Privatização do Carnaval é alvo de críticas dos petrolinenses

Primeiros dias de festa são marcados por críticas da população (Foto: Divulgação)

Nos dois primeiros dias de Carnaval um tema foi unanimidade entre os foliões de Petrolina: a privatização da festa. As críticas começaram ainda na sexta-feira (9), véspera da abertura oficial do evento quando a Prefeitura deu início ao fechamento das ruas do Centro.

Na noite do domingo (11), segundo dia de carnaval os foliões demonstravam seu descontentamento. “É muito triste ver que nosso carnaval acabou porque privatizaram a festa, ano passado a festa foi muito boa e organizada, nesse ano estou bem triste com o que vi” lamentou uma foliã que preferiu não se identificar.

Sergio Pessoa, leitor do Blog também não poupou críticas à privatização. “A programação da Prefeitura sempre foi excelente no últimos anos, mas o que de adianta fazer a alegria para uns e tristeza para outros. Digo isso pela falta de sensibilidade que a Prefeitura teve em barrar as pessoas que se programaram para este evento, para vender bebidas e para aqueles que são obrigados a consumir com preços caros” comentou.

Novo padrão de festa

A proibição de entrar com bebidas no circuito seguiu o modelo adotado no Carnaval de Juazeiro, realizado em janeiro. Assim como em Petrolina, muitos foliões baianos criticaram as proibições impostas pela “venda do carnaval”.

De acordo com a secretaria de Cultura, Turismo e Esportes de Petrolina, Maria Elena o fechamento das ruas e a proibição da venda de bebidas é uma “contrapartida” da empresa vencedora no processo licitatório, já que o município não está realizando a festa com recursos próprios.

Polêmica com ambulantes

A privatização do carnaval já havia ganhado destaque na imprensa local, com o episódio dos vendedores ambulantes. Os ambulantes relataram que ao fazer o cadastro para atuar nos circuitos oficiais, a Prefeitura cobrou uma taxa de R$ 500,00 pelo espaço de comercialização nos quatro dias de festa.

Na época, a presidente da Associação dos Barraqueiros e Ambulantes de Eventos do Vale do São Francisco (ABAEV), Maria Salomé, havia afirmado que 50% dos comerciantes não atuariam no Centro, optando por atuar nos bairros.

Um Comentário

  • José Neto Soares

    13 de fevereiro de 2018 at 07:23

    Isso e uma vergonha vc não ter o direito de ir e vir na sua propria Cidade temos que ser subordinados aus forasteiros por capricho de prefeito. E uma vergonha. …

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