Testemunha revela que envolvidos no assalto a empresa Brinks não falavam português

(Foto: Antônio Coelho/ TV Globo)

Nesta quinta-feira (23), uma das testemunhas do assalto a empresa de transporte de valores Brinks, revelou que os assaltantes não falavam português. O assalto aconteceu durante a madruga da última terça-feira (21), no bairro Estância, em Recife.

Em entrevista à Folha de Pernambuco, uma das cinco pessoas rendidas no posto BR usado como acesso para chegar ao alvo reforçou que a ação demorou longos minutos e que os assaltantes não chegaram todos juntos, de uma única vez, ao local do crime. A testemunha informou que a maioria dos criminosos não falava em português durante a ação.

“Só ouvi os tiros e minha primeira reação foi me jogar no chão”, disse. “Pouco depois, um assaltante entrou na loja já com um funcionário rendido, gritando para que saíssemos com ele. Quando saí, tinham alguns carros e a rua estava tomada de homens vestidos de preto e com muitas armas grandes. Eles atiravam o tempo todo e eu pensei que iria morrer.”

Questionada sobre o que os homens falavam durante a ação, a vítima disse que era incompreensível. “Não dava para entender. Eles não falavam a nossa língua, era outro idioma. Não estou dizendo isso porque estávamos nervosos na hora e entendemos mal. Realmente, eles conversavam entre si em uma língua que nós não entendemos. O único que falava português era aquele que entrou na conveniência mandando a gente sair e, mesmo assim, ele tinha um sotaque diferente”, afirmou.

De acordo com a vítima, este homem foi responsável por acalmar os funcionários. “Estávamos muito nervosos, pedíamos para não morrer porque temos família e aí ele nos disse que nada aconteceria com a gente. Ele também disse que seria o nosso ‘anjo da guarda’. ”

A vítima ficou sob a mira de armas o tempo todo. Pouco depois que o segundo grupo chegou, no posto, eles receberam a ordem de correr. O depoimento encontra confirmação nas imagens de segurança do posto.

“Corremos pela Avenida Tapajós e pulamos o muro de uma casa, onde nos escondemos até o tiroteio, que durou 1h30min, parar. ”

Nenhum dos funcionários que estavam no posto na madrugada do crime, voltou ao trabalho. “Não sei como será a volta, mas estou em pânico. Não consigo nem dormir. ”

Com informações do FolhaPE

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