Senador Humberto Costa desconversa sobre apoio a Odacy Amorim para governador

O líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Humberto Costa, esteve presente na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Petrolina nesta quinta-feira (28). O senador está na cidade para se reunir com representantes do partido do Sertão do Araripe e do São Francisco.

Durante entrevista à imprensa, Humberto desconversou sobre um possível apoio ao deputado estadual Odacy Amorim (PT) que externou o seu desejo de disputar as eleições de 2018 para governador. Segundo o senador, até o momento não há nenhuma posição sobre o assunto, já que o principal assunto dentro da legenda é a candidatura do ex-presidente Lula

(Foto: Blog Waldiney Passos)

“O partido garante que todos os filiados em condições de disputar as eleições podem se apresentar para uma disputa interna. A iniciativa da candidatura de Odacy foi dele e das pessoas que o acompanham. É um excelente parlamentar, uma pessoa cuja prática política sempre foi marcada pela ética, pela decência e pode ser candidato. Agora eu não tenho uma posição firmada sobre isso. Primeiro vamos definir o roteiro nacional, nossa principal preocupação é com Lula”.

A reunião com representantes do partido deve acontecer ainda nesta quinta-feira (28). O líder do PT no Senado afirmou que deve tratar dessa possibilidade de candidaturas durante o encontro. “Vamos fazer uma reunião com representantes do PT do Araripe e do São Francisco para trazermos os informes da reunião do diretório nacional, a nossa mobilização para o dia 24 e conversar sobre a sucessão estadual, essa possibilidade de candidaturas locais”.

PT aprova resolução para apoiar candidatura de Lula

Em diferentes cenários, o petista aparece com pelo menos 35% das intenções de voto. (Foto: Internet)

Em reunião, neste sábado (16), o Diretório Nacional  do PT aprovou uma resolução para apoiar a candidatura de Lula independentemente do resultado do julgamento no dia 24 de janeiro.

“Absolutamente convencido” de que Lula é o “plano A do povo brasileiro” e único nome com “condições de ganhar a eleição”, o PT trabalhará para evitar a fratura no campo de centro-esquerda. E o caminho é “dialogar com companheiros” que ventilam candidaturas paralelas, como PSOL (Guilherme Boulos), PC do B (Manuela D’ávila) e PDT (Ciro Gomes). Movimentos como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo também serão procurados.

“É muito mais fácil convencê-los disso do que de qualquer outra coisa”, disse Alexandre Padilha, vice-presidente do partido.

Na prática, significa dizer que, “para eleger a maior bancada possível [no Congresso], o PT pode se aliar a legendas hoje êmulas no campo federal, como o PMDB de Michel Temer, a quem petistas chamam de “golpista”. “Mas as dinâmicas regionais têm que ser devidamente acompanhadas pela Executiva [da sigla], fazendo a esperança vencer o ódio.”

Por apoio a Lula, o PT pode se unir a algozes que selaram a destituição de Dilma. O partido abriria mão de lançar candidatos a governador em até 16 Estados em 2018 para apoiar nomes de outras legendas. Em troca, os petistas querem espaço em palanques regionais fortes para sua chapa presidencial.

la consiga concorrer, já que seu futuro político depende de uma decisão a ser tomada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região no dia 24 de janeiro. É quando os desembargadores da corte porto-alegrense votarão os recursos que a defesa do petista apresentou para recorrer da condenação de Lula a nove anos e meio de prisão na Lava Jato. Há vários quadros possíveis, da absolvição a uma campanha em 2018 com liminares e novos recursos.

Em anúncio oficial, Odacy Amorim confirma pré-candidatura ao Governo de Pernambuco

Odacy confirma pré-candidatura ao governo de Pernambuco. (Foto: Arquivo)

Em coletiva de imprensa no gabinete da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Odacy Amorim (PT) lançou sua candidatura ao Governo de Pernambuco.

