A greve dos servidores da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) repercutiu no Plenário nesta quinta (17), por meio da leitura de carta aberta da categoria, pelo deputado Edilson Silva (PSOL). O documento expõe a ausência de negociação para conter perdas salariais dos servidores e também da disposição de diálogo por parte da Secretaria da Fazenda Estadual. “É nossa obrigação, como parlamentares, contribuir para a desobstrução desse diálogo, intermediando essa negociação”, declarou o psolista.
Edilson afirmou, ainda, que vai articular junto à Comissão de Administração, presidida pelo deputado Ângelo Ferreira(PSB), uma audiência com o secretário da pasta, Milton Coelho, e a representação do sindicato da categoria. “Precisamos tirar da pauta o ponto da falta de diálogo. Esses servidores realizam um trabalho de grande relevância e merecem melhor tratamento.” O grupo, que acompanhou a Reunião Plenária, reivindica um reajuste de 17,12%, referente à reposição inflacionária de 1º de junho de 2014 a 31 de maio de 2016, além de ganho real de 2,5%.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e do Meio Ambiente (Sintape), Manuel Saraiva avaliou que a categoria tem sido desconsiderada: “Profissionais que têm excelentes níveis acadêmicos estão sendo bastante desprezados e precisam ser ouvidos. O Estado deve regulamentar a operação dessa agência, pois está agindo com incompetência na gestão de pessoas e de recursos”.
Em aparte, o líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PRB) também se posicionou a favor do grupo, em greve desde quarta (16). “Que gestão é essa que em momento de crise despreza o diálogo? Temos hoje um Governo Estadual que não ouve os servidores”, criticou. “Tive acesso à pauta de reivindicações, além do item salarial, que tem relação com a questão econômica, tem outros pontos, como a formação do conselho diretor da Apac, que não tem qualquer impacto e, mesmo assim, também está represado. Precisamos ajudar nessa negociação”, acrescentou Edilson Silva.
Com informações de Alepe