Implantação da “Linha de Cuidado do Paciente Cirúrgico” na UPAE garante índice de infecção em cirurgias 20 vezes menor que o parâmetro nacional

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Equipe desenvolveu mecanismos para dar mais segurança aos pacientes antes, durante e pós cirurgias/Foto: ASCOM

A Linha de Cuidado do Paciente Cirúrgico foi implantada em dezembro de 2014 na Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE), e como resultado conseguiu alcançar um índice de infecção em cirurgias 20 vezes menor que o parâmetro nacional. O modelo foi apresentado e reconhecido recentemente no Recife, durante o I Seminário de Experiências Exitosas do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), que aconteceu neste mês de abril.

A iniciativa partiu do Núcleo de Segurança do Paciente com o objetivo de identificar e minimizar erros, através da ampliação das práticas seguras. A Linha de Cuidado é baseada na normatização dos fluxos e nos setores envolvidos. “Entendemos que era preciso organizar de forma lógica a distribuição dos serviços ofertados, criando um fluxo capaz de conduzir o paciente cirúrgico dentro da UPAE de forma eficaz e eficiente. Assim, definimos as equipes e responsabilidades sobre cada cuidado, e as estratégias de articulação entre os setores, considerando o paciente como foco principal”, explica a idealizadora do projeto e Coordenadora de Enfermagem, Grazziela Franklin.

Com este objetivo, dois instrumentos foram criados: o Protocolo Operacional Padrão do Bloco Cirúrgico e Clínica Cirúrgica por especialidade médica e o Checklist de Cirurgia Segura. “Procuramos criar mecanismos que garantissem a segurança do paciente antes, durante e depois das cirurgias. Através desses instrumentos conseguimos delegar funções bem definidas e responsabilidades. Dessa forma, o erro, se acontecer, é facilmente identificado”, complementa Grazziela.

Quantitativamente, o resultado da Linha de Cuidado é avaliado pelo número de infecções, que foi de 0.13% no 3º trimestre de 2015 e 0% no 4º trimestre do mesmo ano. Portanto, muito abaixo da média do Benchmarking de Estudos Internacionais que considera entre 2 a 5% um bom índice.

Com informações da Assessoria