Salvador: mulher que chamou ambulante de “macaco” seguirá presa após audiência de custódia

A turista de Teresina (PI), que foi detida no Carnaval de Salvador (BA) após chamar um vendedor ambulante de “macaco” seguirá presa. A decisão veio após a audiência de custódia, realizada na quarta-feira de Cinzas (22).

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Turista que acompanhava carnaval em Salvador é presa após chamar ambulante de “macaco”

A mulher participava de um bloco na terça-feira (21), quando teria feito a ofensa racista. A prisão foi realizada pela Polícia Civil da Bahia pouco após a fala preconceituosa da turista. Em janeiro deste ano o crime de injúria racial foi equiparado ao de racismo, sendo portanto, inafiançável e sem prescrição.

Turista que acompanhava carnaval em Salvador é presa após chamar ambulante de “macaco”

(Foto: Ilustração)

Uma mulher, de idade não revelada, foi presa em flagrante na terça-feira (21), no Carnaval de Salvador (BA). A turista estava em um bloco no Circuito Dodô, quando teria chamado um vendedor ambulante de “macaco”. Ela é de Teresina (PI).

O auto de prisão em flagrante foi lavrado no Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (SERVVIR). A mulher foi ouvida e ficará à disposição da justiça.

Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial (ofensa por raça, cor, etnia, religião ou origem) foi equiparado ao de racismo e passou a ser imprescritível e inafiançável, com pena de reclusão e multa.

Enfermeiro é vítima de injúria racial durante vacinação contra Covid-19 no Recife

Um enfermeiro que trabalhava na aplicação da vacina contra a Covid-19 no Recife (PE) foi alvo de injúria racial. O caso foi registrado no último domingo (26), mas ganhou repercussão na terça-feira (28). A vítima trabalhava no Shopping Recife, em Boa Viagem, quando foi chamada de “negro safado” por uma mulher.

A agressão verbal foi flagrada por pessoas que estavam no shopping e aconteceu após o servidor público se recusar a aplicar a quarta dose da Covid para a filha da mulher, que é adolescente. A dose de reforço não está autorizada ao público infanto-juvenil, sendo liberada apenas a adultos com 40 anos ou mais, conforme orientação do Ministério da Saúde.

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Homem é detido em Salgueiro após chamar cobrador do Zona Azul de “macaco”

(Foto: Ilustração)

Um homem foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Salgueiro (PE), na terça-feira (8), após um episódio de injúria racial contra um cobrador da Zona Azul da cidade.

De acordo com o 8º BPM, o fato foi registrado na Avenida Antônio Angelim, Centro de Salgueiro e presenciado por vários moradores. A própria vítima acionou os PMs que faziam rondas pelo local.

O funcionário relatou ter sido chamado de “macaco”. Vídeos nas redes sociais flagraram o momento da agressão racial. Na delegacia, o homem assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desacato, racismo e agressão.

Homem é preso em Exu acusado de agredir a filha e a ex-esposa

(Imagem ilustrativa)

Um homem de 36 anos foi preso nesta sexta-feira (30) por policiais militares da cidade de Exu, no Sertão do Araripe pernambucano, sob acusação de agredir a filha e a ex-esposa. O fato teria ocorrido por volta das 16h40 no Sítio Rosário, zona rural do município.

A polícia foi acionada pela a ex-companheira do acusado que, segunda ela, ao ir a casa do ex-marido buscar uma caixa d´água que lhe pertence, foi ameaçada com uma faca peixeira e agredida com empurrões. Ao tentar defender a mãe, a filha do casal, de 16 anos de idade, também teria sofrido agressões e teve seu celular lançado ao chão, causando danos na tela do aparelho.

A filha ainda acusa o pai de injúria racial, por ser chamada de “negra da moléstia”. Os policiais militares conseguiram deter o acusado, porém, a faca utilizada para fazer as ameaças foi jogada em um matagal e não foi encontrada. A ocorrência foi encaminhada à delegacia de Policia Civil, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante Delito.

Mulher é presa por injúria racial em Bodocó

(Foto: Ilustração)

Na tarde desta quinta-feira (24) uma mulher de 54 anos foi presa pela Patrulha Rural da Polícia Militar do município de Bodocó, Sertão do Araripe, por praticar injúria racial.

Segundo o policiais, uma moça de 25 anos, acionou a viatura porque teria sido xingada, sem motivo algum, pela suspeita de negra preta, negra safada, sem vergonha, etc. A acusada foi levada para a Delegacia da Polícia Civl, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante Delito.

