Preconceito contra pessoas trans começa em casa, diz servidora do STJ

Victoria Moreno tem 41 anos e seria apenas mais uma funcionária do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se não fosse por um fato: ela é a primeira servidora transexual da corte. Mas para chegar até esse ponto, teve que passar, como muitas outras pessoas trans, por vários obstáculos, entre eles o preconceito.

E esse preconceito não vinha apenas das ruas. Dentro da própria casa, não podia contar com o apoio de sua família. Em depoimento ao podcast Viva Maria, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Victoria contou como isso dificultou sua vida. A entrevista ocorreu na semana em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+.

“A população LGBT, quando criança ainda, é a única população que não pode contar com a sua família. Todas as outras minorias podem. Por exemplo, uma criança negra que sofre racismo na escola, pode chegar para o pai e a mãe e contar a dor que ela sentiu por ter sofrido essa violência. Mas a gente não pode porque tem medo da reação dos nossos pais”, conta ela.
Por conta disso, apenas no fim da adolescência, decidiu que faria uma transição de gênero. A demora foi provocada, entre outras coisas, pela incerteza e pelo medo.

“Eu não gostava da brincadeira dos meninos, eu não queria estar perto dos meninos, eu não me sentia como os meninos, eu não me interessava pelo que os meninos se interessavam. E isso me fez uma criança muito isolada e sozinha. Em todos os lugares aonde eu ia, eu não me sentia representada. Eu me sentia inadequada. E eu precisava esconder essa inadequação porque a gente acaba percebendo, pela brincadeira dos nossos pais, pelo humor ofensivo e transfóbico [dos programas de TV], que a gente está errado e precisa, de alguma forma, se esconder. Então só consegui definir mesmo, com 16 anos, 17 anos, que eu tive coragem para poder assumir para mim e para minha família”.

Segundo ela, as pessoas LGBTs precisam enfrentar, entre outras dificuldades, expulsões de casa. “A população LGBT costuma sentir preconceito dentro de casa, fora de casa. Mas o primeiro lugar é dentro de casa, porque é o primeiro lugar de socialização. Eu passei por isso, eu via fotos de pessoas diversas, até de primas minhas, sendo publicizadas em cima de estantes, em paredes, em cima de mesas, mas as minhas não eram colocadas. Ou, quando eram colocadas, eram fotos de quando eu ainda me apresentava como menino”, afirma. “A gente vive uma dor, dor da discriminação, da repulsa, da violência física, do escárnio, da desmoralização diariamente”.

Oportunidade e representatividade

A demora em se assumir como uma mulher trans também foi fruto dos receios que tinha pelo futuro. Para Victoria, não havia outro caminho para transexuais além da prostituição.

“Eu não via [pessoas trans] atendendo a pessoas na padaria, tampouco na farmácia e nem no supermercado. Isso, para colocar serviços básicos. Eu acreditava que o único destino possível de uma pessoa trans ou travesti era a prostituição. E aí eu não queria viver aquela vida. Não queria estar naquele lugar de vulnerabilidade, na chuva, no frio, à noite, exposta a alguém passar e fazer uma maldade comigo.”

Ela conta que chegou a largar os estudos por um período, durante a adolescência, por não aguentar mais as constantes violências e abusos:

“Eu fui para o segundo grau [atual ensino médio] e não consegui me manter no colégio por conta das exclusões. Para falar de Superior Tribunal de Justiça, é importante lembrar esses momento. Eu fiquei muito tempo perdida, não sabia pra onde ir. Eu não queria ir para a prostituição, então o que me restava? Nada.”
Victoria, então, passou por um período frequentando boates LGBT, onde se sentia acolhida até que, por incentivo da família, voltou a estudar, superando “a vergonha, a culpa e o medo” que sentia. Victoria aplicou-se nos estudos, buscando uma alternativa para a vida que não queria para si.