No dia 4 deste mês, o deputado revelou o desejo de ser candidato durante entrevista ao programa Super Manhã, da Rádio Jornal. “Porque eu quero ser governador de Pernambuco? Eu quero para garantir que todo homem e toda mulher do sertão tenha direito a água em sua casa, tenha direito ao saneamento básico, tenha um apoio na edificação das suas propriedades rurais, que tenha saúde de qualidade”, justificou na época o deputado.

No lançamento oficial na Alepe, reforçou o que foi dito em entrevista à rádio. “Estou colocando meu nome como pré-candidato ao Governo de Pernambuco com o propósito claro que o partido tem de apresentar um projeto para Pernambuco que venha representar, atender as expectativas do povo desse Estado. Não só na Região Metropolitana, mas que possa conectar o Cais ao Sertão, o Sertão ao Cais”, afirmou.

Enquanto o Partido dos Trabalhadores não define se terá candidato ou se vai fazer parte de uma aliança com o PSB, dois candidatos já estão na briga para a vaga de candidato ao governo, Marília Arraes e Odacy Amorim.

“Está a serviço de alguém que quer inviabilizar o projeto do PT”, disse Gilmar Santos sobre pré-candidatura de Odacy Amorim

Esquenta o debate sobre a candidatura do PT para governador. (Foto: Blog Waldiney Passos)

Durante o fim de semana, o vereador Gilmar Santos (PT) postou um vídeo em uma rede social afirmando que a vereadora do Recife Marília Arraes (PT) é a candidato do Partido dos Trabalhadores nas eleições do ano que vem para concorrer ao governo de Pernambuco.

Contrariando a afirmação do vereador Gilmar, ontem (5) durante entrevista ao programa super manhã, com Waldiney Passos, na rádio Jornal Petrolina, o deputado estadual Odacy Amorim (PT) confirmou que ele é que deve ser o candidato do partido para governador.

Procurado pela a redação do Blog Waldiney Passos para saber a opinião do vereador a respeito da declaração de Odacy Amorim, Gilmar Santos foi taxativo. “Não há impasse no PT sobre a decisão de lançar o nome de Marília Arraes para disputar o governo estadual no próximo ano. Quanto ao deputado Odacy Amorim, ou é um projeto pessoal ou está a serviço de alguém que pretende inviabilizar o projeto do PT”, afirmou Gilmar.

Leia a nota do vereador Gilmar Santos na íntegra

“Não há impasse quanto a decisão da militância e dos simpatizantes ao PT de Pernambuco sobre o nome da companheira Marília Arraes para disputar o governo estadual no próximo ano. Acreditamos que a candidatura de Marília devolve grande oportunidade ao partido no estado para a retomada de um protagonismo de lutas junto aos movimentos sociais e populares, em defesa de direitos das populações mais empobrecidas e vulneráveis da nossa sociedade.

É mulher que expressa coragem, inteligência, assume a luta do PT e das forças de esquerda contra o golpe, tem disposição para a construção de um projeto que devolva a Pernambuco maior desenvolvimento econômico, inclusão social e distribuição de renda e, mesmo sendo vereadora, com limitadas estruturas, comparadas com as de poderosos caciques da política pernambucana, consegue ter mais força de representatividade de que certos deputados e senadores. Isso fica evidente nessa primeira pesquisa de intenção de votos, onde ela aparece em todos os cenários do segundo turno, concorrendo tanto com o governador Paulo Câmara, quanto com o senador Fernando Bezerra Coelho, tendo 10% contra 2% do FBC.

Quanto à pré-candidatura do deputado Odacy Amorim, diante dos fatos colocados, ou é um projeto pessoal ou está à serviço de gente que pretende inviabilizar o projeto do PT no estado. Esperamos que o deputado perceba a força da realidade e reveja suas posições”.

Aliança PMDB-PT não deve acontecer em Pernambuco

(Foto: Internet)

Rompidos desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, PMDB e PT deram início a alianças para a disputa das eleições de 2018. Segundo o Estadão, já são cinco estados do Nordeste com conversas avançadas, são eles: Ceará, Alagoas, com Renan Calheiros, Sergipe, Piauí e Paraíba. A popularidade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no Nordeste atrai os peemedebistas, enquanto o maior tempo de TV do PMDB atrai o PT.