O crime de injúria racial consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.

A injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece, no caso de condenação, a pena de prisão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem cometê-la.

Jornalista rebate acusação de injúria racial contra Princesa do Carnaval de Juazeiro e se diz vítima de homofobia

Glauber Dantas, jornalista. (Foto: Arquivo pessoal)

Em entrevista ao Programa Super Manhã, com Waldiney Passos, na Rádio Jornal Petrolina, a atriz e bailarina Thaise Haila, de 19 anos, acusou o jornalista Glauber Dantas de ter praticado o crime de injúria racial contra ela. O fato teria acontecido em um bar de Juazeiro (BA), na noite deste domingo (21).

Segundo Haila, o jornalista a teria chamado  de “suja, feia, ridícula e negrinha”, durante uma conversa entre os dois. A bailarina afirma também, que Glauber teria cuspido em seu rosto e ameaçado dar um tapa na mesma. As desavenças começaram depois que Thaise Haila, participou do concurso para escolha de Rainha e Rei Momo do Carnaval de Juazeiro, realizado no último dia 19.

O jornalista, foi um dos seis jurados que avaliaram as candidatas. Na disputa, Haila ficou com a terceira colocação entre as nove candidatas, ocupando assim, o posto de Segunda Princesa da folia Momesca da cidade que começa próxima sexta-feira, dia 26.

Thaise Haila. (Foto: Blog Waldiney Passos)

Segundo ela, Glauber teria manipulado o corpo de jurados para que a mesma não fosse eleita a Rainha do Carnaval. A insatisfação da candidata e amigos ganhou visibilidade nas redes sociais e culminou com o episódio deste domingo.

Através de nota, o jornalista Glauber Dantas, diz que foi a Princesa quem o interpelou no bar onde estavam, e de maneira agressiva e exaltada, usou termos chulos e homofóbico na tentativa de lhe desqualificar por causa da sua orientação sexual. Glauber afirma ser vítima de uma grande injustiça.

Veja nota na íntegra: 

“É impossível juntar todas as penas espalhadas pelo vento”, esta é a conclusão de um conto que sugere uma reflexão sobre os estragos que uma calúnia faz na vida de alguém.

Jornalista formado há 10 anos, jamais tive meu nome envolvido em qualquer escândalo ou polêmica. Sou por índole e formação, uma pessoa pacífica e discreta nos gestos e nas palavras.

Na manhã de hoje (22) fui surpreendido com uma avalanche de acusações falsas proferidas pela vencedora do terceiro lugar no concurso de rainha do carnaval de Juazeiro, do qual participei como jurado.

Minha acusadora, uma competente atriz, juntamente com o também ator e diretor de teatro Devilles Sena, utilizaram a imprensa e as redes sociais, me acusando de racismo e espalhando inverdades de um fato que aconteceu ontem em um restaurante em que eu estava com amigos.

Insatisfeita com o resultado do concurso, Thaíse Haila, me abordou no referido restaurante, de forma agressiva e bastante exaltada, utilizando-se de termos chulos e da minha orientação sexual, como tentativa de me desqualificar. Apesar do constrangimento público que sofri, tentei manter o equilíbrio diante das palavras ofensivas proferidas pela atriz e apenas reagi, dizendo a ela que era digno aceitar uma derrota e que a atitude de revolta da mesma, revelava um espirito imaturo e desequilibrado.

A atriz chegou ao ponto de fazer uma acusação grave contra mim, quando afirmou que eu teria recebido “propina” da gestão municipal para manipular o resultado do concurso, em favor da candidata eleita a rainha do carnaval.

Registro que Deviles Sena já havia se manifestado, de forma raivosa, contra o resultado do concurso em vídeos publicados nas redes sociais. O conhecido ator, estava comandando a torcida de Thaíse Haila, atriz do seu grupo de teatro.

Em tempo, ressalto que como apresentador de dois programas que abordam o carnaval de Juazeiro, tive a oportunidade de entrevistar a atriz, como candidata ao título e sempre fui respeitoso e atencioso com ela, assim como com as demais.

Também durante o evento “Feijoada do Dadau”, para o qual presto assessoria, dispensei total atenção a candidata que integrava a corte real da folia momesca, acompanhando-a no camarim dos artistas para sessão de fotos e também no palco, onde a mesma desfilou.

Tenho minha consciência tranquila de que em NENHUM momento proferi qualquer termo que caracterize injúria racial, porque sou um combatente de qualquer forma de preconceito e discriminação.