Inicialmente conseguiu uma bolsa de estudos – pelo Programa Universidade para Todos, o Prouni –, em um curso superior de estética, tentou ser cabeleireira e buscou emprego em uma escola de artes visuais. Mas, insatisfeita, buscou um novo início no direito. Victoria destaca o papel fundamental do apoio familiar.

“Passei três anos estudando, sem sair de casa, de segunda a segunda, por oito a dez horas por dia. Eu venci por que eu sempre estou em busca de mais coisa e também porque eu tive apoio. Se fosse só por mim mesma isso não seria possível.”

E mesmo com a trajetória de sucesso, Victoria conta que não está totalmente satisfeita: “eu não quero parar por aqui. Quero me tornar juíza ou promotora de Justiça”.

Victoria é hoje um exemplo que ela não conseguia encontrar em sua adolescência: uma pessoa bem-sucedida que mostra que existem possibilidades para as mulheres trans.

“A representação entra para suprir algumas lacunas, para dar possibilidades na mente das pessoas que já são trans e das que virão. Agora que a gente saiu da marginalidade, da madrugada, da noite e colocou a cara no Sol e descobriu como isso é bom, a gente não vai parar, não”.

Agência Brasil

“O que as igrejas querem é permanecer com seu papel de relevância social”, afirma vereador Diogo Hoffmann

Diogo Hoffmann (PSC) não gostou dos comentários negativos tecidos contra os pastores evangélicos, pela manifestação realizada na segunda-feira (22). Naquela ocasião, conforme o Blog mostrou, os líderes religiosos se uniram aos comerciantes contrários ao lockdown imposto pelo Governo de Pernambuco.

LEIA TAMBÉM

Ato encabeçado por pastores promove oração coletiva no Centro de Petrolina

Membro da chamada Bancada Evangélica na Câmara de Vereadores de Petrolina, Hoffmann classificou de preconceituosos os comentários da população. “Tenho visto vozes preconceituosas dizendo que é porque eles estão pensando no dízimo. Hoje, 99,9% das igrejas evangélicas têm arrecadação à distância. O que as igrejas querem é permanecer com seu papel de relevância social“, afirmou o vereador.

LEIA MAIS

Mulher é presa por injúria racial em Bodocó

(Foto: Ilustração)

Na tarde desta quinta-feira (24) uma mulher de 54 anos foi presa pela Patrulha Rural da Polícia Militar do município de Bodocó, Sertão do Araripe, por praticar injúria racial.

Segundo o policiais, uma moça de 25 anos, acionou a viatura porque teria sido xingada, sem motivo algum, pela suspeita de negra preta, negra safada, sem vergonha, etc. A acusada foi levada para a Delegacia da Polícia Civl, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante Delito.

O crime de injúria racial consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.

A injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece, no caso de condenação, a pena de prisão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem cometê-la.

“É preciso falar mais sobre a hanseníase”, garante dermatologista da UPAE/IMIP de Petrolina

(Foto: Internet)

O mês de janeiro também é conhecido em todo o Brasil pela campanha do “Janeiro Roxo”, que faz um alerta sobre a hanseníase – doença que afeta nervos e pele. De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país com mais casos da doença, atrás apenas da Índia, devido à sua maior população.

Por ano, são registrados perto de 30 mil casos nos vários estados brasileiros. E, apesar desse número estar decaindo, a falta de tratamento dos casos existentes aumentou o número de pessoas com incapacidade física.

“Isso devido à pouca familiaridade dos profissionais de saúde com a doença e às falhas da vigilância epidemiológica no Brasil”, acredita a sanitarista, hanseniologista e dermatologista da UPAE/IMIP de Petrolina, Tânia Moreno. “Por isso, nós devemos aumentar o debate sobre a hanseníase e levar mais informação à população sobre a doença, que ainda é cercada de preconceitos, mas tem tratamento e mais de 90% de chance de cura”, afirma.

