Freira nascida em Pesqueira pode se tornar a primeira santa pernambucana

A Igreja Católica admitiu oficialmente, nesta quarta-feira (13), após 85 anos, que Maria da Luz Teixeira de Carvalho, a irmã Adélia, pode de fato ter visto Nossa Senhora da Graça. A aparição aconteceu quando a freira era criança, em 1936, no distrito de Cimbres, em Pesqueira, no Agreste de Pernambuco.

Também nesta quarta, o falecimento de Irmã Adélia completa oito anos e, devido à data, dom José Luiz, bispo de Pesqueira, apresentou a Segunda Carta Pastoral. É no documento da diocese do município que estão relacionadas as presumíveis aparições de Nossa Senhora da Graça.

Foi nessa carta que a Igreja Católica se pronunciou oficialmente sobre a experiência de irmã Adélia. “A carta é uma declaração de amor do pastor ao seu povo. A gente diz que, naquele local, há sinais de sobrenaturalidade. Nós assumimos aquilo [Cimbres] como um local pastoral”, explicou o bispo em entrevista ao G1 Pernambuco.

 

A carta vai ser encaminhada em novembro para o Vaticano para fortalecer a documentação existente no processo de beatificação e canonização de Irmã Adélia, que foi aberto em 2019 pela Diocese de Pesqueira.

Processo de beatificação

 

A abertura do processo de beatificação e canonização de Irmã Adélia na Congregação para a Causa dos Santos da Santa Sé, no Vaticano, foi feita em 2019. Antes, o processo de beatificação e canonização foi aprovado pela Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Três requisitos são necessários para a homologação da candidatura: a fama de santidade, o exercício das virtudes cristãs e a ausência de obstáculos insuperáveis contra a canonização. Para alguém ser reconhecido santo, existe um longo processo e é necessária a comprovação de dois milagres, segundo a Igreja Católica.

A superiora provincial do Instituto das Religiosas da Instrução Cristã disse que há graças e milagres atribuídos à Irmã Adélia. “Um deles foi de uma das nossas irmãs que tinha câncer e foi curada. Mas tem outros, inclusive de um médico do Recife que foi curado, agraciado, além de pessoas de outros lugares, como São Paulo e Fortaleza”, relatou.

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