Associação diz que Polícia Civil de Pernambuco pode parar devido a falta de equipamentos de proteção contra coronavírus

Representantes de associações da Polícia Civil em reunião sobre proteção dos agentes contra coronavírus.

Nessa terça-feira (24), a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) emitiu uma nota afirmando que alertou, na segunda-feira (23), a Secretaria da Defesa Social sobre a possibilidade de a Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE) parar seus trabalhos como consequência do adoecimento coletivo das delegadas e delegados.

Segundo a associação, a maior parte do efetivo não recebeu os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) necessários para atender o público e conter a transmissão comunitária do coronavírus no Estado. Ainda de acordo com a Adeppe, o Governo publicou um decreto que obriga os delegados a trabalharem ilimitadamente.

“A maioria dos delegados e delegadas estão sem EPI. Chegaram pouquíssimas unidades, a quantidade é insuficiente. Além disso, o Governo publicou um decreto que obriga os delegados a trabalharem ilimitadamente, sem direito a descanso em regime de PJES (jornada extraordinária sem pagamento de hora extra), inclusive editou também uma portaria que suspendeu férias”, disse o presidente da Adeppe, Bruno Bezerra.

Para o presidente da associação, “a determinação é que todos trabalhem indistintamente ao mesmo tempo, de forma que todo mundo vai ficar doente e o serviço vai parar”. Além disso, Bruno afirmou que “está faltando planejamento adequado para lidar com a pandemia”.

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