Apesar da boa avaliação da atual gestão, Dr. Pérsio acredita que eleição de 2020 está aberta

Ex-vereador afirma que extinção do Ministério do Trabalho não afeta trabalhador (Foto: Blog Waldiney Passos)

Durante uma participação no programa Super Manhã com Waldiney Passos o ex-vereador de Petrolina, Dr. Pérsio analisou o cenário político na cidade. Na opinião de Pérsio, a reeleição de Miguel Coelho depende de vários fatores, apesar da boa avaliação do atual prefeito.

“A eleição municipal é diferente da eleição estadual e federal. Tem uma lógica, mas a matemática, na hora ela pode mudar alguns índices. Por exemplo, o atual prefeito teve respaldo nas ruas pra família que veio com deputado federal e estadual”, disse o ex-vereador.

LEIA TAMBÉM:

Eleitor queria fim da política de “toma lá, dá cá”, afirma Pérsio Antunes sobre vitória de Bolsonaro

Segundo Pérsio, apesar de conseguir emplacar seus dois irmãos nas eleições de outubro, a aceitação de Miguel acaba sendo inferior à sua rejeição. “19,8% para o federal e 20,1% para estadual, ou seja, dos 100% dos votos válidos, apenas 20% reconheceram que o grupo que está no poder atualmente merecia o voto e 80% votou contra o que demonstra que o atual governo está fragilizado, ele vai ter que se recompor se quiser ganhar as eleições daqui a dois anos”, analisou.

LEIA MAIS

81% da população prefere candidatos sem experiência política, aponta estudo

(Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

As eleições de 2018 trazem um sentimento de mudança no eleitor. Um levantamento do Instituto Locomotiva aponta que 81% dos eleitores preferem votar em políticos sem experiência a conceder o voto a quem possui mandato hoje. Apesar dessa tendência, a renovação não deve se refletir nas urnas.

“Esse número reflete a demanda eleitoral, mas ela não será representada. O que vai ser apresentado ao eleitor é uma nova roupagem dos políticos velhos. Em razão das regras eleitorais e dos recursos financeiros escassos, o eleitor não vai encontrar as opções de renovação”, disse Renato Meirelles, coordenador do Instituto.

Historicamente, segundo a pesquisa, a renovação política no Congresso Nacional fica próxima dos 50%. Esse número pequeno se deve às barreiras impostas pelo sistema eleitoral do país, como explica Leandro Machado, coordenador do grupo Agora!. “O sistema construiu barreiras, mas esse é apenas o início de um processo“, afirmou.

Em Pernambuco partidos pequenos como Rede Sustentabilidade e PSOL já se movimentam em busca de vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na Câmara dos Deputados, Senado, Congresso Nacional e no Governo de Pernambuco.