Capitão Alencar propõe Moção de Aplauso a Miguel e secretários por enfrentamento aos problemas provocados pelas chuvas; Gaturiano rebate: “Não passa de obrigação”

Gaturiano Cigano (esq.) não ficou contente com pedido do colega

A última sessão do ano é marcada por um atrito entre os membros da bancada de Situação. Nesta terça-feira (28), Capitão Alencar (Patriota) propôs uma Moção de Aplauso ao prefeito Miguel Coelho (União Brasil) e seu secretariado, pela atuação no enfrentamento aos problemas provocados pela chuva do final de semana.

“Fica esse reconhecimento desse vereador, com certeza aprovado por todos os vereadores, essa Moção de Aplausos ao prefeito e aos seus secretários, que estão incansáveis nas ruas. Quero deixar esse reconhecimento, esse voto de Moção de Aplausos ao prefeito Miguel Coelho e todo seu secretariado“, alegou Alencar, que fez a proposição de forma verbal.

Obrigação dos gestores, dispara Gaturiano

Imediatamente, Gaturiano Cigano (Republicanos) se mostrou contrário à colocação e se absteve de votar a Moção. “Gostaria de me abster de votar essa Moção de Aplauso. Isso não passa da nossa obrigação. É obrigação do prefeito, do vereador estar na comunidade. Não entendo essa Moção. O prefeito foi reeleito pra isso, ele está honrando esse voto de confiança, tá indo lá. Não vejo esse cabimento de Moção de Aplauso. Nós vereadores, prefeito, deputados somos muito bem pagos pelo povo, para que a gente possa proporcionar uma qualidade de vida muito melhor a todos eles”, disparou.

Vota ou não vota? 

Gilmar Santos (PT) também se absteve de votar a Moção de Aplausos. Contudo, durante a votação das Indicações e Requerimentos, Alencar se ausentou do Plenário da Casa Plínio Amorim e o presidente em exercício, Manoel da Acosap (DEM) retirou a proposição de votação.

Alencar então retornou ao Plenário e o item foi recolocado em discussão, depois da votação dos demais itens. “É minimamente o dever de qualquer secretário, qualquer secretária, qualquer prefeito e qualquer gestor ir às comunidades para se solidarizar nesse momento com a população que está sofrendo com tantos transtornos causados, não pela chuva, mas pela falta de políticas. Não vejo qualquer sentido em fazer Moção de Aplausos”, enfatizou.

E a Moção?

Alguns edis da bancada governista, como Major Enfermeiro (MDB), César Durando (DEM), Marquinhos Amorim (Republicanos), Josivaldo Barros (PSC), Maria Elena de Alencar (MDB) e Rodrigo Araújo (Republicanos) defenderam o pedido e reconheceram a atuação de Miguel. Segundo Rodrigo, aprovar a proposta de Capitão Alencar não configura “bajulação” ao gestor municipal.

Na contramão, Samara da Visão (PSD), integrante da Oposição, lembrou que a população precisa ser valorizada e levada a sério. Líder da Oposição, Marquinhos do N4 (Podemos) lembrou que esse tipo de debate não deveria ser feito no momento em que a população mais precisa de ajuda e ações do Poder Legislativo.

Por fim, o autor do pedido pôde se justificar mais uma vez. “Não preciso bajular ninguém […] quando a gente faz essa moção de aplauso é pelo diferencial que a gente percebe no prefeito e secretários“, argumentou. Gaturiano não acompanhou a votação e sua abstenção não foi computada. Gilmar, Marquinhos do N4 e Samara da Visão foram contrários. Mesmo assim, a Moção de Aplausos ao prefeito Miguel Coelho e sua equipe foi aprovada por 13×3.

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