Contudo, a chance dessa aliança acontecer em Pernambuco é quase zero, já que há uma grande possibilidade dos partidos explorarem candidaturas próprias, o que não afasta a possibilidade de uma união em um cenário de segundo turno. Os nomes mais cotados são o do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Marília Arraes (PT).

Caso a coligação se concretize, ainda que em segundo turno, caberá analisar qual será o discurso dos petistas do estado, inclusive dos vereadores de Petrolina (PE), fortes críticos ao governo de Michel Temer (PMDB), que contribuiu para o impeachment de Dilma.

Lideranças do PT e PSB debatem aliança para 2018

(Foto: Ivaldo Régis/Divulgação)

O aguardado encontro entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, aconteceu nessa quarta-feira (1) pela manhã.

Os dois participaram de um café da manhã na sede do partido em Brasília. Participaram o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e Renato Casagrande pelo PSB. Do PT, o deputado federal Paulo Teixeira deve acompanhar Gleisi.

Foi o primeiro encontro político entre PT e PSB desde o rompimento em 2013. Os partidos tentam estabelecer uma ponte para reatar a aliança na eleição de 2018. Um processo que pode se refletir na Frente Popular do governador Paulo Câmara. Em Pernambuco, interlocutores também tentam renovar os laços, mas as costuras dependem do contexto nacional.

Marília Arraes defende candidatura própria o PT ao governo de Pernambuco

“O que não podemos é ser coadjuvantes”, afirma, referindo-se às especulações de que o PT tende a caminhar para um realinhamento ao PSB

Enquanto o PT não decide para onde caminhar em 2018, a vereadora Marilia Arraes, líder da oposição na Câmara do Recife, cuida de ocupar os espaços que ela própria, como uma das alternativas do PT ao Governo do Estado, tem por dever de assim o fazer para ficar mais conhecida além da Região Metropolitana. Neste fim de semana, por exemplo, foi recebida como estrela de maior grandeza no encontro estadual dos vereadores em Petrolina.

Entre selfies, abraços e apertos de mão, conseguiu roubar a cena no evento, mesmo não sendo palestrante oficial. “Sou vereadora e como tal vim atender a um convite da UVP”, disse Marilia, aos jornalistas que o indagavam se já estava ali como pré-candidata a governadora. Para os vereadores petistas, sua presença foi bastante festejada e oportuna.

Marilia saiu de Petrolina para Caruaru, ontem, onde participou de um encontro do PT. Ao partido, ela tem dito que o melhor caminho para a legenda é caminhar com suas próprias pernas em 2018, colocando-se não como única opção, mas como alternativa entre outros nomes, como o ex-prefeito do Recife, João Paulo, e o senador Humberto Costa. “O que não podemos é ser coadjuvantes”, afirma, referindo-se às especulações de que o PT tende a caminhar para um realinhamento ao PSB.

Para ela, se isso viesse a acontecer, o que não está nos seus propósitos, o PT teria que assumir o ônus da gestão, no seu entender mal avaliada, do Governo Paulo Câmara. “Por onde tenho andado, seja no Agreste, Mata ou Sertão, o que constato é a fragilidade de um governo inoperante, sem comando. Não temos governador”, alfineta.

E foi em cima deste discurso que a parlamentar se apresentou aos mais de 300 vereadores presentes ao encontro de Petrolina. Uma semana antes, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, principal liderança do PT no Sertão, já havia reunido um grupo de aliados na região num encontro para firmar compromisso pela candidatura de Marília.

Se depender de Duque, que administra o segundo maior colégio eleitoral do Sertão, o PT não pode cometer o pecado mortal de se realinhar ao PSB, apoiando a reeleição de Câmara em detrimento de uma candidatura própria. “O nome de Marília, vereadora aguerrida, talentosa e competente, é a grande aposta que o PT tem que fazer com Lula candidato ou não à Presidência da República”, afirmou.

Com informações de Magno Martins.

Representação do PT que pedia cassação de Aécio Neves é arquivada

(Foto: Internet)

Nesta terça-feira (24) o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB) arquivou a representação do PT que pedia a cassação de Aécio Neves (PSDB).