Ao que parece, a atriz, levianamente e de forma injusta, está querendo ganhar notoriedade na mídia, se valendo de acusações falsas e me colocando como “bode expiatório” da sua frustração de não conseguir o título de rainha do carnaval por duas vezes consecutivas.

Informo que já estou adotando as providências legais, na tentativa de fazer valer a lei que trata de crimes contra a honra das pessoas, previstos judicialmente pelo Direito Brasileiro, no Código Penal (CP).

A acusadora não apresenta nenhuma prova da acusação feita contra mim, diga-se de passagem. Não cometi nenhum crime e disso sou convicto. Não sou racista, afirmo categoricamente e provo com atitudes.

A atriz, no entanto, foi notadamente homofóbica, quando proferiu termos preconceituosos contra mim e isso eu posso provar através de testemunhas. Que crime ela teria cometido?

Agradeço as manifestações de apoio que tenho recebido daqueles que conhecem meus princípios e também da minha família, que vem sendo atingida com esta atitude irresponsável de macular a minha imagem e fazer um linchamento moral pelas redes sociais.

Concluo, parafraseando o livro de Salmos 50.19 e 20 “Vocês estão sempre prontos para dizer coisas más e não pensam duas vezes antes de pregar mentiras. Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles”.

Glauber Dantas, jornalista

Princesa do Carnaval de Juazeiro acusa jornalista de cometer crime de injúria racial contra ela

Thaise Haila, segunda princesa do Carnaval de Juazeiro 2018. (Foto: Blog Waldiney Passos)

“Ele me chamou de suja, feia, ridícula e negrinha”. Palavras da atriz e bailarina Thaise Haila, 19 anos, uma das Princesas do Carnaval de Juazeiro (BA).

Em entrevista ao Programa Super Manhã, com Waldiney Passos, na Rádio Jornal Petrolina, Thaise Haila, disse que se sentiu agredida e ameaçada pelo jornalista Glauber Dantas, depois de uma festa neste domingo (21), em Juazeiro (BA).

Thaise Haila, disputou o título de Rainha do Carnaval de Juazeiro (BA), com outras oito candidatas, no último dia 19, no Juá Garden Shopping. Thaise não conseguiu se eleger Rainha da festa, mas ficou entre as três primeiras colocadas, ocupando assim, um dos postos de Princesa do Carnaval.

O resultado frustrou a expectativa da candidata e de parte do público presente e a insatisfação foi parar nas redes sociais. O ator e diretor de teatro Dewilles Sena, por exemplo, que acompanhou Thaise durante sua entrevista à Rádio Jornal, postou um vídeo criticando a escolha da Rainha.

Para Dewilles, a vencedora não atendia aos requisitos estabelecidos no edital. Segundo ele, o vídeo teve mais de 40 mil acessos na internet e vários compartilhamentos, o que causou muitos comentários na cidade.

O jornalista Glauber Dantas, teria feito parte do júri que escolheu a Rainha e o Rei Momo do Carnaval de Juazeiro e segundo Haila, teria manipulado outros membros que estavam avaliando as candidatas para não escolherem ela como Rainha.

Incomodado com os comentários, o jornalista teria chamado a atenção da Princesa na noite deste domingo (21), em um bar da cidade. Durante a conversa, os dois trocaram acusações e Glauber Dantas teria chamado a bailarina de suja, feia, ridícula e negrinha. Ainda segundo Haila, o mesmo também teria ameaçado dar um murro no rosto dela.

Os amigos de ambas as partes teriam tentando acalmá-los e tiraram cada um para um lado diferente do ambiente. Thaise disse também que o jornalista estava alcoolizado, o que segundo ela, não justifica as agressões.

“Quando eu cheguei em casa desabei no choro, porque eu não aceito que ele me trate assim. Você tratar uma pessoa e julgar pela sua cor? Não tem nada a ver. Nós somos todos iguais. Ele vai ter que responder pelo o que ele fez”, concluiu a Princesa.

Nossa redação conversou com o jornalista Glauber Dantas por telefone e ele disse que em breve vai se pronunciar sobre o assunto.

A Corte Real do Carnaval de Juazeiro ficou formada da seguinte maneira:

– Rei Momo: Josalan Gomes, 27 anos

– Rainha: Paula Barros, 20 anos

– Primeira Princesa: Jéssica Xavier, 19 anos

– Segunda Princesa: Thaise Haila, 19 anos