Britânica de 90 anos é a primeira ocidental vacinada contra o novo coronavírus

Margaret Keenan, 90 anos. (Foto: Jacob King/Pool/AFP)

Uma britânica de 90 anos se tornou nesta terça-feira (8) a primeira paciente do mundo a receber a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, dentro de uma campanha de vacinação iniciada pelo Reino Unido e que deve ser longa e complicada do ponto de vista logístico.

O Reino Unido, primeiro país ocidental que começou a vacinar sua população contra o novo coronavírus, decidiu priorizar os idosos, seus cuidadores e profissionais de saúde.

Margaret Keenan, que completará 91 anos na próxima semana e estava com uma camisa de motivos de Natal, foi a primeira a receber uma dose, pouco depois das 6h30 (3h30 de Brasília) em um hospital de Coventry, região central da Inglaterra.

“Me sinto muito privilegiada por ser a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19. É o melhor presente de aniversário antecipado que poderia esperar”, declarou Kenan diante dos fotógrafos e das câmeras de televisão.

Ela está isolada desde o início da pandemia em março e graças à vacina, da qual receberá uma segunda dose em 21 dias, “posso pensar em passar um tempo com minha família e amigos no Ano Novo”, afirmou, de acordo com a agência de notícias britânica Press Association.

O segundo vacinado no país foi um homem chamado William Shakespeare, de 81 anos, que se declarou “muito feliz”.

O Reino Unido, país mais afetado da Europa pela pandemia, com mais de 61.400 mortes confirmadas, foi a primeira nação ocidental a autorizar o uso de uma vacina contra a Covid-19.

A Rússia começou a administrar sua vacina, denominada Sputnik V, no fim de semana passado e a China também fornece uma vacina experimental a um grupo reduzido da população. Estados Unidos e União Europeia ainda aguardam a aprovação de suas agências reguladoras.

Nesta jornada que o ministro da Saúde, Matt Hancock, batizou como “dia V”, de vacina… ou vitória, o primeiro-ministro não perdeu a oportunidade de visitar um hospital em Londres e conversar com os primeiros inoculados.

“É incrível observar a vacina, é incrível ver este tremendo impulso para toda a nação, mas não podemos relaxar”, declarou. Ainda “não derrotamos o vírus”, destacou, antes de pedir a todos que aceitem a injeção sem medo.

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