Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado nesta sexta-feira

O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado nesta sexta-feira (10). A data que serviu como ponto de partida para a criação da campanha do “Setembro Amarelo” marca a importância da valorização da vida e sobre como a sociedade deve ter um olhar mais atento para as questões que envolvem a temática.

Promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e Conselho Federal de Medicina, a campanha deste ano tem como tema “Agir salva vidas”. A ideia é promover ações que possam ajudar a contribuir com a diminuição de índices de suicídio. De acordo com dados da ABP, por ano são registrados cerca de 12 mil casos no Brasil.

Segundo o coordenador do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Petrolina, Mizael Neto, vários aspectos podem conduzir a um comportamento suicida. “São fatores diversos que podem levar a essa situação. Fatores como transtornos mentais pré-existentes, por exemplo, a pessoa está em depressão grave, com transtorno bipolar, alguns adoecimentos prévios que podem ser disparadores. Crises sociais que a pessoa não consegue dar conta, o fato de algum familiar já ter tentado ou cometido o suicídio também pode ser um fator desencadeante, como se fosse um modelo de imitação. Mas cada indivíduo é um caso específico”, explica Mizael.

O psicólogo destaca que comportamentos como presença de automutilação, pessoas que repentinamente começam a se despedir daqueles que convivem são alguns dos sinais que podem indicar que o indivíduo está precisando de ajuda. O especialista também faz um sério alerta: “Outra coisa importante é que no campo da saúde mental não pode existir aquele pensamento “ela tá querendo só chamar a tenção”. A pessoa está atraindo atenção para uma dor que existe nela e isso não pode ser ignorado. É importante não menosprezar esses sinais e acionar as redes de cuidado”, adverte.

Por ser um tema delicado, falar sobre suicídio foi visto por muitos anos como algo complexo. Tabu este que tem sido quebrado devido a necessidade de esclarecer os riscos e auxiliar pacientes e famílias que convivem com o problema. “A primeira coisa que a gente precisa fazer é desmistificar a ideia de que não pode falar sobre suicídio. É preciso ter essa clareza que é um tema que sempre existiu, possivelmente continuará existindo, e o que a gente tem que buscar é encontrar formas de minimizar seu impacto e prevenir. Falar com maturidade, falar sem menosprezar, ter todo cuidado para noticiar no que se refere ao caso dos veículos de comunicação. É preciso ser falado. A gente sabe que nem todo mundo sabe falar, por isso nesses casos é importante recorrer a um profissional que é capacitado”, destaca o professor.

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