A doença

De forma simples, pode-se definir a hanseníase como uma doença infecciosa causada por uma bactéria que lesiona os nervos periféricos e diminui a sensibilidade da pele. É a doença mais antiga da humanidade e que ainda ameaça, principalmente a população mais pobre, que não tem acesso aos serviços adequados de saúde e educação, por exemplo. Traiçoeira, ela chega sem alardear e instala-se no corpo com lentidão, podendo deixar fortes sequelas físicas e emocionais. O perigo tem nome bíblico: lepra. Ou Mal de Hansen ou hanseníase, como é definida no país desde 1976.

Preconceito

“O preconceito vem desde a antiguidade quando era considerada uma praga. Os doentes eram isolados, as roupas queimadas e eles rotulados de ‘imundos’. Por isso, acreditamos que ainda hoje algumas pessoas tenham medo do diagnóstico e retardem o tratamento. Para se ter uma ideia, o Brasil é um dos poucos países no mundo a chamar a doença pelo nome de hanseníase e não lepra”, esclarece a especialista.  

LEIA MAIS

Cármen Lúcia diz que machismo e preconceito sustentam violência contra mulher

(Foto: Arquivo)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, voltou a falar do machismo e do preconceito de gênero como um dos pilares que sustentam a violência contra a mulher.

“Eu sei que o preconceito é difícil de passar, ainda é grande, e eu falo de cátedra. Eu não preciso do testemunho de ninguém para saber que há preconceito contra a mulher. Tem contra mim. Claro que a manifestação contra mim, enquanto juíza do STF, é diferente de uma mulher que não tem um trabalho, uma independência financeira, independência psicológica ou que não tem condições de uma formação intelectual, mas ele [preconceito] existe contra mim e é exercido, ainda que não dito. Também não preciso de ninguém para me lecionar isso”, disse a ministra que também é presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (18) durante a abertura da XI Jornada Maria da Penha, no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Durante a fala de abertura, a ministra Cármen Lúcia explicou a importância da Justiça não somente como órgão punitivo, mas também para promover a paz e quebrar o ciclo de inimizades e de violência. Além disso, a juíza defendeu a implantação da Justiça Restaurativa na Lei Maria da Penha.

OAB-PE vai apurar preconceito de vereadora contra nordestinos

Presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte

Em uma nota divulgada no início da noite desta quarta-feira (24), a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) anunciou que irá oficiar a Câmara de Vereadores da cidade de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, pedindo uma cópia da ata da sessão da última segunda-feira (22), na qual a vereadora Eleonora Broilo (PMDB) fez comentários preconceituosos contra nordestinos. Com a ata em mãos, a OAB-PE pretende adotar outras providências a respeito do caso.

Em sessão pública na Câmara, a vereadora gaúcha teria dito que nordestinos “sabem se unir para roubar”. “Em relação a nordestino saber fazer política, não sei se concordo muito. Acho que eles sabem muito bem se unir, sim, para roubar, para ganhar propina, para aumentar a corrupção”, teria declarado, sobre o atual momento político do Brasil

DEFESA

Em nota, publicada numa rede social, Eleonora garantiu que a “fala está descontextualizada do que realmente era objeto de discussão pelo Plenário. Na ocasião, em momento anterior à minha manifestação, um colega da bancada da situação teceu críticas aos políticos gaúchos. Nesse sentido, manifestei-me, referindo-me exclusivamente aos políticos nordestinos – e não ao povo nordestino -, ocasião em que efetivamente fiz considerações desabonatórias ao seu modo – dos políticos nordestinos, reitera-se – de fazer política”, escreveu.

Com informações do ne10.

Pernambuco deve ganhar delegacia contra racismo e preconceito religioso

(Foto: Internet)

Pernambuco deve ganhar ainda este ano uma delegacia especializada para investigar crimes de racismo e ligados à preconceito religioso. A informação foi repassada pelo deputado Isaltino Nascimento, durante audiência pública realizada pelo Ministério Público de Pernambuco, nesta terça, no auditório do Centro Cultural Rossini Couto, na Boa Vista.

