Vigilantes são presos acusados de participação em assalto a carro forte em Petrolina 

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (22), os delegados Magno Neves, Jairo Marinho, Daniel Moreira e a Delegada Isabella Cabral, detalharam os resultados da 42ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada “Tu Quoque”, vinculada à 26ª DESEC em Petrolina (PE), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para a prática dos crimes de homicídio, assalto a banco e comércio ilegal de arma de fogo e munição.

As investigações começaram em abril do ano passado, tendo em vista o assalto a um carro forte, no bairro Atrás da Banca em Petrolina. Segundo o Delegado Magno Neves, quatro dos vigilantes do carro forte foram investigados, e dois deles são acusados de participar no assalto.

“Nós fizemos o trabalho investigativo e identificamos a possível participação dos próprios vigilantes nessa empreitada criminosa, pela análise da forma como foi executada, modus operandi, contradições nos depoimentos prestados por eles e daí nós conseguimos fazer um acompanhamento durante todo esse processo, de abril até agora, que culminou com a representação junto ao judiciário local por busca e apreensão”, disse Neves.

De acordo com as autoridades policiais, no total foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão domiciliar. Na ação foram apreendidas quatro armas e munições. Na execução da operação, Geová José da Silva, José Iremar da Silva e Everaldo José da Silva, foram presos por porte ilegal ilegal de arma de fogo e munição. José Iremar e Geová José são irmãos e trabalhavam como vigilantes no dia do assalto ao carro forte, os dois são acusados de participação no crime.

Comércio ilegal de arma de fogo e munições

No curso da investigação, a equipe policial identificou um comércio irregular de arma de fogo, feito por pessoas  que não têm ligação com o assalto ao carro forte. Dessa forma, foi aberto um novo inquérito sob a responsabilidade da  214ª Circunscrição Policial para apurar o caso.

“Dentre esse comércio ilegal de arma de fogo e munições, nós identificamos duas empresas que são as responsáveis pela comercialização de arma nas cidades de Petrolina e Juazeiro (BA), foram deferidas buscas nessas empresas e preliminarmente verificamos que esse comércio estava se dando de forma ilegal. A Polícia vai oficiar o Exército para comunicar essa situação, e até para que o Exército informe a Polícia os registros das vendas de armas e munições efetuadas por essas empresas. Elas devem receber sanções tanto civis, administrativas e criminais”, relatou o Delegado Daniel Moreira, Titular da 214ª Circunscrição.

Prática de homicídio 

Sobre a prática de homicídio, a Polícia informou que durante as investigações foram identificadas articulações de parte dos investigados voltadas para a execução de pessoas. Ainda  de acordo com a Polícia, os crimes sinalizados não foram concretizados, mas a possibilidade da execução de outros crimes não pode ser descartada. A polícia investiga a ligação dos acusados com outros homicídios praticados na região.

Os três imputados detidos serão encaminhados para audiência de custódia, na qual será deliberada a cerca da legalidade da prisão, se serão postos em liberdade ou decretada a prisão preventiva, conforme o caso.

“Essa atuação é como uma atuação de Polícia Judiciária, tanto é uma atuação repressiva, já que a gente conseguiu apurar e chegar a autoria desses delitos, como preventiva. É uma atuação extremamente positiva, operações como essa inibem a prática de outros delitos”, afirma a Delegada Seccional de Petrolina, Isabella Cabral.

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