Idosa morre após esperar 15 dias por cirurgia de fêmur no HU-Univasf em Petrolina

Nesta quarta-feira (20) o hospital informou aos acompanhantes que a idosa adquiriu uma infecção. (Foto: Divulgação)

No início da tarde de hoje (20) recebemos a notícia do falecimento de Alvina Maria de Araújo, conhecida como “Neneca”, de 82 anos. A idosa deu entrada no Hospital Universitário de Petrolina (HU-Univasf), no dia 5, para uma cirurgia no fêmur.

O drama de Neneca começou após sofrer uma queda e fraturar o fêmur, ela foi encaminhada pelo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de sua residência em Petrolina para o Hospital Regional de Juazeiro, onde ficou internada por oito dias aguardando transferência para o HU-Univasf. Durante o internamento em Juazeiro, ela adquiriu escaras – ferimentos resultantes da pressão prolongada sobre a pele -.

No final da tarde do dia 5, Alvina foi transferida para o Hospital Universitário de Petrolina, onde inicialmente ficou em uma maca no corredor e na tarde do dia seguinte, foi transferida para um leito.

Durante o período de internamento, segundo membros do grupo que acompanhava a idosa, o problema com as escaras se agravou e espalhou por outras regiões do corpo da idosa. Segundo os acompanhantes, o hospital alegou que a cirurgia só seria possível, depois de tratar os ferimentos.

Nesta quarta-feira (20) o hospital informou aos acompanhantes que a idosa adquiriu uma infecção e que estava em estado grave, na sequencia foi iniciado o procedimento de reanimação e o falecimento foi informado.

“Me entristeço com a morte de Dona Alvina ou melhor Neneca. A morte dessa guerreira me levou a reflexão de que nos momentos da necessidade, muitos nos abandonam e com ela não foi diferente. Tantas vezes a encontrava andando nas ruas servindo ao cartório, que a explorou até o último momento da sua vida e depois quando uma única vez ela precisava do apoio desses falsos colegas, a ela viraram as costas”, disse Gessica Dayane, que acompanhava a idosa.