A Polícia Civil de Pernambuco, no entanto, ainda não se pronunciou a respeito da instalação da nova delegacia. O deputado explicou que já foi solicitada elaboração de Resolução Normativa visando orientar as delegacias civis para o não recebimento de denúncias eivadas de racismo direcionadas contra o livre exercício de culto dos povos de terreiro. Lideranças do candomblé, umbanda e jurema acompanharam a audiência, que teve o intuito de discutir o racismo religioso denunciado por diversas representações de matriz africana.

Um das pautas centrais, foi o caso da condenação, ainda em fase de apelação, do sacerdote Pai Edson de Omolu. As lideranças presentes ratificaram em suas falas a preocupação com o fato do Ministério Público de Olinda aceitar denúncias de perturbação do sossego, movidas por um único vizinho do terreiro de Pai Edson, a Tenda de Umbanda e Caridade Caboclo Flecheiro, situada em Águas Compridas, Olinda, e solicitar em alegações finais a condenação do sacerdote por utilizar atabaques em suas cerimônias.

LEIA MAIS

Polícia Civil pede prisão de blogueira por ofensas a bebê com Síndrome de Down

(Foto: Reprodução)

O delegado Paulo Rameh pediu a prisão preventiva da blogueira Júlia Salgueiro e irá encaminhar o inquérito ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na tarde desta segunda-feira (3). A blogueira, segundo o inquérito, foi enquadrada no crime de Discriminação de Pessoas em Razão de sua Deficiência.

Apesar de a defesa da acusada ter alegado que ela sofre de depressão e faz uso de medicação controlada, o responsável pelas investigações alegou que a justificativa não tem efeito sob as investigações policiais.
“O quadro depressivo não elimina nem justifica a conduta dela. Cabe à Justiça definir se a doença merece a diminuição ou a não aplicação da pena”, explica Rameh. A blogueira, segundo o inquérito, foi enquadrada no crime de Discriminação de Pessoas em Razão de sua Deficiência e, por ter utilizado a internet para cometer o delito, pode ter a pena ampliada para até cinco anos de prisão, além de precisar pagar uma multa de valor a ser definido pela Justiça, caso haja condenação.

“Esse é um caso em que o clamor público solicita uma punição a essa pessoa e é nesse sentido, somando isso à gravidade do fato, que eu peço a prisão preventiva”, frisa. Ainda de acordo com Rameh, a blogueira afirmou ter apagado os comentários para evitar danos futuros. “Ela também disse que os comentários não eram direcionados especificamente à criança, mas às outras pessoas que estavam acompanhando a publicação”, conta.

Fonte: G1

Pernambuco: blogueira é processada após comentários negativos contra criança com Down

(Foto: Facebook)

Uma publicação em rede social em homenagem a uma criança com Síndrome de Down se transformou em Boletim de Ocorrência por injúria nesta sexta-feira (24) . O caso aconteceu no Recife e a acusada é a jornalista, modelo e blogueira de Moda Julia Salgueiro, que assina o blog ModaModaModa.

Na terça-feira (21), data em que é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, a jornalista Juliana Preto postou no Facebook uma foto com o sobrinho, uma criança de 11 meses, portador de Síndrome de Down. O post foi publicado em modo público como forma de homenagear e dar visibilidade às pessoas que têm essa síndrome.

Entre os comentários, o da blogueira Julia Salgueiro chamou a atenção por fazer uma infeliz comparação. “É que nem filhote de cachorro. Lindos quando são pequenos (…)”, escreveu ela, entre outras palavras de teor negativo.

