Bancada da oposição cita “pegadinhas” na reforma administrativa; fala de Cristina gera incômodo em colegas da situação

(Foto: Ascom/CMP)

Todos os nove projetos de lei colocados em votação na sessão de quinta-feira (13) na Câmara de Vereadores de Petrolina foram aprovados. A maior parte do debate foi voltado às matérias do Executivo, em especial o PL nº 076/2018, cuja proposta é a reformulação da estrutura administração da Prefeitura de Petrolina.

Conforme o Blog publicou ontem, a matéria foi aprovada por 14 votos a 5 na segunda votação, tendo votos contrários da bancada da oposição na primeira discussão. As principais críticas foram de Cristina Costa (PT). Ela questionou diversos pontos do PL e foi dura com seus pares da bancada governista.

“Eu faço papel de legisladora, estou oposição. Observem como o Legislativo está comprometido. Estou chamando atenção para a autonomia do Legislativo, como pode o Legislativo [sentar] pianinho [a reforma]? Eu amo esse Poder, eu visto a camisa desse Poder, mas eu não visto a camisa da subserviência, eu não visto da camisa da imoralidade”, afirmou.

A fala de Cristina gerou uma reação em cadeia. Gaturiano Cigano (PRP) afirmou que a acusação da colega de que os edis são comprados pelo Executivo é “muito séria e que vai ter que provar que a gente recebeu dinheiro, aqui tem homem de verdade“. Zenildo Nunes (PSB) disse que não se pode “jogar essa Casa na lama”. Foi então que Cristina esclareceu sua fala. “Vossas excelências têm todo direito de tomar as medidas cabíveis que acham que tenham direito, aos que se sentiram ofendidos eu peço desculpas pela vergonha alheia”.

Valgueiro cita aumento nos gastos

Líder da oposição, Paulo Valgueiro (MDB) foi outro a criticar a forma como a reforma foi levada à Casa Plínio Amorim. “Na mensagem do encaminhamento do projeto diz que a reforma vem pra reduzir custo e é uma mentira deslavada. A extinção dos cargos geraria uma economia em tese de R$ 92 mil, mas [o prefeito] criou diversos cargos de R$ 276 mil”, disse o edil.

Críticas à extinção da pasta de Cultura e Esporte

Gilmar Santos (PT) falou em seguida e apontou outras “diversas contradições” e alegou que a reforma representa uma “manobra”. A principal queixa de Gilmar foi para a extinção da pasta de Cultura, Turismo e Esportes. “Nós não vamos ter moral depois para cobrar a situação pela qual passa a nossa juventude, o jovem não tem esporte, não tem lazer, não tem cultura, mas tem a sedução da droga e da violência“, pontuou o petista.

Outro membro da bancada oposicionista, Gabriel Menezes (PSL) reformou a fala dos colegas. “Não existe economia, a reforma é um direito do gestor, mas não com pegadinhas”, disse. Apesar das discordâncias, a reforma foi aprovada por 14 votos a 5.

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