“Não vamos deixar mais um crime impune”, afirma porta-voz da família de Estefany Eduarda

A sessão dessa terça-feira (30) foi marcada por um tom de reivindicação e desabafo por parte dos familiares da garota Estefany Eduarda Nere da Silva, morta aos 13 anos. Ela havia desaparecido e seu corpo foi encontrado no São Gonçalo no dia 15 de outubro.

Enquanto as investigações da Polícia Civil seguem em sigilo, a mãe de Estefany, Cícera Nere da Silva esteve no plenário da Casa Plínio Amorim acompanhada de estudantes, amigos e parentes da menina. Emocionada, ela abriu mão de falar na Tribuna Livre, mas sua porta voz, Mãe Tereza da Silva expressou o sentimento de luto e revolta.

Tereza conviveu com a menina assassinada e foi a responsável por intermediar o contato de Cícera com a vereadora Cristina Costa (PT) que propôs o uso da Tribuna Livre na manhã de hoje. Mãe de dois filhos, Tereza lembrou o crescimento do feminicídio no país, elencou os crimes impunes na cidade e cobrou do Poder Legislativo apoio.

“O Poder Legislativo tem um grande poder junto ao Poder Judiciário porque vocês são eleitos pelo povo. Não vamos deixar mais um crime impune”, discursou a porta-voz da família de Estefany. Citando Lucinha Mota, mãe de Beatriz Angélia Mota, cuja morte completará três anos em dezembro, Tereza disse ser necessário cobrar empenho dos órgãos.  “Se houver um pouquinho de esforço eles conseguem solucionar o crime”, afirmou.

Em seguida os vereadores fizeram uso da palavra e ratificaram apoio da Câmara de Vereadores na busca por justiça. O discurso era uníssono: é necessário cobrar empenho da polícia, do Governo Estadual e Gilmar Santos (PT) e a própria Cristina foram além, reivindicaram políticas públicas na área de segurança.

Uma das falas de destaque foi a de Ronaldo Cancão (PTB), responsável por lembrar diversos crimes não elucidados há mais de 20 anos. Zenildo Nunes (PSB) disse ser função da Casa Plínio Amorim trazer também os delegados da polícia civil e cobrar atualizações dos casos.

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