Rede de Marina estuda nova ação de impugnação de Dilma e Temer no TSE

marina silva

Estadão Conteúdo – A Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República Marina Silva, decidiu que não vai apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por considerar que não haveria base constitucional para a saída da petista via ação no Congresso Nacional. A sigla estuda uma nova ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por considerar que a impugnação da chapa Dilma-Michel Temer seria a melhor opção dentro de um cenário de deterioração política.

Em reunião com a bancada no Congresso e a Executiva do partido, os “marineiros” concluíram que a Justiça Eleitoral deve impugnar a chapa vencedora da eleição presidencial de 2014 por completo. “O caminho da Justiça é mais isento que este caminho que está no Congresso, marcado por acusações de chantagem”, resumiu o coordenador nacional de organização da Rede, Pedro Ivo Batista.

Já existe uma ação no TSE proposta pelo PSDB para cassar o diploma eleitoral de Dilma e Temer e o processo está em fase de instrução. A autorização para o início do trâmite do processo foi dada no dia 6 de outubro e é a primeira ação de impugnação de mandato aberta contra um presidente da República desde 1937. A Rede, no entanto, não definiu ainda se pretende apoiar a ação já em curso ou entrar com novo pedido de impugnação.

LEIA MAIS

Marina diz que não há “elementos técnicos e jurídicos” que embasem o pedido de impeachment

marina

A Rede Sustentabilidade, partido político criado por Marina Silva, posicionou-se contra o impeachment de Dilma Rousseff.

O partido defenderá, entretanto, a continuação da investigação conduzida pelo Tribunal Superior Eleitoral, que apura suspeitas de abusos de poder político e econômico cometidos pela presidente Dilma Rousseff  e seu vice, Michel Temer, na disputa de 2014.

O posicionamento da Rede deve ser oficializado em nota oficial da legenda.

“Pelos fatos apresentados até o momento, não se encontram presentes os elementos necessários para o impeachment. A Rede acredita que a Justiça é o melhor caminho e defende o aprofundamento das investigações e o avanço de todas as ações no Judiciário, livre de chantagens e ameaças”, disse o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).

Segundo dirigentes da sigla, que tem 5 deputados federais e 1 senador, pesou na decisão a posição pessoal da ex-senadora Marina Silva. Para ela, não existem “elementos técnicos e jurídicos” que embasem o pedido de afastamento de Dilma. Da mesma forma, a maior parte da Comissão Executiva Nacional da Rede entendeu que não há dados que justifiquem o impeachment. (Com informações do Uol)

12