Hospital Dom Malan se posiciona sobre protesto realizado na manhã de hoje na frente da unidade

Grupo fez manifestação no HDM (Foto: Reprodução)

Um grupo de pessoas esteve na manhã desta terça-feira (9), em frente ao Hospital Dom Malan/IMIP pedido justiça por causa da morte de mais um recém-nascido na unidade. A filha de Joseano Rodrigues, morador do Projeto Maria Tereza, faleceu na semana após várias tentativas frustradas de indução de parto normal, quando na verdade ela deveria, desde o início, passar por cesariana, segundo ele.

Ainda de acordo com Joseano, a esposa dele tinha um documento da médica que fez o pré-natal dela, afirmando que a mesma não podia fazer parto normal, porque a mesma não tinha passagem e é diabética. Mesmo assim os profissionais do Dom Malan insistiram na indução e quando fizeram a cesariana era tarde demais.

Na Manifestação de hoje o pai da bebê pediu justiça e a assessoria do Hospital respondeu com a seguinte nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO // HOSPITAL DOM MALAN

“A direção do Hospital Dom Malan de Petrolina reconhece a legitimidade de qualquer tipo de manifestação popular. Entretanto, reforça que conta com uma equipe multidisciplinar ética, dedicada e que preza pelo atendimento de qualidade a todos os usuários do SUS.

Mesmo diante da grande demanda de pacientes na emergência obstétrica da unidade, referência no atendimento materno-infantil de alta complexidade para mais de 50 municípios da Rede de Saúde Pernambuco Bahia (Rede PEBA), o serviço não nega atendimento a nenhuma gestante que o procura. Todas são acolhidas pela equipe multidisciplinar, que avalia os casos individualmente, indicando assim a melhor conduta a ser seguida no momento da admissão.

É importante destacar ainda que o Hospital Dom Malan é, atualmente, a unidade que mais realiza partos em Pernambuco. São, em média, 600 por mês, mais de 7 mil por ano. Desse quantitativo, mais de 50% correspondem a partos de baixo risco, ou seja, procedimentos que poderiam ter sido realizados em serviços de menor complexidade, como maternidades municipais ou casas de partos.

Em relação ao caso específico da gestante Lucicléia Ferreira dos Santos, a direção informa que a mesma foi assistida pela equipe multidisciplinar durante todo o internamento. Entretanto, apesar dos esforços, o recém-nascido não sobreviveu a uma intercorrência causada por uma bradicardia intensa.

A direção da unidade se solidariza com a família nesse momento de dor e se coloca à disposição dos órgãos competentes e dos familiares para qualquer esclarecimento.”

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