AMMA adverte Compesa por lançar resíduos líquidos de forma indevida no Rio São Francisco

A Prefeitura de Petrolina, por meio da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) voltou a constatar irregularidades praticadas pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Desta vez, em ação realizada esta semana, o setor de fiscalização da AMMA observou um lançamento de resíduos líquidos indevidos na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada na Pedra do Bode, Centro.

A equipe identificou a presença de espuma e gorduras acumuladas dentro das etapas de tratamento, no último tanque, e na lagoa que recebe o efluente tratado antes de chegar ao emissário. Além disso, também foi identificada a presença dos mesmo dejetos nos emissários finais que deságuam no Rio São Francisco.

Para o diretor de Projetos Ambientais, Victor Flores, a identificação desse crime demonstra atuação do ‘Orla Nossa’ na preservação do Rio. “O projeto se tornou um fiscal da população quando se trata de crimes contra o Velho Chico. Através de denúncias e do trabalho de monitoramento do projeto, a AMMA vem constatando esses crimes e passou a autuar os responsáveis, entre eles a Compesa”, destacou.

O diretor-presidente da AMMA, Geraldo Miranda, destaca o papel da prefeitura na defesa do Rio. “A preservação do Rio São Francisco é uma das maiores preocupações da gestão municipal. O Velho Chico é nossa maior riqueza ambiental e a Prefeitura de Petrolina está focada em preservar e defender esse patrimônio natural”, pontou. Geraldo ressaltou ainda que a empresa foi notificada e tem o prazo de cinco dias para apresentar alguns esclarecimentos, a exemplo das análises dos efluentes, licença ambiental válida, entre outros.

O que disse a Compesa

Em nota, a Compesa esclareceu que a Estação de Tratamento de Esgoto Centro, unidade com concepção a nível terciário, atende aos parâmetros estabelecidos pela legislação vigente.

Com o aumento das chuvas registradas nos últimos dias, houve uma sobrecarga na unidade, visto a deficiência e/ou ausência do sistema de drenagem urbana, que, além do volume aumentado em várias vezes o normal, termina por carrear lama e resíduos de toda natureza estranha a um sistema de esgoto.

Em função disso, a unidade operacional se encontra em manutenção e todas as medidas estão sendo adotadas, de forma a garantir continuamente a qualidade do efluente tratado.

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