Ataques de pirambebas a banhistas é comum nessa época, explica biólogo da CEMAFAUNA

(Foto: Arquivo)

No começo desse mês o Blog divulgou uma matéria sobre o ataque sofrido por banhistas nas ilhas de Petrolina. O biólogo do Centro de Conservação e Manejo de Fauna (CEMAFAUNA), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Augusto Bentinho explicou que esses ataques são comuns nessa época do ano, devido às chuvas em Minas Gerais e na Bahia, o que altera a coloração da água.

“Estes ataques se repetem anualmente, sempre na época que a água adquire uma coloração barrenta, devido às chuvas nas cabeceiras do rio. Com a mudança de coloração, as pirambebas e outras espécies são estimuladas a se reproduzir e, como uma característica do grupo de espécies das piranhas, colocam seus ovos e fazem de tudo para defendê-los”, explica o biólogo.

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Os ataques acontecem nas margens, pois é neste local que os peixes preferem desovar, como destaca o biólogo. “Os peixes entendem que os seres humanos podem representar uma ameaça à prole e por isso atacam”, comenta.

Ainda segundo Augusto, os casos são mais registrados no perímetro urbano, a exemplo da Ilha do Fogo, porém, podem haver ataques também em pontos mais afastados, como a Ilha do Rodeadouro e no Balneária de Pedrinhas.

A pirambeba é também conhecida como piranha branca, um peixe da espécie Serrasalmus brandti, nativo do Brasil. O peixe tem uma dentição afiada, capaz de arrancar pedaços de suas presas.

Apesar de ser um peixe com habitat natural no rio São Francisco, o biólogo da Cemafauna desmitifica um fato sobre a pirambeba “Não é a temperatura que causa os ataques, talvez a mudança ajude o peixe a entender que é hora desovar e desovando ele adquire esse comportamento”.

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