PF detalha operação em Juazeiro e afirma que esquema vinha sendo praticado desde 2013

SESAU de Juazeiro foi alvo da ação

A Polícia Federal (PF) detalhou a operação realizada na manhã dessa quarta-feira (16), em Juazeiro. “Efeitos Adversos” conta com a parceria da Controladoria Geral da União (CGU) e deu cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão, além de quatro de prisão temporária, expedidos pela Justiça Federal em Petrolina.

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Um dos alvos da operação foi a Secretaria de Saúde (SESAU). Durante a investigação a PF e CGU identificaram a existência de uma organização criminosa voltada à prática de crimes como fraude em licitação e superfaturamento de contratos para fornecimento de medicamentos médicos a prefeituras da Bahia e Pernambuco.

Os crimes foram praticados entre os anos de 2013 e 2018. “Ao longo das investigações foram constatados, ainda, indícios de pagamento de propina a servidores públicos de alguns dos municípios contratantes, além de indícios de lavagem dos recursos obtidos a partir das fraudes“, relata a PF.

28 Prefeituras integravam o esquema, que resultou no valor de R$ 34 milhões em contratos – somando todas as cidades envolvidas – valor esse contabilizado até novembro de 2018. Pelo levantamento da CGU, a organização causou um prejuízo de  R$ 1.812.988,97 entre superfaturamento e despesas não comprovadas.

A PF não forneceu nomes de presos ou investigados. Sabe-se apenas que eles responderão pelos crimes de fraude a licitação (arts. 90 e 96 da Lei nº 8.666/93); corrupção ativa (art. 333 do Código Penal); corrupção passiva (art. 317 do Código Penal); organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013) e lavagem de dinheiro (art. 2º da Lei 9.613/98).

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