Petrolina: Justiça Federal decreta prisão preventiva de vereador alvo da ‘Operação Errantes’

A Justiça Federal decretou, na quarta-feira (23), a prisão preventiva do vereador de Petrolina, Gaturiano Pires da Silva, o Gaturiano Cigano (União Brasil). A decisão da Justiça veio após pedidos apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Errantes.

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Segundo o MPF, a prisão foi realizada na tarde de ontem. A Operação Errantes foi deflagrada na semana passada e investiga crimes contra a Previdência Social cometidos por organização criminosa que atua no município em Petrolina, Tabira (PE) e Filadélfia (BA).

Confira a seguir a nota oficial do MPF:

“Gaturiano Pires da Silva foi preso no âmbito de investigação de crimes contra a Previdência Social cometidos por organização criminosa

Em atendimento a requerimento do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal decretou, nesta quarta-feira (23), a prisão preventiva, em Petrolina (PE), do vereador Gaturiano Pires da Silva, no âmbito da Operação Errantes, deflagrada pelo MPF e PF na semana passada. A prisão foi realizada na tarde de hoje. A operação investiga crimes contra a Previdência Social cometidos por organização criminosa que atua no município pernambucano de Petrolina e região.

Em 16 de fevereiro, a PF cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, nos municípios de Petrolina, Tabira (PE) e Filadélfia (BA). Investigações realizadas ao longo de meses, inclusive com uso de ação controlada, revelaram a existência de organização criminosa extremamente ramificada, com divisão interna de funções, que atua de forma duradoura e estável praticando golpes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até o momento, estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 45 milhões.

Os crimes consistem na obtenção, mediante diversas fraudes, de benefícios assistenciais e previdenciários. Os líderes do esquema auferem os lucros decorrentes dos pagamentos de centenas de benefícios irregulares. Na execução dos crimes, são auxiliados por várias pessoas, recrutadas por eles para atuar como operadores do esquema ou laranjas.

Esses laranjas – na maioria pessoas analfabetas ou com pouca instrução e de idade avançada – são usados para emissão de documentos de identidade falsos, depois utilizados nos requerimentos de benefícios perante o INSS. Os operadores das fraudes viajam por diferentes estados para providenciar as emissões dos documentos de identificação irregulares, como registros gerais (RGs) e certidões de nascimento. Um mesmo laranja chega a ter dezenas de RGs fraudulentos.

De acordo com as apurações, a organização criminosa também movimenta um verdadeiro comércio paralelo de aluguel, venda e permuta de cartões de saques de benefícios irregulares. Em virtude dos ganhos com os crimes, os líderes da organização criminosa possuem patrimônio elevado, cujos bens de alto valor são registrados em nome de terceiros, e ainda praticam outras atividades ilícitas, a exemplo de agiotagem, como forma de alavancar os ganhos.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República em Pernambuco”

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