Funcionários do transporte coletivo fazem paralisação de advertência em Petrolina

A quinta-feira (11) começou com manifestação dos funcionários da Atlântico Transportes, empresa responsável pelo transporte coletivo em Petrolina. Antes do sol raiar os servidores paralisaram as atividades para cobrar o pagamento de direitos, a exemplo do adicional noturno. Mas a Prefeitura de Petrolina alertou em nota que a categoria pode ser penalizada (leia a nota ao final da matéria).

Em contato com o Blog, o representante da categoria afirmou que a paralisação foi apenas de advertência. Os funcionários retomaram seus trabalhos por volta de 8h15. Além do pagamento do adicional noturno o grupo cobra pagamentos referentes a dias trabalhados em feriados, a regularização de três meses do FGTS e fornecimento de fardamentos.

Possível greve

“A empresa descumpriu o acordo fechado com o Sindicato, por isso a categoria fez essa paralisação de advertência. Se não regularizar a gente cruza os braços amanhã. Se não sair o pagamento hoje a gente cruza os braços, em advertência de novo. Se não regularizar a gente vai fazer greve“, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Petrolina, Ednaldo José de Lima ao programa Super Manhã com Waldiney Passos, na Rádio Jornal.

Procurada pelo Blog a Prefeitura de Petrolina emitiu uma nota. Segundo a Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (Ammpla), a paralisação pode ser considerada “abusiva”, pois não foi respeitado o atendimento mínimo à população.

Leia a íntegra da nota:

“Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla) informa que a paralisação desta quinta-feira (11) pode ser considerada abusiva por não respeitar os preceitos legais exigidos diante de um movimento grevista. Importante lembrar que o transporte público é um serviço considerado essencial, e neste caso, a lei determina, por exemplo, que a categoria mantenha um mínimo de atendimento à população, o que não foi respeitado.

Vale lembrar ainda que, segundo a Lei 7.783/1989, o sindicato deve informar a decisão de greve ou paralisação previamente aos patrões e aos usuários do serviço, em um prazo de 48 horas de antecedência, o que também não foi cumprido pela categoria.

A Autarquia informa também que o movimento grevista é facultativo e que já está apurando possíveis casos de coerção a alguns funcionários que teriam sido obrigados a aderir ao movimento. Diante dos fatos, a Ammpla vem adotando todas as medidas legais cabíveis para manter o serviço e evitar transtornos aos usuários”.

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