Imbróglio político entre Compesa e Petrolina é discutido na Casa Plínio Amorim

Vereadores reconheceram falta de investimento, mas cobraram debate amplo (Foto: Blog Waldiney Passos)

O serviço prestado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deu tom aos discursos dos vereadores de Petrolina na sessão de quinta-feira (14). E o tema mostrou um alinhamento de pensamentos entre as duas bancadas da Câmara.

José Batista da Gama (PSB), ex-secretário do prefeito Miguel Coelho (PSB) citou a falta de investimento da Compesa no município e foi acompanhado por Gabriel Menezes (PSL) e Gilmar Santos (PT). Os membros da oposição ratificaram a fala do colega sobre a falta de interesse da companhia com os petrolinenses.

“Interesse político”

“Desde 2003 que existe uma quebra de braço entre o município de Petrolina e o Governo de Pernambuco. Nas entrelinhas é bom que se frise: isso só existe porque existe o interesse político. O Governo de Paulo Câmara tem interesse de continuar com a Compesa porque é a menina dos ovos de ouro, porque aqui se arrecada e não se aplica um milhão em Petrolina”, destacou Zé Batista.

Municipalização

Gilmar aparteou o colega e endossou o discurso de Zé sobre a falta de investimentos da Compesa na cidade. E frisou que se faz necessário ampliar o diálogo sobre os modelos de municipalização. “Vossa Excelência tem razão quando questiona a gestão da Compesa, na forma de como se operacionaliza os recurso em Petrolina. É importante que esse debate seja aprofundado, há uma desconfiança do modelo de PPP e da municipalização”, disse Gilmar.

Companheiro de bancada de Gilmar, Gabriel Menezes citou o exemplo de Juazeiro como um espelho para que o saneamento fique com o município. Favorável a municipalização, o edil chamou atenção para o modelo de iniciativa Público Privado (PPP).

“Quando a Compesa enfim conseguiu dinheiro, são R$ 38 milhões em caixa, entrou o interesse político [da Prefeitura] para criar insegurança política. Municipalize os serviços, tenho certeza de que toda bancada de oposição e o povo de Petrolina vai apoiar a decisão, mas a PPP o povo não pode acreditar”, afirmou.

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