Comissão Representativa dos funcionários da Promatre afirma que decisão da Prefeitura de Juazeiro resultará em demissões; SESAU rebate

(Foto: Internet)

A Comissão Representativa dos funcionários do Hospital Promatre de Juazeiro (BA) emitiu uma nota, lida aos servidores na noite de sexta-feira (26). A data marcou um ano do primeiro caso de covid-19 registrado no país. No texto, a Comissão destacou o crescimento dos casos da doença e a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).

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A carta também relata uma mudança a partir de março. A Comissão alega que a secretária de Saúde de Juazeiro encaminhou um ofício à Promatre informando que a partir de segunda-feira (1°), os atendimentos de Média Complexidade Ambulatorial Adulto Clínico não serão encaminhados ao hospital. Os representantes dos funcionários alegam que tal medida resultará em desemprego, bem como deixará a população desassistida durante a pandemia. 

Em nota, a Prefeitura de Juazeiro informou não ter responsabilidade nas demissões da Promatre, pois o hospital não integra a rede municipal de saúde. Veja a seguir a resposta da gestão municipal sobre a celeuma:

“A Prefeitura de Juazeiro entende ser incoerente a tentativa de responsabilizar o governo municipal por eventuais demissões no quadro de funcionários da Promatre, visto que o hospital não faz parte da Rede Municipal de Saúde e apenas presta serviço contratual ao município (alta e média complexidade e urgência e emergência), que permanecerão mantidos.

Salientamos que o retorno do serviço da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o seu local de origem foi previamente comunicado à direção da Promatre em reuniões realizadas com a Prefeitura, bem como por ofício, sendo certo que em nenhum momento foi tratado da interrupção de nenhum outro serviço. Estávamos pagando dois contratos de urgência/emergência, um no valor de R$ 260.000 e outro de R$ 304.000, este último referente à transferência temporária da UPA, que encontrava-se subutilizada, com a folha de pagamento alta, provocando sobrecarga à administração pública.

Além disso, com o funcionamento reorganizado da UPA e Hospital de Campanha, poderemos prestar uma melhor oferta e assistência à população juazeirense, que agora, poderá contar como “porta de entrada” para a Emergência com dois serviços, sendo eles UPA e Promatre (já que representam dois contratos de emergência), e um Hospital de Campanha para atendimentos exclusivos de Síndromes Gripais/Covid-19. Por tais razões, mostram-se descabidas as alegações da Comissão Representativa do Hospital Promatre de Juazeiro”.

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