Em protesto, entregadores de delivery chamam atenção para condições de trabalho da categoria

Categoria esteve na Câmara nessa terça-feira (Foto: Ascom Vereador Paulo Valgueiro)

Foi uma manhã de protestos na Casa Plínio Amorim, em Petrolina. Nessa terça-feira (19), motoboys e entregadores de delivery marcaram presença na sessão e participaram da sessão para apresentar a real situação do grupo. Um dos representantes do grupo conversou com o Blog Waldiney Passos e pediu sensibilidade do poder público.

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De acordo com Alan Franklin, que atua há três anos como entregador, o grupo não recebe um salário fixo, não tem registro na carteira e apesar de uma carga horária de trabalho muitas vezes tripla, recebem apenas o valor das entregas: entre R$ 3,00 e  R$ 5,00.

“A gente não recebe nenhum suporte das empresas. Tudo que a gente ganha é a taxa de entrega, que varia. A gente passa muitos perrengues, por muita insegurança e não tem como se proteger. A gente só pode trabalhar. Em caso de roubo ou assalto, a empresa se pronuncia. Ela vê como um assalto comum, da pizzaria pra fora é você e sua moto“, destacou.

Ele lembra que o grupo trabalha seis dias e alguns, de domingo a domingo. “Nossa carga varia, vai de oito a 10 horas por dia. Eu entrego marmita de tarde, trabalho na pizzaria de noite e ainda entrego de madrugada”, explica.

Sem as condições necessárias, o entregador – assim como o grupo – pede mais direitos trabalhistas. “As empresas não ficham como motoboy, que nas capitais é muito bom e dá segurança. Quando eles ficham a gente, é como auxiliar de cozinha ou outro cargo”, finaliza.

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