Segundo a assessoria de João Alberto, o presidente do Conselho de Ética consultou a Advocacia Geral do Senado, que recomendou o arquivamento do pedido do PT.

A assessoria do presidente acrescentou, ainda, que cabe recurso da decisão ao plenário do conselho.

“Dilma traiu seu eleitorado”, diz Lula a jornal espanhol

(Foto: Arquivo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em entrevista ao jornal espanhol “El Mundo”, que a ex-presidente Dilma Rousseff “traiu seu eleitorado” ao promover o ajuste fiscal porque tinha prometido manter as despesas nas eleições de 2014.

Para Lula, Dilma cometeu dois grandes erros: maior, afirmou, foi a política de desoneração às empresas. “Começamos a perder credibilidade. O ano de 2015 foi muito semelhante ao de 1999, quando FHC teve uma popularidade de 8% e o Brasil quebrou três vezes“. O segundo erro, foi o que ele classificou como “traição ao eleitorado”, sobre o ajuste fiscal.

Sobre a possibilidade de disputa da presidência em 2018, Lula afirmou que “ninguém é imprescindível” e completou “existem milhares de Lulas.”

O ex-presidente falou ainda sobre o ex-ministro Antonio Palocci, que negocia acordo de delação premiada com a Lava Jato e afirmou, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que Lula avalizou um “pacto de sangue” com a Odebrecht por supostas propinas ao PT.

Venezuela

Lula afirmou que não dá apoio incondicional ao regime de Nicolás Maduro, mas defende “para a Venezuela o mesmo para o Brasil, que é cuidar de seus assuntos sem interferência externa.”

Reconciliação entre PT e PSB ganha um novo capítulo em encontro

Mesmo com encontro, PSB pondera possível aliança em 2018. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)

Nos próximos dias, um encontro entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, poderá estreitar os laços entre o PT e o PSB. O governador Paulo Câmara (PSB), que ensaia uma aliança com os petistas, será convidado para participar.

O encontro ocorre em meio ao redirecionamento das posições da agremiação, que endureceu o tom contra o Governo Temer, as agendas de privatizações e se aproximou de partidos mais alinhados com a esquerda como o PDT. A mudança expõe as afinidades entre os partidos e pode influenciar na reedição da histórica aliança entre as legendas para o pleito de 2018.

No entanto, Carlos Siqueira pondera que a posição do PSB nas próximas eleições somente será fechada em março do ano que vem, no congresso da sigla. “O PSB conversará com todas as forças políticas até fevereiro do ano que vem. Somente vamos fechar questão em março, em uma ampla discussão com todas as lideranças do partido”, afirmou o comandante.

“Cada diretório estadual discutirá suas alianças, mas é evidente que a posição nacional do partido influenciará nas alianças estaduais”, ponderou. Caso a aproximação nacional com o PT vingue, a retomada da aliança entre as agremiações em Pernambuco reforça suas chances de concretização. O diálogo no Estado já se dá entre interlocutores das duas siglas, mas ainda depende da aliança nacional.
Além de abrir o diálogo com os petistas, o PSB também discute o apoio a candidaturas do PDT, PSDB e Rede.

Com informações do FolhaPE

Para manter coerência, PT muda posição e deve votar pelo afastamento de Aécio

(Foto: Internet)

Após o mal-estar causado pela nota em que o PT criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG)do mandato, o partido deve fechar questão e votar pela manutenção das medidas cautelares aplicadas contra o tucano.

A bancada vai se reunir na próxima terça-feira (17), data em que está marcada a votação sobre o caso em plenário. Segundo o líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a manifestação do PT em relação a Aécio tinha um
caráter institucional, de defesa da autonomia entre os Poderes, e não de apoio ao tucano. Para ele, a bancada do partido, com nove senadores, deve votar unida para manter o senador tucano afastado do cargo.

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“Não existe plano B”, PT não desiste da candidatura de Lula em 2018

(Foto: Internet)

Nas últimas semanas se consolidou no PT a ideia de que o partido vai apostar na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até fim, mesmo que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mantenha a condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro e o petista seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa e fique inelegível.