A blogueira ainda fez comentários negativos sobre pessoas adultas com Síndrome de Down que têm relações sexuais. “É nojento” e “Vai sair um monte de filhote de toin toin”, escreveu a blogueira na publicação de Julia. Após a recepção negativa de seus comentários, em sua rede social, Julia escreveu uma publicação sobre ser hostilizada por “pensar diferente”. “Voltei a aprimorar minha fama de ‘má’ (…), ‘monstra’ entre outras coisas que denominam os seres pensantes que raciocinam diferente da boiada”.

LEIA MAIS

Associações LGBT se reúnem com representantes da prefeitura de Juazeiro

(Foto: ASCOM)

Representantes da Associação Sertão LGBT Vale do São Francisco, da União Nacional LGBT (UNA), da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDIS) e da Secretaria de Saúde de Juazeiro se reuniram nesta segunda-feira (23) para discutirem a programação do Dia Nacional da Visibilidade Trans, que acontece no próximo dia 29 de Janeiro.

Para o presidente da Associação Sertão LGBT, Eduardo Rocha, é necessário discutir o tema. “Precisamos falar sobre o assunto, muitas pessoas ainda sofrem diariamente por conta de sua orientação sexual, o preconceito ainda é forte. Queremos parcerias, espaço”, destacou.

A diretora da Diversidade, Luana Rodrigues, ressaltou o trabalho de inclusão que vem sendo feito pelo município nesses últimos anos. “Todos são incluídos, desde os programas sociais, como Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família a programas de estágio”, afirmou.

LEIA MAIS

“Calem a boca que nós já pagamos o Bolsa Família de vocês” diz atriz a nordestinos que acompanhavam assembleia na Câmara

“Calem a boca que nós já pagamos o Bolsa Família de vocês”. A frase desrespeitosa direcionada a nordestinos foi dita pela atriz da Globo Alexia Dechamps durante uma audiência pública sobre a proibição da vaquejada no Brasil.

Atriz era convidada em assembleia./ Foto: internet

Atriz era convidada em assembleia./ Foto: internet

A declaração causou revolta na bancada nordestina na Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Vaqueiros convidados para acompanhar a sessão também ficaram indignados.

“A convidada se virou para os vaqueiros que ali estavam e disse para que eles calassem a boca porque ela pagava o Bolsa Família do nordestino. Esse ato de preconceito não é apenas contra os vaqueiros, mas contra nós da bancada do Nordeste”, reclamou no plenário o deputado Domingos Neto (PSD-CE), que pediu à Procuradoria da Câmara que tome providências contra a atriz.

LEIA MAIS

Preconceito: bispo de São Raimundo Nonato deixa Lojas Maçônicas de fora da programação do padroeiro

Dom Eduardo Zielski deixou de fora os membros da loja Maçônica da programação./ Foto: internet

Dom Eduardo Zielski deixou de fora os membros da loja Maçônica da programação./ Foto: internet

O bispo de São Raimundo Nonato, Dom Eduardo Zielski, foi acusado de preconceito. Segundo publicação do Facebook, o religioso não teria permitido que as quatro lojas Maçônicas do município fizessem parte dos festejos do padroeiro, que dá nome a cidade, como nos anos anteriores.

reprodução

Imagem: reprodução

Segundo informações, há muitos anos os maçons participam de maneira ativa nos festejos. O desabafo ainda explica que há maçons em vários grupos da igreja, como o terço dos homens e que os outros presbíteros que antecederam Dom Eduardo mantinham relação amistosa com os membros maçônicos.

O Novenário em Honra ao Padroeiro São Raimundo Nonato, que têm início nesta segunda-feira (22), na Paróquia Catedral, a partir das 19h15, com o início da Novena e Solene Celebração Eucarística.

A equipe do blog Waldiney Passos ligou várias vezes para a casa do reverendo, entretanto, não fomos atendidos.

