Terceirizados de escolas estaduais fazem manifestação na GRE de Petrolina e cobram pagamento de salários

Categorias se uniram para cobrar direitos (Foto: Blog Waldiney Passos)

O prédio da Gerência Regional de Educação (GRE) de Petrolina amanheceu nessa segunda-feira (18) com uma movimentação diferente. Funcionários de empresas terceirizadas que trabalham nas escolas estaduais da cidade e região do Sertão pernambucano estão reunidos para cobrar o pagamento dos salários em atraso.

Porteiros, merendeiras e auxiliares de serviços gerais denunciam que as empresas contratadas pelo Governo de Pernambuco desrespeitam o quinto dia útil, além de atrasar o pagamento de vale alimentação e transporte. O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Condomínios do Sertão Pernambucano (Siemaco), João Soares, as terceirizadas sempre atrasam o pagamento.

“Todo mês essas empresas elas só pagam o salário no último dia do mês e às vezes passam para o dia seguinte. A gente quer que eles cumpram a norma da CLT. O Estado não se preocupa em colocar empresas que possa cumprir com as obrigações, que possa se produzir melhor as atividades. Não dão vale transporte, não pagam salário e isso é um desrespeito ao trabalhador”, disse ao Blog Waldiney Passos.

Segundo João, o salário de fevereiro está atrasado e ainda não há previsão de pagamento por parte da Unika (porteiros), Soluções (serviços gerais) e Premium (merendeiras). O grupo está na GRE tentando uma reunião com representantes do Estado.

Trabalhadores relatam dificuldades causadas por salário atrasado

Uma auxiliar de serviços gerais conversou com o Blog – cuja identidade será preservada para evitar retaliações – e relatou as dificuldades vividas. “Paciência não paga as nossas contas, a gente está reivindicando um direito nossa. A gente trabalha então tem que receber em dias. Nós estamos querendo que nossos salários saiam em dia. Janeiro a gente recebeu dia 30, a gente fica acumulando contas e mais contas”, comentou.

A situação dos porteiros é ainda mais grave: “A gente trabalha dois meses para receber um, toda vez é isso”, afirmou à nossa produção. Durante nossa cobertura da manifestação eles ligaram para a Unika, empresa terceirizada para contratação da categoria, confira o diálogo:

Porteiro: “Como está a situação do salário dos porteiros?”

Representante da Unika: “Até agora sem previsão”.

Porteiro: “Ninguém passou nada, se vai pagar ou não vai pagar?”

Representante da Unika: “Até agora nada.”

Nossa produção entrou em contato com a secretaria Estadual de Educação para saber quando o pagamento dos profissionais terceirizados acontecerá. A pasta informou apenas estar averiguando a situação e em breve retornará com mais informações.

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