A cristalização da tese de que “não existe plano B” no PT tem feito com que os dois principais nomes citados como possíveis substitutos de Lula no pleito de 2018, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, ambos ex-ministros, cujo futuro estava indefinido por causa da situação do ex-presidente, passassem a investir de forma mais efetiva em outros projetos eleitorais. Ambos se colocaram como candidatos ao Senado Federal.

Embora a percepção geral no PT seja a de que o TRF-4 deve confirmar a condenação do petista, lideranças do partido como a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, dizem que a legenda vai insistir na candidatura de Lula.

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Paulo Câmara descarta aproximação com o PT

Em junho o governador afirmou que as portas estavam abertas para o PT. (Foto: Arquivo)

Durante entrevista nesta quinta-feira (5) o governador Paulo Câmara afastou a possibilidade de uma aproximação com o Partido dos Trabalhadores. Porém, o governista não descartou a busca por alianças para 2018.

“Há muita especulação, não há nenhum tipo de aproximação com o PT, nos afastamos ainda com Eduardo Campos. Pensamos diferente apresentamos programa diferente em 2014, temos ideias diferentes. Mas estamos querendo pensar Pernambuco, no campo administrativo e para 2018, quando
esse debate for feito”, afirmou Câmara.

O governador, que é vice-presidente nacional socialista, falou sobre a busca por unidade. “O momento que o Brasil e Pernambuco vivem exige unidade, mesmo que seja com os que pensam diferente. Vamos conversar com todas as forças politicas que queiram ajudar Pernambuco”, disse.

Com informações do JC

PT: Aécio merece o desprezo do povo brasileiro, mas não pode ser afastado

A Executiva Nacional do PT se posicionou, em nota, contra a decisão desta terça-feira 26 do Supremo Tribunal Federal pelo afastamento de Aécio Neves das atividades parlamentares.

Em discurso no plenário, o senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou que não faz defesa de tucano, a quem acusa de ser algoz do governo Dilma, mas lembrou que a Constituição não prevê afastamento sem flagrante ou ocorrência de crime hediondo.

“Volto a repetir que tenho muito respeito pelo Supremo Tribunal Federal, por todo o Judiciário, pelo Ministério Público, mas eles também erram”, ressaltou.

Os senadores petistas e a Executiva Nacional do partido se reuniram por videoconferência nesta quarta-feira 27 para tomarem uma decisão conjunta sobre o tema.

Confira a íntegra da nota:

Aécio Neves é um dos maiores responsáveis pela crise política e econômica do país e pela desestabilização da democracia brasileira.

Derrotado nas urnas, insurgiu-se contra a soberania popular e liderou o PSDB e as forças mais reacionárias da política e da mídia numa campanha de ódio e mentiras, que levou ao golpe do impeachment e à instalação de uma quadrilha no governo.

Para consumar seus objetivos políticos, rasgaram a Constituição e estimularam a ação político-partidária ilegal de setores do Judiciário e do Ministério Público.

Aplaudiram todas as arbitrariedades cometidas contra lideranças do PT e dos setores populares, as violações ao devido processo legal e ao estado de direito democrático.

Compactuaram com o processo de judicialização da política, que visou essencialmente a fragilizar os poderes eleitos pelo povo.

As repetidas violações ao direito criaram um monstro institucional que tem como cérebro a mídia, comandada pela Rede Globo, e tem como braços os setores do MP e do Judiciário que muitas vezes acusam, punem ou perdoam por critérios políticos.

Aécio Neves defronta-se hoje com o monstro que ajudou a criar.

Não tem autoridade moral para colocar-se na posição de vítima.

Vítimas são as brasileiras e brasileiros que sofrem com o desemprego, a recessão, o fim dos programas sociais e a volta fome ao país, sob o governo de que Aécio Neves é fundador e cúmplice.

Por seu comportamento hipócrita, por seu falso moralismo, Aécio Neves merece e recebe o desprezo do povo brasileiro.

Ele terá de responder um dia, perante a Justiça, pelos gravíssimos indícios de corrupção que o cercam. Terá de ser julgado com base em provas, dentro do devido processo penal.