Confira o conteúdo da publicação 

“O bispo de São Raimundo Nonato, no Piauí, Dom Eduardo Zielsk, não deixou colocar na programação dos festejos do padroeiro da cidade a Loja Maçônica, que por muitos e muitos anos participava dos festejos com fé e amor ao santo, e contribuía com o que fosse preciso. Sr Bispo, todos são católicos praticantes. Tem maçom no ECC, no terço dos homens, a maçonaria só tem homens de bem. Dom Cândido levou toda sua vida na frente da Diocese, nunca mexeu coma  maçonaria e era amigo dos maçons. Dom Pedro foi ordenado bispo aqui em São Raimundo e teve total apoio da maçonaria e era amigo dos maçons e agora fica o senhor querendo dividir a fé do nosso povo. Eu tenho no meu conhecimento que um episcopado era para juntar fiéis, mas o senhor é o contrário, está espatifando, apesar que são um povo de fé. Me desculpe e obrigado.”

Sobre a Maçonaria: 

Maçonaria é uma sociedade discreta, onde suas ações são reservadas e interessa apenas àqueles que dela participam. A maçonaria é uma sociedade universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade,fraternidade e aperfeiçoamento intelectual.

A maçonaria admite que todo homem é livre e possui bons costumes, não fazem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e de buscar sempre a perfeição.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou lojas, todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si.  Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 milhões nos Estados Unidos, 1,2 milhões no Reino Unido e 1,0 no resto do mundo. No Brasil existem aproximadamente 150 mil maçons e 4.700 lojas.

 

“As pessoas do Norte e Nordeste não têm conhecimento”, disse Susana Vieira sobre Lava-Jato

(Foto: Internet)

As declarações da atriz global repercutiram nas redes sociais. (Foto: Internet)

A atriz Susana Vieira, de 74 anos, participou de um ato em Curitiba, junto com uma comitiva de artistas, em defesa do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. Em entrevista, ela afirmou que as pessoas residentes no Norte e Nordeste do Brasil desconhecem o curso das investigações da operação.

“Eu acho que as pessoas do Norte e Nordeste não têm conhecimento do que está sendo feito aqui [em Curitiba]. Tem que espalhar isso [Lava Jato] para o Brasil”, disse a atriz. Por outro lado, Susana fez elogios à capital do Paraná. “Uma das capitais mais adiantadas do Brasil em civilidade, educação, limpeza, educação das crianças”.

LEIA MAIS

Preta Gil é vítima de racismo em rede social

preta gil

A cantora Preta Gil foi vítima de ataques racistas, que teriam sido feitos por um grupo intitulado #MM. A artista – que usou o SnapChat na madrugada desta terça-feira, 26, para denunciar o caso – afirmou que ficou chocada com a situação.

O ataque teria ocorrido no perfil de Preta Gil, que é filha do cantor baiano Gilberto Gil, em uma rede social. “Meu Facebook foi atacado por um grupo intitulado #MM. Estou em estado de choque. Chocante! Racismo é crime. Será que eles não sabem ainda? O mais triste é que a maioria são crianças! Já com tanto ódio no coração!”, postou ela

Justiça analisa pedido de reabertura de inscrições para concurso da Polícia Militar

polícia 2

A retirada do item polêmico aconteceu após solicitação do MPPE, na semana passada

A poucos dias para a etapa das provas escritas, o concurso da Polícia Militar de Pernambuco pode ser adiado. Após a Secretaria de Defesa Social (SDS) revê o edital da seleção, que antes excluía pessoas transexuais, um grupo entrou com ação na Justiça para que as inscrições do concurso sejam reabertas. Duas ações já sob análise desde a última sexta-feira (20).

De acordo com o Ministério Público, o edital anterior retirava o direito de transexuais serem admitidos, pois previa a eliminação de quem apresenta as patologias constantes no CID-10 – Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, adotado pela Organização Mundial de Saúde. No CID-10, o “transexualismo” é tratado como transtorno de identidade sexual.

LEIA MAIS
12