Hospital tem carência em várias especialidades médicas, afirma Gerente de Atenção à Saúde do HU

(Foto: Divulgação/HU)

A notícia de superlotação do Hospital Universitário (HU) de Petrolina veio a público no feriadão da Semana Santa. Pacientes os quais precisam de ventilação mecânica não estão mais sendo recebidos por falta de leitos na unidade, mas segundo o Gerente de Atenção à Saúde do HU, dr. Luiz Otávio Nogueira, em momento algum houve o fechamento do hospital.

“Essa palavra ‘fechamento’ é inadequada, o que houve foi uma restrição de algum tipo de paciente que precisasse de ventilação mecânica” afirma o médico. Ainda segundo Luiz Otávio, o aviso emitido pelo HU às vésperas do feriado se deu pela necessidade de avisar a população sobre a super lotação.

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De acordo com o Gerente de Atenção à Saúde, nesses períodos de feriados e finais de semana os atendimentos a politraumatizados cresce consideravelmente na unidade e todos os equipamentos de respirador mecânico permanecem ocupados.

“Se chegar paciente com essa necessidade a gente não tem como resolver“, explica o médico. Dr. Luiz Otávio ainda acrescenta que a designação de profissionais para a ventilação manual resultaria no comprometimento do atendimento a outros pacientes, já que a equipe médica hoje é reduzida.

Realidade do HU

A unidade do Hospital Universitário tem 129 leitos, dos quais 11 são de UTI. No entanto, seis estão fechados por falta de recurso humano. A falta de profissionais se estende por vários segmentos, desde médicos cirurgiões a fisioterapeutas e segundo Dr. Luiz Otávio, hoje o hospital tem uma “carência em todas as especialidades” e até mesmo a Sala Vermelha é atingida.

“O financeiro é suprido por dotação e até o momento não existe dificuldade financeira. De recurso humano existe sim, desde que o Ministério do Planejamento fez uma redimensionamento“, ressalta o médico.

Uma solução para amenizar a situação no HU é a realização de um concurso público, já anunciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), porém o edital prevê apenas a contratação de cinco médicos, um número bem distante da realidade da unidade.

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