Mas a resposta da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a este anseio de Justiça foi uma condenação esdrúxula, sem previsão constitucional, que não pode ser aceita por um poder soberano como é o Senado Federal.

Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial. A decisão de ontem é mais um sintoma da hipertrofia do Judiciário, que vem se estabelecendo como um poder acima dos demais e, em alguns casos, até mesmo acima da Constituição.

O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia, sob pena de fragilizar ainda mais as instituições oriundas do voto popular.

E precisa também levar Aécio Neves ao Conselho de Ética, por ter desonrado o mandato e a instituição.

Não temos nenhuma razão para defender Aécio Neves, mas temos todos os motivos para defender a democracia e a Constituição.

Brasília, 27 de setembro de 2017

Em carta ao PT, Palocci destaca o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política

Palocci depõe para o juiz Sérgio Moro. (Foto: Reprodução)

Preso há quase um ano, o ex-ministro Antonio Palocci oficializou nesta terça-feira sua desfiliação do PT. Palocci enviou uma carta à direção nacional do partido com duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusa de ter sucumbido “ao pior da política no melhor dos momentos de seu governo”. O petista, no entanto, disse que pede a desfiliação sem “ressentimento ou rancores”.

“Sei dos erros e ilegalidades que cometi e assumo minhas responsabilidades. Mas não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política no melhor dos momentos de seu governo”, afirmou Palocci. O ex-ministro disse que Lula “dissociou-se definitivamente do menino retirante para navegar no terreno pantanoso do sucesso sem crítica, do ‘tudo pode’, do poder sem limites, onde a corrupção os desvios, as disfunções que se acumulam são apenas detalhes, notas de rodapé no cenário entorpecido dos petrodólares que pagarão a tudo e a todos”.

Nas quatro páginas da carta encaminhada à presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (SC), o ex-ministro reiterou que o conteúdo de seu depoimento prestado no dia 6 ao juiz federal Sergio Moro é verdadeiro. Disse que as acusações de irregularidades na compra do prédio do Instituto Lula, de doações da Odebrecht ao PT, ao instituto e a Lula, entre outros atos ilícitos apontados, “são fatos absolutamente verdadeiros”. “São situações que presenciei, acompanhei ou coordenei normalmente junto ou a pedido do ex-presidente Lula”, escreveu. “Tenho certeza de que cedo ou tarde o próprio Lula irá confirmar tudo isso, como chegou a fazer no mensalão”.

“Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do ‘homem mais honesto do país’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do instituto são atribuídos a dona Marisa?”, disse, em referência à mulher de Lula, Marisa Letícia, que morreu no início do ano.

Na sexta-feira, o Diretório Nacional do PT decidiu suspender Palocci por 60 dias, depois do pedido de expulsão contra o ex-ministro apresentado pelo diretório de Ribeirão Preto (SP). O partido alega que ele quebrou a ética partidária com o depoimento prestado ao juiz Sergio Moro, no âmbito da Operação Lava-Jato, contra Lula. Ao magistrado, Palocci acusou o ex-presidente de práticas ilícitas e disse que Lula supostamente teria feito um “pacto de sangue” com a Odebrecht para receber propina.

Na carta, o ex-ministro diz estranhar a decisão do partido e afirma que estava se preparando para prestar esclarecimentos sobre a condenação sofrida no âmbito da Operação Lava-Jato, em decisão do juiz Moro.

Além dos ataques a Lula, o ex-ministro critica a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli. “Um dia, Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas no mesmo tom, sem cerimônias, na cena mais chocante que presenciei do desmonte moral da mais expressiva liderança popular que o país construiu em toda nossa história”, afirmou no documento.

Palocci disse ter decidido colaborar com a Justiça “por acreditar que é o caminho mais correto a seguir”. O ex-ministro afirmou que há pouco mais de um ano conversou com Lula e o então presidente do PT, Rui Falcão, sobre a proposta de o ex-tesoureiro do partido João Vaccari, também preso, “buscasse um processo de leniência na Lava-Jato”.