1.646 para as mulheres, uma diferença de R$ 38. Em nenhum estado, porém, o rendimento médio feminino é mais alto que o masculino.

“Norte e Nordeste têm salários menores e, com isso, a desigualdade é pequena, mas continua sendo desigualdade. Em regiões com salários mais altos e em centros urbanos, que têm maior concentração de empresa, a disparidade aumenta”, diz a pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cristiane Soares.

Tarefas de casa

De fato, os homens trabalham mais no trabalho principal que as mulheres – uma média de quase seis horas a mais por semana. Mas, na contrapartida, as mulheres gastam 10,5 horas a mais que os homens em trabalhos domésticos (lavando pratos, arrumando a casa, cuidando dos filhos, entre outros afazeres). Por conta disso, a jornada total feminina por semana fica mais alta que a masculina, geralmente.

II Fórum de Promoção à Igualdade Racial é realizado com sucesso de público e propostas

Antes de iniciar o Fórum, teve apresentação da Orquestra Muzart e desfile dos trajes típicos das religiões de matrizes africanas. (Foto: ASCOM)

Nesta quinta-feira (15), no Departamento de Ciências Humanas da UNEB, Campus de Juazeiro, aconteceu o II Fórum de Promoção à Igualdade Racial, realizado pela Prefeitura Municipal de Juazeiro (BA), através da Gerência de Diversidade da Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social, em parceria com o Conselho Municipal de Igualdade Racial.

A palestra de abertura do Fórum foi ministrada pela Professora da UNEB, Ceres Santos, com o tema Feminismos Negros. E durante todo o dia aconteceram grupos de discussões sobre as políticas públicas para a comunidade negra, que se propõe implantar na cidade de Juazeiro.

“A ideia agora é institucionalizar essas propostas e partir para a elaboração e implementação de políticas públicas”, disse o então Presidente do COMPIR, Professor Cláudio Roberto Santos.

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Portadores de deficiência protagonizam desfile de moda em Juazeiro

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Para encerrar a programação da Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, as Secretarias de Saúde, de Desenvolvimento e Igualdade Social, comerciários de Juazeiro, APAE, Conselho Municipal e TM produções realizaram na manhã desta sexta-feira (23), o primeiro desfile de moda inclusiva em Juazeiro, o evento ocorreu no Calçadão central, na Rua Conselheiro Saraiva.

Desfilaram na passarela cerca de 20 modelos, entre cadeirantes, deficientes visuais, auditivos, portadores de Síndrome de Down e pacientes do Cerpris usando órteses. Entre eles, o modelo inclusivo Jose Wilson, que é cadeirante falou sobre o evento. “Muito bom participar desse momento, ficamos felizes com a iniciativa da prefeitura de Juazeiro. Essa ação é importante para nossa autoestima e mostrar a sociedade nossa inclusão. Gostei muito de desfilar”, disse.

O objetivo da Semana Municipal da Pessoa com Deficiência é conscientizar a população sobre a luta das pessoas com deficiência em busca da acessibilidade e inclusão social em atividades socioculturais, educacionais e de saúde que ocorrem no município.

A Articuladora dos selos UNICEF e ABRINQ e Diretora de Humanização, Cínthia Catherine, destacou a importância do desfile. “Nosso objetivo é construir um olhar positivo na sociedade voltado para esse público, com mais respeito à deficiência, além de melhorar a autoestima deles. Articulamos junto a outras secretarias para promover um evento levando melhoria de qualidade de vida e cidadania das pessoas com deficiência em Juazeiro”,  concluiu Cinthia.