Católicos de luto: morre Dom Pedro Casaldáliga, um dos maiores defensores das causas indígenas e camponesas

Dom Pedro Casaldáliga era bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, em Mato Grosso. (Foto: CNBB)

O comunicado do falecimento foi feito no meio da manhã deste sábado (8) pela Prelazia de São Félix do Araguaia (Mato Grosso), a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos) e a Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos).

Dom Pedro Casaldáliga, Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (Mato Grosso) e Missionário Claretiano, faleceu às 9:40 horas (horário de Brasília), na cidade de Batatais, estado de São Paulo, onde estava internado por causa de problemas respiratórios agravados pelo Mal de Parkinson e pela idade do religioso, que tinha 92 anos de idade.

O velório acontecerá em três locais. Em Batatais (SP), o corpo de Dom Pedro Casaldáliga, será velado, hoje (8), a partir das 15 horas na capela do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos, situada à rua Dom Bosco, 466, Castelo, Batatais, São Paulo, Brasil.

A partir do dia 10 de agosto o corpo será velado em Ribeirão Cascalheira (MT) e por último o corpo de Dom Pedro será velado e sepultado em São Félix do Araguaia, também em Mato Grosso.

Natural da Catalunha, na Espanha, Dom Pedro Casaldáliga foi o primeiro bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, ofício que ocupou até 2005, e ficou conhecido pelo trabalho pastoral ligado a causas como a defesa de direitos dos povos indígenas e contra a violência dos conflitos agrários, bem como por suas posições políticas.

O engajamento do bispo emérito lhe transformou em referência, mas também já lhe colocou em risco de morte na região do Araguaia, leste de Mato Grosso.

Exemplos são dois dos últimos episódios em que ele se envolveu: em 2013, recusou dar seu nome para um prêmio de jornalismo por se opor à nomeação da então secretária estadual de Cultura, Janete Riva; em 2012, recebeu ameaças de morte devido ao apoio prestado aos índios xavantes, reinseridos na terra indígena Marãiwatsédé após anos de embate judicial contra latifundiários e produtores rurais.

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