Funcionários do INSS são afastados por fraude contra Previdência

(Foto: Reprodução/Jornal do Commercio/Google Street View)

Durante uma operação da Polícia Federal, denominada ‘Garoa’, deflagrada na manhã desta segunda-feira (1), cinco servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) foram afastados das suas funções. A ação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraude contra a Previdência Social no Nordeste, com foco na Região Metropolitana do Recife (PE). Os funcionários também tiveram bens e contas bancárias bloqueados, além de estarem proibidos de realizar viagens internacionais. Também estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão.

As investigações da Operação Garoa foram iniciadas em dezembro do ano passado, após relatórios do órgão de inteligência da Previdência Social indicarem uma série de irregularidades em benefícios assistenciais concedidos na Agência da Previdência Social (APS) de Paulista (PE). O relatório demonstrou que, em 2016, a APS concedeu o montante equivalente a 19% da espécie Amparo Social ao Idoso em nível nacional, enquanto a média por agência era 3,21%.

A fraude

De acordo com as informações da Polícia Federal, os benefícios estavam sendo concedidos para pessoas que possuíam documentos de identificação com fotos idênticas. Ao decorrer das investigações, foi descoberto que os benefícios eram transferidos em diversas cidades, inclusive, para outros estados. O processo não é comum, pois na maioria das vezes, a condição dos idosos não possibilitam o deslocamento de um estado para outro.

Durante as investigações, a polícia também descobriu que os benefícios foram alterados por servidores públicos, que cadastravam o pagamento do benefício para instituições financeiras para o interior de Pernambuco. Os municípios estavam localizados até 250km de Paulista.

Ainda segundo a PF, foram descobertos 85 benefícios concedidos, que foram analisados individualmente pela Força-Tarefa Previdenciária e indicam que a fraude ainda pode ser maior. A investigação continuará e deverá evitar um prejuízo futuro de mais de R$ 12 milhões.

Ao longo da Operação, pessoas que estavam se passando pelos beneficiários foram presos, porém, nenhum servidor público foi detido. Os acusados poderão responder na justiça por estelionato majorado, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informação. (Com informações do Jornal do Commercio)

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