Lula prepara fase “pós-Dilma” com foco nas eleições de 2018

. O ex-presidente avalia que é muito difícil que Dilma consiga ser reconduzida ao cargo após a decisão desta quinta-feira (12)/ Foto:Ricardo Stuckert

. O ex-presidente avalia que é muito difícil que Dilma consiga ser reconduzida ao cargo após a decisão desta quinta-feira (12)/ Foto:Ricardo Stuckert

Poucas horas depois de o Senado decidir o afastamento da presidente Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva já prepara uma dura oposição ao governo interino de Michel Temer. O ex-presidente avalia que é muito difícil que Dilma consiga ser reconduzida ao cargo após a decisão desta quinta-feira (12), mas argumenta, no entanto, que o PT precisa rapidamente buscar uma bandeira política para defender a partir desta fase “pós-Dilma”, preparando o caminho do partido para as eleições de 2018.

Abatido, Lula passou a quarta-feira (11) no hotel aonde vinha despachando em Brasília, desde que a sua posse como ministro-chefe da Casa Civil foi suspensa por decisão judicial. O petista conversou com senadores e se reuniu com movimentos sociais para organizar um ato de solidariedade à presidente na manhã desta quinta-feira, diante do Palácio do Planalto.

Após 13 anos e quatro meses no poder, o PT volta para a oposição apostando no racha entre Michel Temer e a bancada do PMDB no Senado, que já dá sinais de descontentamento em relação à montagem do ministério liderado pelo agora presidente em exercício. A ordem é formar um grupo para antecipar as primeiras medidas que serão tomadas por Temer e desconstruí-las. O partido ainda pretende intensificar a luta política, contando com o fato de que o presidente da Casa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), é um antigo desafeto de Temer.

“Faremos uma oposição firme, mas não a que eles fizeram. Não vamos agir para provocar instabilidade econômica. Eles deram apoio à pauta-bomba e nós não vamos fazer isso”, disse o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE). “Não deixaremos que se consume a perda de direitos sociais, que acabem com o pré-sal nem que privatizem a Caixa Econômica Federal”, emendou o senador Paulo Rocha (PA), líder do PT na Casa.

Com informações do Estadão Conteúdo

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