BA e PE orientam municípios a suspender vacinação com lotes de CoronaVac suspensos pela Anvisa

(Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou preventivamente 25 lotes da vacina CoronaVac. A decisão veio no sábado (4) e afeta um total de 12 milhões de doses no Brasil. A medida é cautelar, ou seja, não é punitiva e busca apenas precaver o uso de vacinas produzidas em um laboratório não inspecionado pela Agência.

Nesse sentido, a decisão tem validade de 90 dias. De acordo com a Anvisa, o Instituto Butantan relatou que a unidade fabril responsável pelo envase não foi inspecionada e não foi incluída na autorização de uso emergencial da vacina. Ou seja, são considerados produtos não regularizados pela Agência.

“Foi o próprio Instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população”, diz a nota oficial do Butantan.

Diante da situação, os Governos da Bahia e de Pernambuco recomendaram a suspensão da imunização com os lotes, já que a medida é preventiva. Agora Anvisa e Butantan realizarão avaliações para liberar ou não o uso dos imunizantes barrados momentaneamente.

Em entrevista à CNN Brasil, o diretor-presidente da Anvisa confirmou a postura preventiva na decisão. E que esse fato pode ser revisto nos próximos dias. “A proibição é cautelar e o estado da nossa mente perante esse fato é o da dúvida. E não pode haver dúvida quando falamos de vacina”, disse Antônio Barra Tores. “Essas vacinas teriam sido fabricadas em um local não inspecionado pela Anvisa”, finalizou.

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