CVV Petrolina seleciona novos voluntários neste final de semana

No próximo sábado (3), o Centro de Valorização da Vida (CVV) em Petrolina realiza um curso de formação para os novos voluntários, às 14h na Escola de Aplicação. O CVV atua há 13 anos na cidade, na luta contra a depressão e na prevenção ao suicídio.

Diariamente os voluntários do CVV prestam atendimento pelo telefone (87) 3861-5033. Quem precisa de apoio, pode fazê-lo e o serviço é totalmente sigiloso. Ou seja, os voluntários não perguntam nome ou identificação. “Por meio de aceitação, compreensão e calor humano incondicional, o voluntário do CVV tenta, por telefone, amenizar a dor, a angústia e o sofrimento dos que procuram encontrar novas razões para continuar a viver”, explica Francisca Andrade, coordenadora do CVV em Petrolina.

CVV

O Centro de Valorização da Vida foi criado no Brasil em 1962, década na qual a Organização Mundial da Saúde passou a considerar o suicídio como um problema de saúde pública. A doença é responsável pela morte de um milhão e 300 mil brasileiros e mesmo assim, é tida como tabu na sociedade.

Diariamente os voluntários do CVV prestam atendimento via telefone, das 14h às 21h30. O Centro também oferece ajuda pelo site da instituição, onde são disponibilizados chats para conversa. Anualmente no país, 2 mil voluntários espalhados por 18 estados realizam mais de 1 milhão de atendimentos.

Dificuldades

Por ser um trabalho voluntário, as ações do CVV ainda encontram dificuldades financeiras, como destaca a coordenadora do Centro. “Há um problema de escassez de recursos financeiros e humanos, bem como de estrutura física, uma vez que não há sede própria e o atendimento funciona, atualmente, em uma garagem cedida por terceiros. Devido a isto, o CVV de Petrolina não realiza atendimento presencial” afirma.

Entre as lutas do CVV está a implantação do 188, número nacional de atendimento, fruto de parceria com o Ministério da Saúde. A unificação do telefone vai tornar as ligações gratuitas, porém para isso acontecer é necessário custear equipamentos e serviços de telefonia.

Trabalho voluntário

Nossa equipe conversou com uma voluntária, que não pôde ser identificada, devido ao sigilo do atendimento no CVV. “A princípio achei muito difícil, achei que não ia ter condições de atender as pessoas porque a gente leiga fica com medo de atender, de ter que lidar com a dor humana. Permaneci e me apaixonei pelo CVV. Nós podemos oferecer amor e consolo às pessoas que nós nem conhecemos, é um retorno positivo em nossa vida, nós ajudamos e somos ajudados” relata a voluntária.

Além do atendimento diário, o CVV também realiza palestras em hospitais, presídios e escolas da cidade. Em setembro o grupo volta as atenções para a campanha do Setembro Amarelo, cujo objetivo é alertar a população sobre o suicídio no país.

Quem deseja ser voluntário do CVV deve ser maior de 18 anos, dispor de quatro horas semanais para atender aos telefonemas. O curso de formação acontece no sábado (3), às 14h na Escola de Aplicação e as inscrições podem ser feitas pelo telefone no Centro.

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